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Pay the Ghost (2015) (2)

Regresso do Mal
Original:Pay the Ghost
Ano:2015•País:Canadá
Direção:Uli Edel
Roteiro:Tim Lebbon, Dan Kay
Produção:Nicolas Chartier, Craig J. Flores, Ian Levy, Patrick Newall
Elenco:Nicolas Cage, Sarah Wayne Callies, Veronica Ferres, Lyriq Bent, auren Beatty, Jack Fulton, Stephen McHattie, Juan Carlos Velis, Sofia Wells

Como escrevinhador de textos sobre cinema, confesso que é sempre muito bom quando me aparecem filmes estrelados por Nicolas Cage. O cara tem sérios problemas de agenciamento e consistência, porém esta imprevisibilidade ganha vida própria nas produções onde ele atua: sejam hilários de estupidamente ruins ou muito bons (infelizmente hoje em dia mais o primeiro que o segundo), não há ser vivo que fique indiferente com seus exageros e seu carisma.

Pay the Ghost, dirigido pelo alemão Uli Edel (indicado ao Emmy pela minissérie Houdini), é seu mais novo filme e, infelizmente, cai na coluna do meio. Um thriller genérico (começando pelo cartaz que não diz nada sobre nada) que aposta na segurança do lugar comum e sustos fáceis esporádicos.

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Nick Cage, apagado, calibra sua atuação de “pai de família ocupado e ressentido” ao interpretar Mike Lawford, um professor de faculdade que passa mais tempo no trabalho do que com a família, composta pelo filho Charlie (Jack Fulton), que atualmente é atormentado por visões e pesadelos, e sua esposa Kristen (Sarah Wayne Callies, The Walking Dead).

É Halloween e Mike perde a oportunidade de sair com o filho para pedir doces, mas tenta compensar no fim do dia levando Charlie para uma festa de rua próxima de casa. Durante as festividades, Charlie pergunta ao pai se eles podem “pagar o fantasma”, antes de desaparecer a plena vista no meio da confusão da festa. A polícia é acionada e nenhum vestígio do garoto aparece.

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Um ano se passa e o casal está separado. Mike perde qualquer motivação para o trabalho e Kristen está em depressão, sem conseguir perdoar o marido. O professor pressiona o detetive Reynolds (Lyriq Bent) da polícia a continuar as investigações agregando evidências que ele mesmo encontrou. Agora é Mike que tem visões alucinatórias com o filho, até que a perseguição o leva a um prédio abandonado com a pichação “pague o fantasma” na parede. É uma nova pista cujas raízes remetem a mitos celtas e uma cadeia de desaparecimentos misteriosos na época do Halloween não solucionados.

O que começa como um drama de desaparecimento vai pendendo aos poucos a um suspense paranormal (Insidious é uma referência válida), contudo se aferra tanto a investigação dos pais e a situação da família que o diretor precisa eventualmente lembra o espectador que estamos num filme de terror com sustos fáceis ou em momentos melhor trabalhados, como na cena em que uma médium é contratada (e some rapidamente) para buscar no “outro lado”.

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Nestas idas e vindas, o elenco faz o que pode. Cage é correto e se entrega ao personagem mais do que deveria, mas ao invés de explosões bizarras (como em O Sacrifício), usa de sutilezas. O restante do elenco é bem coerente e tem espaço para trabalhar com naturalidade e Uli Edel apresenta bons valores de produção, com exceção do emprego de um CGI barato.

O que impede Pay the Ghost de ser um filme melhor é a falta de algo novo para mostrar no roteiro de Dan Kay (de Pânico na Floresta 2/Timber Falls). Mais do mesmo não seria uma questão tão grande se houvesse uma carga maior de entusiasmo e energia envolvida e se a resolução do mistério não fosse tão rocambolesca e apressada no terceiro ato.

"My eyes...my eyes"
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