Jerusalém
Original:JeruZalem
Ano:2015•País:Israel Direção:Doron Paz, Yoav Paz Roteiro:Doron Paz, Yoav Paz Produção:Doron Paz, Yoav Paz Elenco:Yael Grobglas, Yon Tumarkin, Danielle Jadelyn, Dibi Ben-Yosef, Ido Di Capua, Geri Gendel, Tom Graziani, Steven Hilder, Fares Hananya, Yoav Koresh |
“Há três portas para o Inferno: uma está no deserto; uma no oceano, e uma em Jerusalém.” (Jeremias, 19)
Uma das portas do Inferno se encontra, na verdade, no Found Footage. Depois de anos de produções similares, com a fórmula pré-estabelecida pelos mais populares, ainda há quem acredite nesse desgastado subgênero. Nem vale a pena discutir o custo-benefício ou mencionar as obras que consagraram o estilo, apenas encontrar motivações para a realização de mais um. E, olha, o palco até que é interessante! Mesmo com toda a sua vestimenta religiosa, a Terra Santa também pode apregoar o Juízo Final, pelo menos é o que muitas pessoas acreditam. Ora, foi exatamente lá que o anjo Lúcifer caiu! O local sagrado, envolto em belezas, História e curiosidades, é o tema do filme JeruZalem, comandado pelos irmãos Paz, Doran e Yoav, em uma tentativa louvável de trazer sangue novo para o que já foi visto desde as Escrituras.
No princípio, os irmãos criaram um falso documentário, daqueles que surgem na deep web com centenas de seguidores. Filmado em um templo obscuro, o narrador acompanha os familiares de uma mulher com o demônio no corpo após retornar dos mortos. Antes de ser eliminada com um tiro na cabeça, surgem asas em suas costas e ela grita de dor e em fúria. Longe dali, Sarah (Danielle Jadelyn), de posse de uns óculos Google Glass (como aquele visto num episódio do V/H/S), ainda lamenta a morte prematura de seu irmão. Para abrandar a tristeza, ela e a amiga Rachel (Yael Grobglas, de Rabies, 2010) partem para uma aventura em Tel Aviv, fazendo uso do artefato tecnológico para manter uma comunicação constante com o pai (Howard Rypp).
No entanto, no avião, elas conhecem o “Indiana Jones“ Kevin (Yon Tumarkin), que está rumando para Jerusalém para pesquisar referências culturais ao fim dos dias. O rapaz as convence – só em filme mesmo! – a mudar o trajeto do passeio, com a promessa de servir como guia de locais sagrados e místicos. No albergue, o trio faz amizade com um morador local, Omar (Tom Graziani), disposto a levá-las aos ambientes profanos, regados à música, bebidas e drogas. E é o que eles fazem nos primeiros 45 minutos: andam de um lado para outro, visitam lugares belíssimos e interessantes, enquanto há algumas pinceladas do que está por vir na presença constante do insano David (Itsko Yampulski).
Sem quase nada para contar, JeruZalem se resume a um guia de viagem para o Infernauta que busca uma inspiração para as próximas férias. O terror se manifesta na última meia-hora, com o início de um apocalipse nos padrões [REC]. Eles são atacados, perseguidos nos mais diversos ambientes, com a câmera presa a uma britadeira, e tentam se esquivar das mordidas infecto-contagiosas. Para tornar tudo ainda mais apocalíptico e não apenas um filme de zumbis, a cidade é atacada por uma espécie de Golem gigantesco, remetendo o espectador ao longa Cloverfield em diversos conceitos do enredo: o monstro aparecendo ao fundo em algumas cenas, a amiga contaminada e que alguém insiste em levá-la para todo lado e até no resgate ao rapaz preso num manicômio.
São essas referências – lê-se chupadas do roteiro – e o ritmo lento, segurando o público para o último ato, que destroem qualquer boa expectativa de JeruZalem. Além disso, há momentos incômodos da narrativa que contribuem para sua avaliação abaixo da média, como a lente dos óculos afetada, dificultando a visualização das cenas, todo o ambiente escuro das cavernas (cadê o visor noturno?) e o chacoalhar das imagens nas cenas de correria. Se isso não já não fosse suficiente, a falta de explicação dos soldados e de Omar para o que está acontecendo, mesmo com os inúmeros questionamentos das garotas, ainda que o espectador já imagine pois leu a sinopse, é algo que fere o conteúdo sem chance de cicatrização.
Pode ser que o produto agrade pelo contexto proposto ou por alguns momentos de tensão, mas não vai além de uma bela fotografia a ser admirada em um guia de viagem.
Oi, Realmente o filme é uma bosta mas ja paro pra ver q todos os acontecimentos do filme esta acontecendo agora em 2024 Oo… guerras em jerusalem bem no inicio de um evento de balada
e o oculos inteligente… e no ano 2023 a 2024….
nao viram nada de anjos caindo se manisfentando é claro, mas governos fortes sim.
Simplesmente detestei!
não existe esse versiculo na biblia
Desculpa, mas esta passagem “Jeremias, 19”, é da Bíblia? Se existir algum outro livro, com essa passagem, me informem, pois na bíblia não existe. O que tira a credibilidade de algo são, justamente, informações erradas ou distorcidas sendo colocadas como reais.
TALMUD, livro de estudo judaico.
isso está no talmud
Verdade não há na bíblia!
Talmude
O pior além da critica do ESPECIALISTA é os comentários da galera, a ânsia de vomito é instantânea.
Gostei muito desde filme. Achei um dos melhores do gênero found footage dos últimos tempos. Como já sou bem acostumado com o gênero, sendo os found footage meus filmes preferidos de terror atualmente, os ambientes escuros e a câmera tremida não me causam nenhum incômodo.
Nossa acabei de assistir e particulamente nas cenas quando começa o ataque não da pra ver nada e só escuro gritaria e escuro.filme tinha chance de ser bom só que quando tudo começa a acontecer não consegui ver nada.
Ou seja. diretor, roteiristas, técnicos, câmeras etc não sabem de nada, o “jênio” desse site é quem entende de filme
Estamos trabalhando nisso há quinze anos. Temos pessoas com formação na área e, principalmente, todo mundo tem direito a uma opinião. Inclusive quando é ofensiva como a sua.
Esse seu comentário é tão sem sentido, que praticamente, segundo seu raciocínio, não existe arte ruim e não existe opinião crítica, já que todos os cineastas sabem o que estão fazendo, ou seja, não existem filmes ruins. Não existe música ruim, naturalmente os músicos sabem o que estão fazendo. E também não existe raciocínio crítico, já que alguém(por mais que estude cinema, conheça linguagem, estética e conceitos que a maioria não conhece) não pode discordar ou falar mal de uma obra. É isso que você quer dizer, Everton?
Eu particularmente já desanimo quando vejo que um filme é foud footage.