A Garota da Capa Vermelha
Original:Red Riding Hood
Ano:2011•País:EUA, Canadá Direção:Catherine Hardwicke Roteiro:David Johnson Produção:Leonardo DiCaprio, Jennifer Davisson Killoran, Julie Yorn Elenco:Amanda Seyfried, Lukas Haas, Gary Oldman, Billy Burke, Shiloh Fernandez, Max Irons, Virginia Madsen, Julie Christie, Shauna Kain, Michael Hogan |
Há uma tendência no novo milênio de acrescentar elementos góticos, de horror e ação, com altas doses de efeitos em computador, às histórias infantis. Não que isso não tenha sido feito antes – e melhor – ou que já não fizesse parte da proposta inicial, mas a busca pela mistura de elementos clássicos e que possa remeter o público à infância, mesmo que sutilmente, trouxeram à tela produções como Menina Má.Com (2005), Os Irmãos Grimm (2005), Branca de Neve e o Caçador (2012), Jack, o Caçador de Gigantes (2013), João e Maria: Caçadores de Bruxas (2013) e o recente Malévola (2014). Ainda assim, os fãs de horror enaltecem o que realmente fez diferença como Floresta Negra (1997), A Companhia dos Lobos (1984) e Suspiria (1977) – representantes supremos de uma união satisfatória entre os estilos. Outra tendência do cinema atual é romantizar a mitologia das criaturas clássicas, talvez com a intenção de atrair o público adolescente, envolvido nos questionamentos da puberdade e na busca de uma identidade própria. Desta última, a franquia que será sempre lembrada negativamente pela desmistificação de monstros, outrora assustadores, é a Saga Crepúsculo, baseada em uma série de obras de Stephenie Meyer. Se misturar essas duas tendências, o resultado poderia ser A Garota da Capa Vermelha, que teve uma passagem nos cinemas brasileiros a partir de 21 de abril de 2011.
A comparação não poderia ser mais apropriada: a direção do longa é de Catherine Hardwicke, que anteriormente havia dirigido – pasmem! – Crepúsculo. Pelo sucesso alcançado com o triângulo amoroso entre Bella, Edward e Jacob, Hardwicke insistiu que um dos protagonistas de seu novo filme fosse Taylor Lautner, o que aproximaria ainda mais seu filme com o início da saga. E a cineasta ainda conseguiu convencer inúmeros produtores a investir em seu trabalho, como Leonardo DiCaprio, Michael Ireland, Jennifer Davisson Killoran, Alex Mace e Julie Yorn, possivelmente imaginando que a moça pudesse ser a bola da vez de Hollywood. O resultado não poderia ser diferente do que um imã de críticas negativas, principalmente pelo fato do filme não ter quase o lobisomem em cena, investindo apenas no relacionamento da protagonista com um namorado de infância e um pretendente.
Valerie (Amanda Seyfried, a atriz dos grandes olhos) é uma versão loira da Chapeuzinho Vermelho. Ela vive com a família – seus pais Cesaire (Billy Burke, que esteve em Crepúsculo, como o pai de Bella) e Suzette (Virginia Madsen, de O Mistério de Candyman e Evocando Espíritos), e sua irmã mais velha Lucie – no vilarejo de Daggerhorn, aterrorizado por um misterioso lobisomem. Apesar dos avisos da mãe para evitar andar pela floresta sozinha, a garota aproveita as escapadas para namorar Peter (Shiloh Fernandez, do ótimo Deadgirl), embora esteja prometida para Henry (Max Irons, de A Hospedeira). Para evitar que a criatura sacie suas vontades com os cidadãos do local, é feito um acordo com o lobisomem, com o sacrifício constante de animais. Após vinte anos de paz, o monstro volta a atacar, iniciando suas vítimas com Lucie, o que atrai para a região o inexcrupuloso caçador Solomon (Gary Oldman, num papel patético), que teria perdido a esposa justamente num ataque do lobisomem, há alguns anos.
Preocupados com possíveis novos ataques, os vilãos saem numa caçada pelo lobisomem, o que culmina na morte de mais uma pessoa. Solomon passa a então a aterrorizar a região mais do que a fera, criando breve tribunais para condenar bruxos e àqueles que tenham uma relação com o que anda acontecendo. Segundo o caçador, o período em questão traz a chamada “lua sangrenta“, única época em que o lobisomem pode transmitir sua maldição a suas vítimas. Quando o monstro chega á vila, em movimentos ágeis e completamente em efeitos digitais, ele consegue se comunicar com Valerie a ponto de fazer uma proposta: se ela for embora com ele, ninguém mais será ferido. Mas, quem seria o tal lobo mau? Peter? Henry? Ou outro cidadão que esconde algum segredo?
A principal brincadeira do roteiro de David Johnson (que escreveu episódios do The Walking Dead), baseado levemente e não creditado em romance de Sarah Blakley-Cartwright, é descobrir a identidade do lobisomem. Não é original, desde a A Fera deve Morrer (74) e outros exemplares mais importantes. Além do mais, há inúmeras pistas ao longo da produção que facilitam a identificação, principalmente se o infernauta observar a identidade das primeiras vítimas. Embora o lobisomem seja o principal mote da produção, a direção de Hardwicke tenta fazer o público jovem se importar com os relacionamentos da protagonista, como se fosse importante imaginar se o seu coração deve pertencer ao namorado de infância, com corte de cabelo moderno para o período, ou ao pretendente.
A Garota da Capa Vermelha tem até uma bela fotografia, a cargo de Mandy Walker. A produção trouxe belas ambientações gélidas, com um vilarejo bem composto de casas de madeira e estruturas medievais. Apesar da boa localização e de alguns aspectos técnicos positivos, o filme está distante dos bons exemplares do gênero. Trata-se apenas de um filme tendencioso, exageramente romanciado e com elementos que remetem ao filme anterior da diretora, aspectos que já são contra-indicados aos verdadeiros fãs do gênero horror e da criatura amaldiçoada.
ISSO É UMA PORRA DE SITE. N MOSTRA O DOWLOADED NEM NADA……… PORCARIA, SO PERCA DE TEMPO
Verdade. E ainda tinha que ter o “downloaded” de filme dublado. Ler qualquer coisa, ainda mais legenda, é muito difícil.
Abs
Só eu que percebi que em vários momentos a capa vermelha da Valerie mudava de tamanho? Principalmente nas cenas finais.
filme xato aff o lobisomem fala. prefiro acampo selvagem
Cara, que filme bosta.
que bosta
Até hoje eu não perdi meu tempo assistindo a nenhum filme da Saga Crepúsculo. Sei que pra dizer se um filme é bom, ruim ou mais-ou-menos é preciso assisti-lo. Mas só a sinopse desses filmes me faz passar longe deles. O mesmo acontece com esse “A Garota da Capa Vermelha”.
Concordo 100%
Filme visualmente belo, apenas.