Bodom
Original:Bodom
Ano:2016•País:Finlândia, Estônia Direção:Taneli Mustonen Roteiro:Aleksi Hyvärinen, Taneli Mustonen Produção:Aleksi Hyvärinen Elenco:Tommi Korpela, Mimosa Willamo, Nelly Hirst-Gee, Mikael Gabriel, Santeri Helinheimo Mäntylä, Jarkko Niemi, Ilkka Heiskanen |
No sábado, 4 de junho de 1960, quatro jovens finlandeses foram acampar na cidade de Espoo, às margens do Lago Bodom. Maila Irmeli Björklund e Anja Tuulikki Mäki tinham 15 anos, quando convidaram seus namorados de 18 anos Seppo Antero Boisman e Nils Wilhelm Gustafsson para um momento íntimo em contato com a natureza. Na manhã de domingo, os quatro foram encontrados por um carpinteiro com inúmeras evidências de mutilações, por ocorrência de ferimentos de faca e espancamento. Somente Gustafsson sobreviveu ao ataque, com algumas dilacerações e fraturas, até mesmo na face. Em seu depoimentos, ele apenas se lembrava de ter sido atacado durante a madrugada por olhos negros e vermelhos. Os Crimes do Lago Bodom fazem parte das histórias mais conhecidas da Finlândia, principalmente pelo fato do autor não ter sido até hoje encontrado. Há suspeitos, incluindo o sobrevivente, que chegou a ser preso em 2004, mas acabou sendo liberado pouco tempo depois.
Com base nessa tragédia conhecida, Taneli Mustonen desenvolveu o terror Bodom aka Lake Bodom, um curioso slasher com uma reviravolta ainda no primeiro ato e bastante violência. Elias (Mikael Gabriel) e o estranho Atte (Santeri Helinheimo Mantyla) planejam um passeio até o Lago Bodom com o propósito de recriar os assassinatos para registro em fotografia. Para tanto, convencem duas jovens, a problemática e depressiva Ida (Nelly Hirst-Gee) e a amiga Nora (Mimosa Willamo). Uma estranha iluminação de lanterna do outro lado do lago e alguns sons estranhos na mata iniciam o pesadelo, que se conclui com o assassinato brutal dos jovens. Todavia, sem revelar detalhes que possam estragar a surpresa, as intenções não são como aparentam e as motivações são obscuras no conflito entre os próprios jovens – e ainda a insinuação de um possível cyber-bullying -, e há realmente uma quinta pessoa no local.
Parece que Mustonen quis prestar uma homenagem ao gênero pelas referências presentes. Há toques de Sexta-Feira 13 e até Wolf Creek, além, é claro, dos thrillers de mistério, com a com ocultação de cadáver e trapalhadas do assassino, com a contribuição efetiva da fotografia de Daniel Lindholm. Com mais experiência em comédias, o diretor faz um trabalho interessante ao acelerar a narrativa no primeiro ato, deixando o espectador curioso para saber como os fatos se desenvolverão na noite fatídica.
O longa teve sua première no London Film Festival, conseguindo algumas críticas positivas. Não é inovador, nem traz grandes mudanças narrativas, mas pela violência apesentada, além das imagens que resgatavam a tragédia de 1960, vale a pena conhecer. No entanto, se sua preferência são os found footages, há também o homônimo Bodom, co-dirigido por Gergö Elekes e József Gallai, e filmado na Hungria em 2014. Curiosamente, há uma banda de death metal finlandesa chamada Children of Bodom, cujas letras abordam o violento crime, devido aos integrantes serem todos da pequena cidade de Espoo.
Esse FF de 2014, também é semelhante a este?
Oi, Leandson! Confesso que nunca vi a versão de 2014. Está com boa avaliação no IMDB. Procurarei para sanar a sua dúvida.
Abs