Primavera
Original:Spring
Ano:2014•País:EUA Direção:Justin Benson, Aaron Moorhead Roteiro:Justin Benson Produção:Justin Benson, David Clarke Lawson Jr., Aaron Moorhead Elenco:Lou Taylor Pucci, Nadia Hilker, Vanessa Bednar, Shane Brady, Vinny Curran, Augie Duke, Jeremy Gardner, Holly Hawkins |
Gostaria de esclarecer primeiramente, que não vou fazer nenhuma comparação de Spring com Crepúsculo, porque são filmes com propostas completamente diferentes. Outro dia, conversando com algumas pessoas sobre gêneros cinematográficos, percebi o quanto o Horror ainda sofre preconceito por parte do público em geral. O filme em questão era Mamá, onde algumas pessoas diziam se tratar de um drama e não de um filme de Horror. Quando entrei na discussão, citei que a proposta de Mamá era ser um filme de Horror, e sim, com elementos dramáticos, mas não deixava de ser um filme do gênero de Horror, assim como vários outros títulos – tudo bem que não consegui convencer as pessoas no debate, mas enfim, isso é outra história. O que eu queria elucidar é que em Spring, temos um filme que navega entre dois gêneros, o Romance e o Horror, como destacado no cartaz do filme: “Um híbrido entre Richard Linklater e H.P. Lovecraft”.
Na trama, Evan (Lou Taylor Pucci), acaba de perder a mãe, e consequentemente o emprego após uma briga em um ataque de fúria no bar onde trabalhava. Decide sair de sua cidade, e vai parar na Itália. Em uma pequena cidade turística, Evan conhece de uma forma inusitada a bela e misteriosa Louise (Nadia Hilker). Após alguns encontros, Evan se apaixona, sem saber que Louise guarda um estranho e terrível segredo.
A dupla Justin Benson e Aaron Moorhead aposta em uma história um pouco complexa, e conduz o filme entre alguns acertos e tropeços no roteiro. É evidente a influência de Linklater (Antes do Amanhecer), nas cenas de diálogos entre Evan e Louise, que a cada noite vão se conhecendo, e revelando segredos. A dupla de atores segura bem a onda e não deixa o filme cair no marasmo, criando uma interessante química. Já a influência de Lovecraft, também existe, e entra justamente para explicar a origem de Louise e sua condição atual, perante a Evan. É nessa reviravolta que o filme peca; as explicações são jogadas por Louise nos diálogos, com vários conceitos de genética (sinceramente, não entendi bulhufas), que torna o filme um pouco confuso.
Até entendo o final (apesar de não ter gostado), mas o diretor se perde na solução que encontrou para chegar até ele. Outro problema, é o tempo cinematográfico: vemos o filme achando que já se passara um bom tempo, enquanto havia passado apenas uma semana. Conta com boas cenas que mostram quem realmente Louise é, mesmo em CG, e que não são comprometidas pelos efeitos. O filme conta com belos planos, aproveitando a beleza natural da locação. Vale a pena citar, que os diretores usam de artifícios práticos, que o atual cinema independente oferece, como SteadyCam e Drones (para filmagens aéreas).
O elenco é ótimo. Lou Taylor e Nadia Hilker tem uma boa química, construindo personagens bem reais e verossímeis (até certo ponto, no caso de Nadia), criando assim a boa e velha empatia com o público. Jeremy Gardner, que protagonizou e dirigiu The Battery, aqui, faz uma pequena participação como Tommy, amigo de Evan.
O filme deixa uma sensação de que falta algo, alguma cena que dê impacto para os fãs de cinema de horror, porém, irá agradar quem goste de um belo romance e que procure algo diferente no cinema. Esse é o mérito de Spring, mesmo com seus defeitos, ainda te surpreende por não cair no comum, por isso vale a pena conferir. Dê uma chance e assista ao lado de sua namorada (o) e curta o momento.
Achei apenas razoável.
Pretendo ver esse filme, então respirei aliviado quando não comparou com Crepúsculo…
Esse filme não é dos mesmos diretores de “Resolution”? Vocês bem que podiam publicar alguma coisa sobre aquele filme, né? Ainda não tive a oportunidade de vê-lo, mas já li várias críticas extremamente favoráveis.
Me interessei, mas não consigo achar o DVD.
Quero muito ver este filme.
Finalmente assisti, e achei ótimo (já posso considerar um de meus filmes favoritos). Mas cabe sempre lembrar que não é um filme de Terror, mas sim com elementos de Terror.