4.8
(12)

Os Demônios dos Seis Séculos
Original:Gargoyles
Ano:1972•País:EUA
Direção:Bill Norton
Roteiro:Elinor Karpf, Stephen Karpf
Produção:Robert W. Christiansen, Rick Rosenberg
Elenco:Cornel Wilde, Jennifer Salt, Grayson Hall, Bernie Casey, Scott Glenn, William Stevens, John Gruber, Woodrow Chambliss, Jim Connell, Timothy Burns

Produzido especialmente para a televisão, Os Demônios dos Seis Séculos (Gargoyles) é um filme americano dirigido por Bill Norton (creditado como B. W. L. Norton) que está disponível no “Youtube” com legendas em português e também com a opção da dublagem clássica. É um daqueles filmes rápidos (só 74 minutos), divertidos e nostálgicos que eram exibidos com regularidade na televisão e que tive o privilégio de assistir entre o final dos anos 1970 e início da década de 1980.

Por ser um filme para a TV, o horror é moderado com ausência de sangue e violência e pode parecer simplório demais para as audiências mais acostumadas com ação desenfreada, sustos fáceis e sangue em excesso com efeitos de computação gráfica. Mas, o que mais importa no filme é o resgate de um sentimento de nostalgia dos anos 70, com os demônios toscos povoando os pesadelos e lembrando para a humanidade que estão apenas ocultos, à espreita, na realidade e longe das lendas.

O Dr. Mercer Boley (Cornel Wilde), pesquisador e especialista em demonologia, junto com sua filha fotógrafa Diana (Jennifer Salt), está viajando para o sudoeste dos Estados Unidos, numa região inóspita dominada pelo deserto do Arizona, para investigar a descoberta estranha do velho Tio Willie (Woody Chambliss), que escreveu uma carta para Boley depois de vê-lo num programa de TV. Depois de gravar o depoimento do velho em fita cassete, referente a um esqueleto de um demônio alado, ocorre um ataque misterioso no rancho seguido de um incêndio.

Fugindo desesperados do local, o cientista e sua filha são atacados também na estrada por uma criatura voadora com garras afiadas que avaria severamente seu carro, obrigando-os a passar a noite numa pequena cidade próxima, no motel da Sra. Parks (Grayson Hall), sempre com um copo de bebida alcoólica numa das mãos.

Ao investigarem a situação bizarra, eles descobrem uma comunidade de gárgulas vivendo oculta em cavernas nas montanhas, uma raça mista de répteis e humanos, com um período de incubação de seus ovos a cada 600 anos e com uma nova geração surgindo agora.

E depois que Diana é sequestrada pelo líder dos demônios (interpretado por Bernie Casey, com a voz original de Vic Perrin, não creditado), uma patrulha é formada para combatê-los e tentar o resgate, formada pelo chefe de polícia (William Stevens), seu assistente Jesse (John Gruber) e dois motoqueiros rebeldes, James Reeger (Scott Glenn) e Ray (Tim Burns).

O título brasileiro Os Demônios dos Seis Séculos é sonoro e chamativo, bem diferente do original que seria traduzido apenas como “Gárgulas”, mas mesmo assim o nome escolhido é interessante e pertinente com a história, uma vez que os demônios existiriam em paralelo com a humanidade, apenas aguardando a oportunidade de supremacia no planeta, renascendo a cada 600 anos para tentar tornar-se a espécie dominante.

Sendo uma produção de orçamento reduzido e filmado em poucos dias, os destaques certamente são os monstros toscos, com os atores simulando gárgulas vestindo roupas esverdeadas feitas de borracha. Esses demônios são representados em estátuas de catedrais góticas e esculturas egípcias, e o roteiro do filme procurou retratá-los como criaturas reais e inimigas da humanidade, disputando espaço em nosso mundo.

Entre as várias curiosidades, as cenas dos ataques e movimentos gerais das criaturas diabólicas foram filmadas em câmera lenta. O demônio alado de Olhos Famintos (Jeepers Creepers, 2001) é muito parecido com o líder dos gárgulas. Aliás, eles também lembram os “Sleestaks”, criaturas verdes e escamosas com grandes olhos negros, da série de TV “O Elo Perdido” (Land of the Lost, 1974/1977), apesar que nesse caso elas são mais toscas e hilárias em comparação com as gárgulas.

Foi o primeiro trabalho (e já premiado pelo “Emmy”) no currículo do famoso artista em maquiagem Stan Winston (1946/2008). Ele também é muito lembrado por sua insistência em ter o nome creditado no filme e a contribuição para o reconhecimento dos artistas em maquiagem na indústria cinematográfica. Foi também um dos primeiros trabalhos do ator Scott Glenn, que teve um papel discreto como o líder dos motoqueiros rebeldes, e que conseguiu uma carreira bem sucedida posteriormente.

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3 Comentários

  1. eu pensava que era só ” os demônio “. passava na tvs.

  2. O meu comentário é exatamente igual ao do Leandro Martins

  3. Cara, muito obrigado pela postagem. Sempre tive esse filme no meu imaginário pq o assisti com meu pai muito criança ainda, mas não lembrava o nome direito. Valeu pela lembrança e pela nostalgia 👍👍

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