3.3
(6)

O Massacre do Moinho
Original:The Windmill Massacre
Ano:2016•País:Holanda
Direção:Nick Jongerius
Roteiro:Nick Jongerius, Chris W. Mitchell, Suzy Quid
Produção:Eric Brenner, Nick Jongerius, Daniel Koefoed, Guirec van Slingelandt
Elenco:Patrick Baladi, Ben Batt, Charlotte Beaumont, Fiona Hampton, Tanroh Ishida Takashi Kido, Noah Taylor, Adam Thomas Wright

Hoje perdido nas prateleiras do Prime Video, O Massacre do Moinho gerou até alguma expectativa à época de seu lançamento enquanto “slasher satânico”, mas quis o destino que a proposta caísse no esquecimento. Lembrando que 2016, ano de seu lançamento, não foi um ano exatamente marcante para o terror (não como foi 2022), tendo em Aterrorizante e Invocação do Mal 2 alguns dos destaques mais relevantes. Pudera, O Massacre do Moinho não vai longe dos padrões do gênero, mas o conjunto da obra se apresenta muito satisfatório.

Na trama, um grupo de turistas embarca num tour pelos moinhos mais famosos da Holanda. Durante o passeio, se deparam com uma lenda local que fala sobre um moleiro assassino que fez um pacto com o diabo e vive a eternidade moendo ossos humanos em vez de grãos. O moinho que o tal moleiro habita é na verdade um portal para o inferno, e ele tem como missão atrair, de tempos em tempos, almas pecadoras para servir ao seu mestre. Muito doido, mas faz todo sentido… rs.


Filmado em Amsterdã (mas tendo o inglês como idioma oficial), a primeira parte do filme conta com alguns enquadramentos bonitos e uma fotografia morna, quase fria, que não dá grandes destaques para as cores, algo que vem a calhar quando a “ação” do filme se inicia, o que não demora muito a acontecer.

Isso porque a história é simples mas super bem construída, e tem um andamento cadenciado que cresce em tensão até seu ápice no ato final; é um filme curto, com menos de 1h30 de duração, e que não perde tempo com firulas.

Os personagens são outro ponto alto. Bem desenvolvidos desde a primeira cena, quando somos apresentados ao passado recente e motivações de cada um (todo mundo está fugindo de algo nesse passeio, e o último interesse deles é conhecer moinhos), todos são dúbios e geram simpatia e antipatia na mesma medida, o que nos provoca até certa ansiedade quanto ao destino de cada um – que, por se tratar de um slasher, já sabemos. E importante salientar que a pegada sobrenatural forte não torna o filme menos violento, com as cenas em que o moleiro aparece e seus ataques com sua foice gigante não devendo a nenhuma outra boa produção do gênero.

O filme é dirigido e roteirizado pelo então estreante Nick Jongerius, um dos produtores de O Exército de Frankenstein. É um bom trabalho de estreia, ágil, divertido, uma onda fácil de surfar, e que ainda reserva boas surpresas guardadas na manga.

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