The Seed (2021)

4.9
(11)

The Seed
Original:The Seed
Ano:2021•País:UK
Direção:Sam Walker
Roteiro:Sam Walker
Produção:Kathleen Debrincat, Chris Hardman, Matt Hookings, James Norrie
Elenco:Lucy Martin, Sophie Vavasseur, Chelsea Edge, Anthony Edridge, Jamie Wittebrood

O que poderia dar errado em um fim de semana de folga para três amigas de infância no meio do deserto? O fã de horror poderia pensar em trocentas respostas, mas ninguém chegaria perto de imaginar o que acontece em The Seed, divertido e surpreendente longa dirigido pelo estreante Sam Walker. Exibido pela primeira vez no Beyond Fest, nos EUA, o filme foi adquirido pela Shudder, plataforma de streaming especializada em produções de horror, e lançado em março deste ano.

Na trama, as jovens Diedre (Lucy Martin), Heather (Sophie Vavasseur) e Charlotte (Chelsea Edge) são amigas de longa data, e resolvem passar um final de semana no Deserto de Mojave, onde o pai de Heather possui uma bela casa. Além de descansar e, obviamente, produzir muitos conteúdos para suas redes sociais, as amigas pretendem aproveitar a linda vista de uma esperada chuva de meteoros. O que elas não esperavam é que essa chuva também traria surpresas indesejadas (e um tanto gosmentas), que irão mudar suas vidas para sempre.

O ritmo começa bem morno, sendo os dois primeiros atos dedicados quase que inteiramente ao desenvolvimento das três protagonistas. Divertidíssima, Diedre é a típica influencer viciada em redes sociais, que irá contribuir com tudo que é tipo de pérola atrelada ao estereótipo, desde a procura por rapazes em apps de relacionamento até o desinteresse na tal chuva de meteoros devido à preocupação por falta de sinal no celular; também influencer, Heather é a clássica filha do dono da casa, transparecendo em cada situação (e olha que são muitas) o pavor da bronca que receberá caso aconteça algo com a casa dos seus pais; por fim, a veterinária Charlotte é o sopro de realidade. Sem redes sociais, com um celular velho e um salário mínimo, é aquela que gera identificação com o espectador, que rapidamente se vê torcendo por ela (mesmo que com algumas decisões questionáveis, para dizer o mínimo).

A chuva de meteoros acaba por trazer um visitante inesperado, e as três amigas precisarão resolver rapidamente esse imprevisto para retornarem ao seu merecido descanso. É o máximo que pode ser dito sem cair em spoilers. Lá pela metade do filme, o rumo das coisas dá uma guinada assombrosa, imergindo (risos) as garotas num mar de drogas, sexo e sangue em proporções lovecraftianas.

O filme não economiza na quantidade de sangue, vísceras e gosmas em geral, fazendo revirar o estômago até dos maiores fãs de gore. Outro destaque é a performance escrachada de Lucy Martin, que realmente faz o espectador criar ranço da insuportável Diedre. Alguns personagens chegam a ser um pouco irritantes, como o jardineiro Brett (Jamie Wittebrood) e a própria Heather, que é bem chatinha. Além disso, o ritmo arrastado da primeira metade do filme pode incomodar os mais exigentes. Mas o saldo acaba sendo positivo. Vale a conferida.

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Ciro Oliveira

Médico por opção, palmeirense por emoção e amante de slashers por vocação. Foi introduzido ao cinema de horror sendo assombrado pelo boneco Chucky na infância, e se apaixonou pelo gênero após descobrir todas as identidades de Ghostface. Acredita que não há nada melhor para relaxar do que assistir universitários sendo eviscerados por um mascarado velocista.

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