Dia dos Mortos
Original:Day of the Dead
Ano:2008•País:EUA Direção:Steve Miner Roteiro:Jeffrey Reddick Produção:Boaz Davidson, James Glenn Dudelson, Randall Emmett, George Furla, M. Dal Walton III Elenco:Mena Suvari, Nick Cannon, Michael Welch, AnnaLynne McCord, Stark Sands, Matt Rippy Pat Kilbane, Taylor Hoover, Christa Campbell, Ian McNeice, Ving Rhames, Vanessa Johansson |
George Romero é um cineasta consagrado, principalmente por seus filmes de zumbis. Ele dirigiu A Noite dos Mortos-Vivos (Night of the Living Dead, 1968), Despertar dos Mortos (Dawn of the Dead, 1978), Dia dos Mortos (Day of the Dead, 1985), Terra dos Mortos (Land of the Dead, 2005), Diário dos Mortos (Diary of the Dead, 2007) e A Ilha dos Mortos (Survival of the Dead, 2009) – todos com roteiros carregados de ultra violência e interessantes críticas sociais. Seus filmes inspiraram novas versões, algumas boas e outras péssimas.
Em 1990, o primeiro filme de Romero serviu de base para uma refilmagem de Tom Savini, que honrou a saga. Em 2004, foi a vez do segundo filme inspirar a produção de Madrugada dos Mortos (Dawn of the Dead), de Zack Snyder, que trouxe a novidade em tornar os zumbis velocistas e mais predadores e ferozes que de costume (esse filme não foi uma unanimidade positiva entre os fãs, mas eu pessoalmente gostei). Em 2005, os oportunistas e incompetentes Ana Clavell e James Glenn Dudelson dirigiram uma bomba chamada Dia dos Mortos 2: O Contágio (Day of the Dead 2: Contagium), uma tranqueira que usou o título do filme de Romero, mas que não é uma continuação. E em 2008 chegou a vez da refilmagem Dia dos Mortos (Day of the Dead), de Steve Miner, uma produção da Nu Image, conhecida pelos péssimos filmes de seu catálogo.
O fato de ter a direção de um cineasta habituado ao horror como Steve Miner (Sexta-Feira 13 partes 2 e 3, A Casa do Espanto, Warlock – O Demônio, Halloween H20, Pânico no Lago) não trouxe credibilidade ao projeto, pois o filme é um lixo dispensável que não acrescenta nada à mitologia dos zumbis nem aos filmes de George Romero. A melhor palavra que o define é clichê, com um elenco amador, e um roteiro assinado por Jeffrey Reddick que é uma ofensa à inteligência do público, com piadas idiotas e personagens fúteis e descartáveis. Tem muito sangue, violência, corpos putrefatos, gosmas escorrendo para todos os lados. Porém, isso é absolutamente inexpressivo sem uma história com um mínimo de interesse. Fazer filmes violentos e repletos de mortos vivos devoradores de carne humana já é algo comum demais. A violência no cinema está se tornando banal, sendo necessário criar e oferecer algo adicional, mesmo que pequeno. Mas, definitivamente, o que menos o cinema americano tem para oferecer é criatividade. Como dinheiro fácil é o mais importante no pensamento dos produtores mercenários, a ideia é apostar em refilmagens descartáveis (outro exemplo é a onda de lançamentos de filmes americanos baseados nas boas produções orientais, a maioria com fantasmas perturbados).
Filmado na Bulgária, e com uma equipe imensa de produtores (característica da Nu Image), entre eles os picaretas Boaz Davidson, Avi Lerner e o já citado James Glenn Dudelson, a versão de 2008 de Dia dos Mortos é tão ruim que não merece mais do que poucas linhas para contar a história medíocre: uma dupla de soldados, Sarah Bowman (Mena Suvari), e o idiota Salazar (Nick Cannon, autor de piadas constrangedoras obrigando-nos a torcer por sua morte o mais dolorosa possível), se juntam a um casal de jovens fúteis, Trevor (Michael Welch), irmão de Sarah, e sua namorada Nina (AnnaLynne McCord), que demonstraram uma improvável habilidade com armas de fogo. O grupo tenta sobreviver a um ataque de mortos-vivos super ágeis (aqui a ideia tradicional de zumbis lentos também foi abandonada), infectados por uma doença desconhecida.
Existe a tentativa sem sucesso de apresentar alguns dos mesmos personagens do filme original de 1985, como Sarah, Salazar, o cientista Dr. Logan (papel agora de Matt Rippy), Capitão Rhodes (Ving Rhames, em péssima atuação), e até o zumbi Bub, que se transformou numa espécie de mascote desse sub-gênero do horror, mas que foi totalmente ridicularizado na refilmagem, interpretado por Stark Sands, um soldado mordido por um infectado. De uma maneira geral, o novo Dia dos Mortos tem pouquíssimas relações com o filme original de 1985, apresentando uma história excessivamente diferente e sem interesse, abusando da liberdade de criação artística (e nesse caso, de destruição artística, com uma história ridícula). Exagerando nos clichês, na gritaria e correrias desenfreadas, nos tiroteios ensurdecedores, convidando o espectador ao sono. Não consegue prestar nenhuma homenagem, não acrescenta nada e ainda desonra o universo ficcional dos mortos-vivos de George Romero. Já encheu o saco assistir filmes com infectados podres perseguindo os vivos, com exceção notável dos dois ótimos filmes da franquia Extermínio, da dupla de ingleses Danny Boyle e Alex Garland.
ESTÁ NA CARA QUE ESSE FILME É PREQUELA DO ORIGINAL DE 1985 ANALISEM BEM!!!
galera observem o filme nos exatos 8 minutos, nessa cena logo atras do cara de jaqueta preta e blusa azul, la no fundo aparece uma pequena criatura andando para o meio da rua e depois ela some….
Porcaria!
Não acho tão ruim assim como dizem , mais tenho que admitir que não tem nada haver com o de Romero .
já vi, é bem fraco mesmo,mas tem piores.