Zombeavers - Terror no Lago
Original:Zombeavers
Ano:2014•País:EUA Direção:Jordan Rubin Roteiro:Al Kaplan, Jordan Rubin Produção:Evan Astrowsky, Chris Bender, Christopher Lemole, J.C. Spink, Jake Weiner, Tim Zajaros Elenco:Rachel Melvin, Cortney Palm, Lexi Atkins, Hutch Dano, Jake Weary, Peter Gilroy. Rex Linn, Brent Briscoe, Robert R. Shafer, Bill Burr |
Não há mistério quando você entra em uma loja e encontra um filme chamado Zombeavers na prateleira, ou Castores Zumbis em tradução livre. Você sabe exatamente o que te aguarda e a única pergunta que precisa fazer é: Ele cumpre o que promete? A resposta: Sim! Não à toa o cartaz faz menção aos produtores Evan Astrowsky e Chris Bender, de Cabana do Inferno e American Pie, pois com a mesma pegada teen destes dois filmes e bastante de Evil Dead e A Volta dos Mortos Vivos, um título tosco, com protagonistas toscos, uma história tosca e muito sangue, Zombeavers é entretenimento descerebrado puro, sem tirar nem por, um grande filme oitentista congelado no tempo e exibido 30 anos depois.
Como não simpatizar com uma história onde um galão de lixo radioativo (bem verde vivo, como de praxe), ao ser transportado em uma caminhonete aberta por dois funcionários incompetentes, cai no rio parando em uma barragem de castores onde vaza e contamina as simpáticas criaturas fazendo-as serem transformadas em zumbis sedentos por carne humana, exatamente no lugar onde três garotas resolvem passar o fim de semana longe dos namorados – que obviamente aparecem mais tarde – em um lugar afastado da civilização?
A noite nem precisa cair para que o perigo tome conta e logo os castores estarão correndo atrás dos incautos jovens que se alojam em uma cabana… de madeira! E nem vou citar o que acontece quando um deles recebe uma mordida… é de chorar de rir.
Diferentemente das produções chamativas e sensacionalistas da Asylum, há bastante talento envolvido que faz toda a diferença. O diretor estreante Jordan Rubin usa muitas referências para contar a história e é um tanto divertido assistir prestando bastante atenção para encontrar de onde cada cena foi inspirada para compor o todo. Seu trabalho não tem a menor vergonha de mostrar membros comicamente decepados, nudez e baldes de sangue. Mas nada é melhor do que as criaturas título…
Ciente de que não tinha um orçamento hollywoodiano e que é um filme sobre malditos castores zumbis, as criaturinhas são um charme à parte. Nada de CG, são 100% feitas de animatronics, quando não são mostradas como fantoches a-lá Vila Sésamo, tão ridículas que, quando os protagonistas caem de pau neles, é nítido que são feitos de um material fofo e macio. Por isto mesmo são imperdíveis.
Se existem falhas, estão na previsibilidade das ações, dos diálogos e do comportamento dos personagens principais. São poucas as surpresas (apesar de alguns momentos contra-clichê, bem encaixados) e o elenco feito na maioria de rostos poderia ser um pouco mais entrosado e desenvolvido. No final, se vale a pena assistir ou não, depende do quanto de idiotices o espectador está disposto a engolir: se a tolerância for alta, a diversão está garantida.