Carrie, a Estranha
Original:Carrie
Ano:2002•País:EUA, Canadá Direção:David Carson Roteiro:Bryan Fuller, Stephen King Produção:David Carson Elenco:Angela Bettis, Patricia Clarkson, Rena Sofer, Kandyse McClure, Emilie de Ravin, Meghan Black, Chelan Simmons, Katharine Isabelle, David Keith, Miles Meadows |
Carrie é uma obra sobre sangue. Sempre entendi o livro de Stephen King como uma metáfora às mudanças na adolescência, principalmente feminina, quando o corpo passa a se manifestar de modo diferente. Uma dessas alterações sentidas no universo feminino é a chegada da menstruação, apresentando à garota a conturbada fase da adolescência, com os embate envolvendo os pais, a busca do reconhecimento dos homens e a vontade de se libertar. Esse processo complicado, sempre em estudo, traz uma certa estranheza pelo dom adquirido, fazendo-a se sentir um alienígena, uma anormal, sendo observada e avaliada pelos semelhantes. No caso da jovem White, essa nova etapa é acompanhada de poderes telecinéticos, manifestados em momentos de raiva e descontrole até culminar numa vingança vermelha. Começa com sangue e termina em sangue!
Com as alterações poéticas, Brian De Palma fez um filme excepcional na década de 70. Ousado, ele mesclou o drama das descobertas de uma jovem com fanatismo religioso, violência e o termo em pauta nos últimos anos, o bullying. Fez do brilhante texto de Stephen King uma produção surpreendente, com belíssimas atuações de Sissy Spacek, Amy Irving e Piper Laurie, e uma ótima trilha, a cargo de Pino Donaggio, que remete ao clássico Psicose, 1960. Tanto De Palma quanto King alçaram voos maiores depois de Carrie, assim como boa parte do elenco (John Travolta, William Katt e P.J. Soles), provando que o conteúdo é melhor do que se imagina, indo além de uma simples trama de vingança. Depois da realização de uma continuação desnecessária e inferior, em 2002 foi produzido um remake para a TV, com a promessa de uma obra fidedigna ao argumento de King – algo que já haviam tentado com O Iluminado e também falharam.
Exibida em forma de minissérie, a segunda Carrie foi mais detalhista. Ela apresenta duas narrativas distintas: mostra o patinho feio tentando encontrar um lugar na sociedade, enquanto há depoimentos dos sobreviventes da tragédia do baile de formatura. Para quem esteve distante do Maine, é possível que fique com a sensação de que já sabe como aquilo irá terminar; já os demais irão se surpreender negativamente com o desfecho otimista, excluído acertadamente no longa original. E é inevitável uma comparação com o primeiro filme, que brilhava sem os excessos de iluminação na fotografia de Victor Goss, sem as tomadas óbvias da câmera e sem a repetição de posicionamentos em diversas sequências, sob o comando do diretor David Carson.
Também é difícil fugir de uma analogia entre as atrizes que interpretaram a protagonista. Sissy Spacek era bonita, mas sua timidez e a incapacidade de enfrentar os limites de sua mãe a faziam esquisita – ainda assim conquistou William Katt, o bonitão da escola. Já Angela Bettis é naturalmente estranha, tanto que seus papéis sempre tocaram nessa peculiaridade, o que facilitou sua interpretação. Ambas são talentosas, mas a da década de 70 soube impressionar mais com seu olhar esbugalhado. A amiga Sue perdeu força com Kandyse McClure, em 2002, assim como as insuportáveis Emilie de Ravin e Katharine Isabelle, respectivamente atuando como Chris e Tina.
Carrie (Bettis) menstrua durante uma chuveirada na escola. Ela sofre uma grande humilhação e começa a se manifestar de modo anormal, estourando uma lâmpada e movendo objetos diante do diretor. Fica claro que seus poderes já existiam desde a infância, seja no bater de janelas e portas ou numa chuva de meteoros em CGI. Ela pesquisa o assunto na internet – uma versão atualizada do texto original – e aos poucos passa a entender essas mudanças, algo que é visto por sua mãe (Patricia Clarkson, ótima no papel) como sinais de bruxaria. Com a aproximação do baile de formatura, a sua colega Sue (McClure) pede ao namorado Tommy (Tobias Mehler) que a convide ao evento como forma de apoio à garota. No entanto, Chris (Ravin) tem um plano diferente, envolvendo um banho de sangue de porco na hora da coroação do baile.
Não vai terminar bem – e não me refiro ao excesso de bebidas na festa. As portas irão se trancar, objetos serão arremessados contra o público, alguns morrerão eletrocutados, outros queimados e esmagados. Mas, o remake vai além, apresentando a força do poder de Carrie contra a cidade, destruindo postes, voando carros e causando apagões. O horror se manifesta de modo mais agressivo e constante, mas perde o encantamento do original. Às vezes, o mais simples é mais eficiente!
Apesar dos defeitos estruturais e da narrativa arrastada, Carrie não é ruim. E dificilmente seria, com esse texto tão rico e interessante! Ainda assim, é bem melhor conferir o horror inocente da década de 70 à versão moderna. E pensar que mesmo depois de 37 anos, ainda se discute as consequências da violência nas escolas, a humilhação sofrida pelos alunos e a difícil aceitação do diferente.
Gosto mais dessa versão de 2002!
Não é um clássico como o original de 1976, porém considero essa minissérie eficiente, pelo menos como entretenimento. Gostei do formato de documentário, que seria a adaptação mais natural da mídia livro para filme/ TV, pois no livro há diversas fontes de informação sobre Carrie e seus poderes, além de depoimentos, e acho que nesta minissérie eles apresentaram isso muito bem. Eu gosto, apesar dos defeitos.
Eu adorei o filme só o de 2002 pq eiu amo a Angela bettis e eu não acho ela estranha eu acho ela lindaa!
Olha, eu sou obrigado a concordar que sou muito mais fã do filme de 2002, sério…
Acho que é uma questão de que filme voce viu primeiro e que te imprimiu a impressão da Carrie….
Cada filme tem seu valor, a ultima refilmagem traz uma personagem para a mão excepcionalmente melhor elaborada, a professora tb agrada mais que o clássico de 70, mas é uma questão de época e do comportamento de cada época, Mas eu ainda prefiro a Carrie ESTRANHA de 2002, ela tem a CARA de uma pessoa que foi perturbada pela mãe, claro que a atuação de 70 era muito boa, mas nao via nada de estranho na personagem (nao agora, pelo menos ela era linda de toda forma, tipo as Betty a Feia) talvez fosse nos anos 70 onde ninguem tinha cabelo longo e liso… Mas agora achei ela super normal, tipo, linda demais pro pael, ela era a mais linda da escola, nao era nem + ou -.
A versao de 2013 eu odiei, nao de todo, como disse, há personagens melhor elaborados, mas Carrie virou uma X-men, isso nao me deixou feliz…
Eu fico com o remake de 2002, pq eu vejo ESSA Carrie quando falam no assunto.
Aliás um PS.
Eu nao sou do tipo que se agarra em fidelidades, às vezes uma obra literária pode ser melhorada em um filme, por exemplo, O Hobbit…
Claro que não gostei de pegarem aquelas poucas páginas e tentarem fazer 3 filmes, mas eles enfeitaram a história com romance, com mais honra, deram uma nova trama, nao foi ruim…
Carrie segue nesse estilo, acho que a mudança é válida e todos os filmes tiveram finais diferentes, ou vive, ou morre, ou mata todo mundo, ou nao.
CREDO!!!!!!!!!!!!
UM FILME RUIM PRA CARAMBA!!!!!!!!!!
A DESTRUIÇÃO DE UM CLÁSSICO DO TERROR E DE UM CLÁSSICO DE STEPHEN KING!!!!
VOCÊ ASSISTE E NÃO ENXERGA OS PERSONAGENS NOS ATORES!!!!!!!!!!!
CREDO!!!!!!!!!!!
ESQUEÇA!!!!!!!!!!!!!!!!!
to nem ai pro que vao dizer mais o filme de 2002 e muito melhor que o original a atuaçao dos atores e otima o filme tambem e fiel ao livro me deu pena quando jogaram banho de sangue nela no baile porque ela tava tao feliz. pra min o de 2002 e melhor que o original mesmo
O final dessa minissérie é diferente do filme – e do livro – original porque a intenção era fazer uma série de TV. No entanto, as críticas foram tão negativas que o projeto foi – graças a deus! – engavetado.
Não posso acreditar que uma pessoa “torturada” psicológica e fisicamente merecer sofrer o que Sissy Spacek sofreu na pele de Carrie e só por isso achei o final desse filme, onde a personagem segue em busca de uma vida nova e longe de sua cidade, mais interessante, embora menos assustador. Porém, sigo preferindo o clássico de 1976.
Eu ainda acho a atriz de 2002 muito mais perturbada que a do primeiro filme, ela ainda me da arrepios. Sem falar na atuação que é bem melhor. Ja vi muita gente que defende o primeiro com garras e dentes, o mesmo para o segundo, no final ambos são excelentes!
Podem me julgar a vontade, mas eu prefiro mil vezes esse remake de 2002 duq o original de 1976! E olha q eu li o livro, adorei e acho q esse tem mais a ver com o mesmo, salvo a forma de documentário que deram neste filme.
As coisas parecem ser bem mais realistas nesse, as atuações são melhores, e a história aqui é bem mais convincente! E discordo qnd vc disse q o q é mais simples é mais eficiente… na vdd em parte: com os filmes das piranhas assassinas isso serve, agora com o da Carrie eu acho q não!
eu concordo plenamente com voce! que se dane quem discordar ou xingar, mas eu prefiro Carrie (2002) e acho ele melhor do que o Carrie (1976)
Carrie 2002: Atuações: otimas
Fidelidade: 95% (tirando o final, infiél mas que também foi bom)
Caracterização dos Personagens: otimas
Direção e Filmagem: boas
Trilha sonora: otimas
tbm adoro esse,apesar do primeiro ser melhor.enfim,já vem mais gente me encher o saco por falar isso em 3 2 1 ………..
Bem, li a critica até o fim e fiquei em duvida se você achou o filme Otimo ou Horrivel, e a nota das caveiras no inicio também me deixaram com duvida, mas fora tudo isso essa versão na maioria dos aspectos supera o Original, e se você percebesse que essa versão é muito fiél ao livro, diria que seria até um filme de qualidade boa, porém como ele não tem destaque como as versões 1976 e 2013, isso é o que me deixa mais triste, na minha opnião eu dou uma nota 9,0 para o filme por sua fidelidade ao livro, e suas atuações otimas.