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Celular
Original:Cell
Ano:2016•País:EUA
Direção:Tod Williams
Roteiro:Stephen King, Adam Alleca
Produção:Brian Witten, Richard Saperstein, Shara Kay, Michael Benaroya
Elenco:John Cusack, Samuel L. Jackson, Isabelle Fuhrman, Owen Teague, Clark Sarullo, Anthony Reynolds, Erin Elizabeth Burns, Stacy Keach

Nove anos depois de 1408 é muito bacana ver a reunião de John Cusack e Samuel L. Jackson em uma adaptação de Stephen King. Inclusive o próprio King é um dos responsáveis pelo roteiro de Celular, adaptação dirigida por Tod Williams (Atividade Paranormal 2), um livro que usa a fórmula conhecida das narrativas do autor para fazer uma versão aberrante da cultura contemporânea, onde cada vez mais estamos conectados e escravizados pela tecnologia.

Se a obra escrita é bem aberta em relação a este aspecto, esta versão cinematográfica, modesta e relativamente contida, risca somente a superfície e ao ficar mais acessível ao grande público, se torna somente um filme de zumbis como tantos outros, cambaleando e caindo no meio do caminho de ser uma peça digna de destaque.

Cell (2016)

Celular começa promissor e bem agitado introduzindo nosso herói, o autor de graphic novels freelance Clay Riddell (John Cusack), que está no aeroporto pronto para depois de um tempo fora reencontrar o filho, quando um misterioso pulso emitido pelos celulares transformam todos os que estão os utilizando em bestas raivosas e violentas (chamados de Phoners no decorrer da história). São excelentes 20 minutos que lembram os ataques do remake de Dawn of the Dead ou os melhores momentos de Extermínio. A propósito, não pisque para não perder uma ponta especial do chefão da Troma, Lloyd Kaufman.

Clay consegue fugir e no caminho topa com Tom McCourt (Samuel L. Jackson), um trabalhador dos metrôs da cidade que serve de companhia em sua longa odisseia para voltar para casa, onde tem esperança de encontrar sua família viva… Basicamente é tudo o que você precisa saber sobre o roteiro.

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A partir daí o que se segue é um misto de correria contra os zumbis e roadie movie onde os personagens nunca realmente se desenvolvem e o estado de topor em que Cusack interpreta não ajuda em nada. Ainda que os minutos finais tentem colocar alguma novidade e desespero em frente ao espectador, parecido com o infinitamente melhor O Nevoeiro (2007), a força mental que você vai ter que fazer para lembrar do que assistiu passadas algumas horas dos créditos finais não compensa o esforço.

Cell (2016) 3A primeira notícia da adaptação de Celular data de 2006, logo após o lançamento, pelas mãos de Eli Roth e roteirizado pela mesma dupla de 1408, Scott Alexander e Larry Karaszewski, mas três anos depois Roth abandonou o projeto por diferenças criativas com o estúdio… Se este seria um filme melhor, é de se especular.

O fato é que pelas mãos de Tod Williams a contundente crítica social que o livro faz ao consumo excessivo de tecnologia fica solta no meio de tanto marasmo e entre tantas obras contemporâneas mais relevantes como Black Mirror ou mais “Stephen Kingianas” como Stranger Things, Celular se torna apenas mais um apático exemplar no meio de tantos outros filmes descartáveis. Assista apenas se for um fã completista de Cussack ou Sam Jackson, ou apenas a abertura e esqueça o resto.

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4 Comentários

  1. Nosso querido Stephen King nos quis passar um “final alternativo” no momento que Cusack (interpretando o mocinho no filme) explodiu a torre. Por que de fato ele não conseguiu explodir a torre pois ele já estava “morto” e era tudo “fantasia de sua mente”.
    Mas Stephen colocou nos uma pulga atrás da orelha, pois ele embaralhou as cartas ou por que não dizer as cenas, esquece ele estava sonhando o tempo todo o deus dos sonhos Morfeu estava brincando com ele, o final baseia-se em 3 etapas finais:
    1ª) Cusack estava indo em direção ao encontro do filho. Predestinado a encontra-lo como Morfeu.
    2ª) Chegando lá o procurou, mas não o encontrou. E seguiu procurando sem sucesso!
    3ª) Fantasiou encontrar seu filho e acabar com seu “personagem dos quadrinhos”. E imaginando ter se conformado em resolver todos os problemas, imaginou estar no céu ao lado de seu filho.

  2. Não entendi NADA do que aconteceu no final do filme

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