The Sadness
Original:Ku Bei
Ano:2021•País:Taiwan Direção:Rob Jabbaz Roteiro:Rob Jabbaz Produção:David Barker e Li-Cheng Huang Elenco:Regina Lei, Berant Zhu, Tzu-Chiang Wang, Ralf Chiu, Wei-Hua Lan, Chan-Hsien Tsai |
Falar que passamos pelo período da pandemia em um misto de pânico e desesperança seria dizer o mínimo. E agora que as coisas estão voltando parcialmente ao normal, conseguimos olhar para trás e analisar todo esse cenário caótico que passamos tentando nos reorganizar. É impossível não se ver na tela em filmes que representam os primeiros momentos de uma pandemia viral, com a incerteza da letalidade do que virá a seguir e com o medo de colocar os pés na rua e trazer risco para quem está em nossa casa. O cinema, como espelho da realidade, traz esse distanciamento necessário, ao mesmo tempo que nos coloca em situações limites. É isso que Rob Jabbaz faz com The Sadness, um filme que se inicia com os desdobramentos de uma crise pandêmica de gripe e as consequências de uma possível mutação da mesma. Entretanto, o diretor não se atém apenas ao tecnicismo e nos convida a olhar para baixo do penhasco. E se não for só uma gripe? E se tudo sair do controle?
Aqui conheceremos o casal Jim (Berant Zhu) e Kat (Regina Lei) vivendo num cenário muito próximo ao que estamos hoje, num quase final de pandemia onde tudo parece apontar de maneira esperançosa à normalidade. Entretanto virologistas e especialistas médicos insistem em dizer que o vírus tem alta chance de mutação e que a suposta segurança sentida pela população é um pouco desmedida. Esses anúncios são vistos com certa animosidade; levanta-se a questão de ser um alarde para eleger candidatos, um discurso negacionista e até mesmo que tudo não passa de boatos pessimistas.
É quando Jim leva Kat para seu trabalho que algumas situações começam a chamar a atenção do casal, e percebemos que algo estranho vai acontecer. Pessoas acidentadas, sangue na estrada e um policiamento excessivo são apenas detalhes sombrios do que virá a seguir, pois quando Jim retorna sozinho, vemos por seus olhos aflitos o início do caos completo. O vírus entrou em mutação para uma variante da raiva, e pessoas comuns passam então a ter seus instintos mais cruéis e frios potencializados. Tortura, canibalismo, estupro e assassinatos enchem as ruas e não haverá limite de crueldade nas suas quase duas horas de rodagem.
O material de divulgação desse filme foi desde o início pautado no seu extremismo gráfico, sendo anunciado como um dos filmes mais fortes e doentios dos últimos tempos e, claro, isso chamou a atenção do público do terror. Havia também o rumor de uma nova visão sobre o subgênero do zumbi, assim como foi de certa forma com o filme também oriental Train To Busan, ou seja, foi gerada uma expectativa, e geralmente quando isso ocorre nos sentimos decepcionados. Mas vou dizer para vocês com muita alegria que não foi o que aconteceu, e o que o canadense Rob Jabbaz nos prometeu foi cumprido e de maneira chocante.
O nível de violência que encontramos em The Sadness excede muito do que é de hábito, até mesmo para filmes de zumbis. E falando neles, aqui não temos mortos que voltam à vida e, sim, vivos que ficam loucos e matam qualquer um, o que torna o argumento central do filme plausível e de esfriar a espinha. Quem nunca se deparou com uma notícia de brutalidade humana e ficou se perguntando como somos capazes de chegar ao extremo e principalmente do que somos capazes de fazer ao chegar lá. Aqui não há limites para a insanidade e isso é mostrado graficamente numa cena onde adolescentes espancam um adulto seminu com pedaços de pau, enquanto o amarram para um futuro abuso sexual. Ouvi alguns comentários sobre o sangue jorrar muito e isso não soar real em algumas cenas, e eu só posso dizer que para mim isso foi uma qualidade, pois se as cenas fossem mais reais não sei se conseguiria terminar o filme e dormir tranquilamente depois.
Minha única crítica se dá ao terceiro ato, onde a protagonista do filme é abençoada com o Deus Ex Machina na forma de diversas facilitações do roteiro, seja na forma de um personagem chave que aparece apenas para explicar o filme ou na sua sobrevivência forçada com a aparição de dadas pessoas na hora de perigo. Como é difícil fugir de todos os clichês só posso passar um pano no chão ensanguentado de The Sadness e dizer que seu saldo final foi insanamente bom.
Ele não tem dublado né?
Como faço pra assistir?????
Por enquanto, só baixando mesmo, Marcela.
Excelente filme.
Só consegui lembra de Crossed
kkkkkkkk
Doentio demais
Foda!!!!!!
Pode crer, tava tentando lembrar o nome dessa HQ durante o filme. Esse filme = extermínio + crossed + covid
Oi .. como vc conseguiu assistir?
Tem o link ou download, tô procurando a um tempão e não acho
Adorei esse filme! Na minha opinião, ele é o “Fome Animal” da nossa geração.
pra mim ficou um fome animal meia boca mesmo, a qualidade dos efeitos está maravilhosa, mas a história não me convenceu, nem algumas atuações. fome animal pra mim ainda é incontestavelmente o melhor no quesito gore. the sadness tem muito sangue, mas poucas vísceras (ainda que tenha um pouco, mas não o suficiente)
Dá de 10 a 0 em Fome Animal, que é só o trash pelo trash.