Zumbis na Neve
Original:Død snø
Ano:2009•País:Noruega Direção:Tommy Wirkola Roteiro:Tommy Wirkola, Stig Frode Henriksen Produção:Tomas Evjen Elenco:Jeppe Beck Laursen, Charlotte Frogner, Jenny Skavlan, Vegar Hoel, Stig Frode Henriksen, Lasse Valdal, Evy Kasseth Røsten, Ane Dahl Torp, Bjørn Sundquist, Ørjan Gamst |
Quando me deparei com este filme, tudo o que pensei foi no poder das traduções de títulos no Brasil, que conseguem, na velha teoria do julgar algo pela capa, afastar público de produções. Ainda que neste caso tudo seja justificado pela literalidade das coisas, pois de algo como “neve morta” surgir “zumbis na neve”, por mais ridículo que possa parecer, ainda existe um sentido, já que realmente: os zumbis estão soterrados na neve.
Mas não basta serem zumbis soterrados na neve, estes são zumbis nazistas soterrados na neve! Sim, eu sei, deu para sentir a complexidade da coisa. Um grupo de amigos vai passar o feriado da páscoa numa cabana no alto de montanhas congeladas. Assim que chegam ao local, recebem a visita inesperada de um senhor mal encarado que tem a simples função de avisar a todos os jovens inconsequentes das grandes ameaças que rondam aquela região.
Presumo que os cabeça de vento não se incomodaram em checar a história local antes de virem para cá.
O velhinho conta que durante a Segunda Guerra Mundial um grupo de soldados sob o comando do Coronel Herzog era responsável por interceptar cargas naquela região da Noruega, possuindo uma péssima relação com os moradores locais, que sofriam torturas constantes. Quando os alemães percebem que haviam perdido a guerra e que o exército russo se aproximava, o batalhão de Herzog rouba objetos preciosos da população. A comunidade busca sua vingança em uma emboscada, mas muitos soldados conseguem escapar, fugindo para as montanhas, onde acabam morrendo congelados, tornando-se zumbis.
Diferente de outras histórias de mortos-vivos, aqui eles são atraídos não apenas pela possibilidade de comer carne humana, mas, também, por objetos de sua propriedade no passado. Querem recuperar o que “pertencia” a eles quando vivos.
Diante deste cenário, é óbvio que o grupo de amigos entrará em contato com os pertences de Herzog, o que despertará todo seu exercito e terá início o banho de sangue.
Lembrando como os personagens são apresentados em Matadouro (Carlos Junior, 2012), numa viagem de carro através de música, aqui eles também são apresentados durante a viagem. Estão divididos em dois carros, um de meninas e outro de meninos. O grupo de um carro cita o do outro, como uma espécie de analise à possível pegação que poderia acontecer.
Os personagens não possuem características marcantes que te faça simpatizar com eles facilmente. Diante desse cenário, Martin (Vegar Hoel), o estudante de medicina com medo de sangue, se destaca.
O longa se caracteriza como produção de baixo orçamento: os efeitos são bem trabalhados, a maquiagem é tosca, mas gera certa repulsa, além de possuir uma cena de rapel com intestinos, (dentre outras) com um ar de Machete (Robert Rodriguez, 2010) simplesmente incrível.
Entretanto, o que mais surpreende muita gente ao assistir Zumbis na Neve é pesquisar outros filmes sobre a temática, crentes de que não existam, e encontrar títulos como: Comando de Mortos-Vivos (Ken Wiederhorn, 1977), Oasis dos Zumbis (Jesús Franco, 1982) e o atualíssimo Nazistas no Centro da Terra (Joseph J. Lawson, 2012).
Em suma, Zumbis na Neve está aí para superar uma máxima: se você acreditava que zumbis já são criaturas terríveis o suficiente, imaginem zumbis nazistas que brotam do chão!
Incrível! Um dos melhores em unir sangue e humor negro. Divertidíssimo e com homenagens incríveis ao subgênero. Vale muito a pena assistir.
Um filme surpreendente , numa combinação de humor negro com muito , mais muito sangue e gore . Um filme que fiquei muito tempo a sua procura para assistir , e quando assisti passou a ser mais uma pérola em minha coleção .
Obs ( Tem um personagem com a camiseta de Braindead ) .
sempre tive curiosidade de ver esse filme,e essa crítica me animou mais ainda.
com certeza já gostei do filme sem assistir , pois filmes de terror e suspense na neve já é claustrofóbico..