![]() The Walking Dead - Oitava Temporada
Original:The Walking Dead - Season 8
Ano:2017/2018•País:EUA Direção:Greg Nicotero, Michael E. Satrazemis, Jeffrey F. January, Alrick Riley, Michael Slovis, Kari Skogland Roteiro:Charlie Adlard, Frank Darabont, Robert Kirkman, Tony Moore, Scott M. Gimple, Angela Kang, Matthew Negrete, Channing Powell, David Leslie Johnson Produção:Angela Kang, Ryan DeGard, Christian Agypt Elenco:Chandler Riggs, Andrew Lincoln, Norman Reedus, Melissa McBride, Lauren Cohan, Danai Gurira, Alanna Masterson, Josh McDermitt, Christian Serratos, Seth Gilliam, Ross Marquand, Lennie James, Austin Amelio |
A tão esperada batalha contra os temíveis Salvadores finalmente aconteceu no episódio final, Wrath, exibido no último domingo. Não foi como se esperava desde os primeiros confrontos, duas temporadas atrás, ou como o pôster anunciava, com tons épicos como numa Cruzada pelo domínio das terras habitadas por mortos-vivos. A reação de Maggie (Lauren Cohan), após um ato de Rick (Andrew Lincoln), embora respeite – parcialmente – a HQ original, traduz os sentimentos de muitos espectadores, fãs da saga desenvolvida por Frank Darabont: uma certa dose de ira pela ausência de momentos mais tensos, marcantes e inesquecíveis, que justificassem toda a espera.
A parte final da oitava temporada teve início no dia 25 de fevereiro, com o episódio Honor, comandado por Greg Nicotero. Nele, o público teve que se despedir oficialmente do garoto sobrevivente Carl (Chandler Riggs), mordido por um zumbi enquanto ajudava o estranho Siddiq (Avi Nash). Diferente do que muitos imaginavam, o tom não foi melancólico como acontecera em outras perdas na série, pois soube mesclar a dor de Rick e Michonne (Danai Gurira), com algumas sequências de tensão envolvendo Carol (Melissa McBride) e o insano Morgan (Lennie James). Antes de partir, Carl deixou um herdeiro no papel de garoto-problema, Henry (Macsen Lintz), e uma série de cartas para o grupo, incluindo até mesmo uma para o vilão-mor Negan (Jeffrey Dean Morgan), que se solidariza com a perda e até propõe uma trégua, sem o interesse do líder de Alexandria.
O que dificulta ainda mais um acordo tem relação com o braço direito de Negan, Simon (Steven Ogg). Enquanto Aaron (Ross Marquand) e Enid (Katelyn Nacon) saem numa jornada de encontro à tribo das mulheres, descoberta por Tara (Alanna Masterson), o capanga vai à turma do lixão para um ultimato à pedido de Negan, mas exagera nas ações, culminando em um massacre. Aos poucos, ele começa a mostrar interesse em ocupar o lugar do chefe, mas com intenções de extermínio, não apenas acordos benéficos. Para tal, ele tenta convencer Dwight (Austin Amelio), o agente-duplo, a apoiá-lo com outros Salvadores.
No episódio 11, Dead or Alive Or, de Michael E. Satrazemis, há um interessante desenvolvimento do Padre Gabriel (Seth Gilliam). Simbolica e literalmente cego, ele por diversas vezes questionou a própria fé, se existe algo realmente em que acreditar. Ele percebe que existe, sim, algo que o protege, devido a algumas coincidências que o acabam ajudando-o no encontro com zumbis. Ao mesmo tempo, essa fé volta a ser questionada pelo desenlace da última tensão, quando ele é pego novamente pelos Salvadores e é levado para auxiliar Eugene (Josh McDermitt) na fabricação de munição. Este terá a oportunidade de examinar a consciência ao ser resgatado por Rosita (Christian Serratos), com a pretensão de eliminar uma das armas de Negan, apesar de dar a dica preciosa sobre banhá-las com sangue dos mortos, numa ação que também acontece na HQ.
Com as armas sujas, os feridos se transformarão em zumbis para atacar Hilltop na madrugada numa das sequências mais legais da temporada. Também criará uma leva expectativa pela ferida de Tara, atingida durante o confronto, comprovando mais uma vez para qual lado a balança de Dwight pende mais. Além desse episódio marcante, ocorre também um novo encontro entre Rick e Negan, numa ação surpreendente do herói ao atacar um comboio. Perseguição de carro, uma batalha num velho galpão repleto de mortos e uma referência ao momento inicial da série na identificação com uma placa sobre existir infectados num dado local. Mudará os rumos da temporada por apresentar as intenções de Simon e depois permitir uma possível vingança de Jadis (Pollyanna McIntosh). É curioso por trazer algumas informações sobre o passado de Negan, sem a necessidade de contar em flashback ou num episódio inteiro, como feito em outras oportunidades.
Apesar do final decepcionante – e pouco ousado, já que foi o primeiro que não envolveu uma morte chocante -, a segunda parte da oitava temporada foi melhor do que se imaginava. Sem aqueles episódios ruins, que eram centrados em um determinado personagem e não levavam a lugar algum, a série melhorou bastante em seu conteúdo a ponto de impedir novas quedas de audiência e garantir uma continuação. O futuro é incerto, mas promete conflitos internos entre Maggie, Daryl (Norman Reedus) e Rick, além de alguma possível resistência de alguns Salvadores e o encontro com os inimigos da HQ conhecidos como Sussurradores. Foram deixadas algumas pontas soltas como a aparição de um grupo de estranhos, com um livro de ensinamento e uma proposta amigável, e até mesmo um helicóptero, lembrando um outro velho inimigo da série.
Com os bons efeitos especiais de sempre e a direção correta de especialistas como Greg Nicotero, The Walking Dead chega ao seu episódio final com uma nova visão do mundo dos mortos. A violência extrema e o gore foram abrandados, enquanto as mortes reduzidas a momentos discretos. Quem imaginava que Negan iria matar uma pessoa simplesmente estrangulando-a, tendo em mãos sua velha Lucille? E os sonhos aparentemente premonitórios de Rick, envolvendo uma bengala (relação direta com a batalha com Negan na HQ) e um mundo de cores e flores, que acabaram se tornando deslocados por virem antes das cartas de Carl influenciarem nas ações finais?
E, por fim, uma última pergunta: será que o alongamento dessa batalha contra os Salvadores não fez o público se acostumar com esse universo de inimigos conhecidos, a ponto de estranhar uma nova realidade proposta na nona temporada? A resposta só será conhecida em outubro, com o retorno da série. Até lá, há mais zumbis e infectados para acompanhar em Fear the Walking Dead…
The Walking Dead: 8ª Temporada (2017/2018) – Episódios 1 a 8
![]() The Walking Dead - Oitava Temporada
Original:The Walking Dead - Season 8
Ano:2017/2018•País:EUA Direção:Greg Nicotero, Michael E. Satrazemis, Jeffrey F. January, Alrick Riley, Michael Slovis, Kari Skogland Roteiro:Charlie Adlard, Frank Darabont, Robert Kirkman, Tony Moore, Scott M. Gimple, Angela Kang, Matthew Negrete, Channing Powell, David Leslie Johnson Produção:Angela Kang, Ryan DeGard, Christian Agypt Elenco:Chandler Riggs, Andrew Lincoln, Norman Reedus, Melissa McBride, Lauren Cohan, Danai Gurira, Alanna Masterson, Josh McDermitt, Christian Serratos, Seth Gilliam, Ross Marquand, Lennie James, Austin Amelio |
Uma violenta batida na cabeça com um taco de beisebol, envolto em arame farpado, extinguiu não apenas um dos personagens mais queridos da série como também qualquer expectativa de melhora da versão televisiva de The Walking Dead. A audiência foi despencando aos poucos, desde o término da sexta temporada, com a dúvida sobre quem poderia ser a vítima fatal até a revelação da dupla brutalidade cometida. A sétima, seguindo os quadrinhos, teve uma metade envolvendo a falta de esperança do grupo de Rick Grimes (Andrew Lincoln), escravizado pelos Salvadores, tendo que dividir metade do que era produzido com os capangas de Negan (Jeffrey Dean Morgan) além da entrega de todas as armas. Daryl (Norman Reedus) fora mantido preso, com a perspectiva de que aceite o novo líder; Maggie (Lauren Cohan), abalada, retorna para Hilltop, já apresentando sua tendência ao comando; enquanto Carol (Melissa McBride) e Morgan (Lennie James) são apresentados à comunidade conhecida como O Reino, sob a chefia do rei Ezekiel (Khary Payton).
Assim, a temporada se desenvolveu com a apresentação de novos ambientes, a divisão dos grupos e a total falta de esperança de Rick, contrariando o ímpeto de Michonne (Danai Gurira) pelo desejo de vingança. Tara (Alanna Masterson) conhece uma comunidade composta por mulheres, com muitas armas e interesse de se manter no isolamento; e, mais tarde, também há o envolvimento do “grupo do lixão“, que também possuem armas e um desafio para a conquista da confiança. A segunda metade da temporada foi marcada pelo desejo de Rick por vingança, principalmente com a visita surpresa de Negan e a morte surpreendente de Spencer (Austin Nichols), que buscava uma aliança covarde.
No término da temporada, há um embate entre as comunidades em Alexandria, num contra-ataque motivado pela transformação de Sasha (Sonequa Martin-Green) em zumbi, saltando do caixão trazido pelos Salvadores. Foi mediana dentro do que se esperava, com mais discursos do que ação, com os zumbis mais uma vez servindo apenas como metáfora de sobrevivência. Poucos momentos de destaque e a divisão dos episódios pelos núcleos resultaram em avaliações negativas por parte dos espectadores e da crítica, deixando uma séria dúvida sobre a continuidade do programa.
Em 22 de outubro, teve início a oitava temporada, com o episódio Mercy, comandado por Greg Nicotero. Discursos dos líderes das comunidades, prometendo um final satisfatório para o conflito contra os Salvadores, e os planos de ação. Com o direcionamento de zumbis ao Santuário, onde habitam os inimigos, as comunidades se organizam em combates que mais confundem os espectadores do que trazem possibilidades interessantes. Dwight (Austin Amelio) ajuda os alexandrinos com dicas envolvendo Negan e os postos avançados; ao passo que Eugene (Josh McDermitt), raptado no final da sétima, começa a aceitar sua condição “Negan” se mostrando eficaz em algumas soluções.
Carl (Chandler Riggs) desapareceu numa subplot bobo sobre ajudar um rapaz perdido. Jesus (Tom Payne) passou a fazer jus ao nome, impedindo que os salvadores reféns sejam mortos. Alguns são mantidos presos em Hilltop, ao lado de Gregory (Xander Berkeley), assim como padre Gabriel (Seth Gilliam), que é capturado pelos inimigos, depois de pedir a confissão de Negan e começa a exibir sinais de uma doença desconhecida – há quem acredite que seja uma enfermidade causada pelo uso de sangue de zumbi como camuflagem.
Com cenas de perseguição de carros e muito tiroteio, a oitava temporada cresce na ação, mas se perde em seu roteiro confuso. Há alguns bons momentos, como aqueles que homenageiam a série devido ao centésimo episódio, com referências aos anteriores: o helicóptero avistado por Rick, e o encontro dele com um velho conhecido, por exemplo; ou até mesmo a morte do namorado de Aaron (Ross Marquand), partindo de maneira triste, porém discreta, no encosto de uma árvore. Negan se organiza para raptar aqueles que considera as principais ameaças: o Rei, a Viúva e Rick. Nos conflitos, o reinado é destruído com a morte de boa parte do exército, incluindo a querida tigresa digital, e deixa Ezekiel com a mesma falta de perspectiva que tomou conta de Rick, sem o “sorriso no rosto“.
No entanto, essas cenas interessantes se perdem no enredo frágil. Por algum momento, os Salvadores parecem ter se reduzido a um pequeno grupo no Santuário, até o episódio que encerra a meia-temporada quando aqueles capangas que eram importantes na sexta e sétima resolveram “dar as caras” numa resposta à altura. How It’s Gotta Be, de Michael E. Satrazemis, ficou nesse payback, alternando diversos núcleos, presos em uma situação claustrofóbica na ameaça dos vilões. Você a todo momento espera uma reação imediata, mas a busca por uma fuga pelo esgoto parece ser a mais apropriada. Além disso, Rick simplesmente desaparece numa viagem de carro que começa com a luz do dia e culmina com a noite, quando há uma revelação surpresa sobre o destino de um personagem – não tão surpreendente se você tiver prestado atenção na temporada e no destaque dado ao episódio.
Muitos fãs aguardavam o tão sonhado confronto entre Rick e Negan, algo que se mostra rápido e desnecessário. Enquanto Maggie parece não estar disposta a se entregar facilmente e Ezekiel finalmente resolveu voltar a agir, fica a dúvida se a oitava vai se manter nessa guerra entre Rick e os salvadores ou se teremos uma conclusão na disputa para o início de uma nova fase de The Walking Dead. Ou seria melhor encerrar a temporada e a série, deixando apenas Fear the Walking Dead como a oficial dos zumbis, uma vez que seu conteúdo está bem mais interessante?
Com mais cenas de ação do que boa parte da série inteira, The Walking Dead precisa se organizar em seu enredo cheio de tramas desnecessárias e personagens perdidos. Talvez “enxugar” o elenco e se concentrar no mais simples, como a sobrevivência ao apocalipse zumbi, pode ser um belo retorno às origens e a caminhada correta dos mortos!
Adoro twd , bom ou ruim eu adoro.
TWD me surpreendeu nessa temporada. Enquanto a sétima teve muito sofrimento e humilhações, nessa não perderam tempo e foi ação em praticamente todos os episódios. A transformação do Rick foi incrível, o cara tava ficando pior que o próprio Negan, mas com a morte do Carl ele voltou a ficar lúcido. Entendi assim o final.
A sétima temporada me deixou tão de saco cheio que nem fiquei sabendo do início da oitava. Essa série e Game of Thrones deixaram os bons momentos pra trás e estão numa encheção de linguiça só. Os produtores parecem querer explorar até o osso. Vamos ver se, perdendo audiência, tomam vergonha na cara e dão um desfecho digno às séries.
Incrivel que essa foi a MELHOR avaliação da Serie e este nem é um site ‘oficial’ de fãs…
Minha paciência com TWD acabou nesta temporada (mais especificamente no segundo episódio). Se é pra ver fantasia, com reis, reinos, animais digitais, messias, santuários, assisto uma série de fantasia.