Sting: Aranha Assassina
Original:Sting
Ano:2024•País:EUA Direção:Kiah Roche-Turner Roteiro:Kiah Roche-Turner Produção:Jamie Hilton, Michael Pontin, Chris Brown Elenco:Alyla Browne, Ryan Corr, Penelope Mitchell, Robyn Nevin, Noni Hazlehurst, Silvia Colloca, Danny Kim, Jermaine Fowler |
As aranhas gigantes andavam sumidas no cinema de horror. Depois da clássica era dos big bugs a partir dos anos 50, o interesse nas criaturinhas só foi voltar a crescer com o advento do uso da computação gráfica nos anos 90 e 00. Mas, depois do divertido Malditas Aranhas!, lá em 2002, pouquíssimas produções envolvendo aracnídeos mereceu algum destaque (mesmo que o SyFy desenvolva bagaceiras com regularidade, como a franquia Lavalantula). Eis que o ano de 2024 nos presenteia com não somente um, mas dois filmes sobre esses pequenos (?) monstros: depois do horror carregado de críticas sociais foda no francês Infestação, tivemos o lançamento recente de Sting, protagonizado pela simpática aranha alienígena homônima.
Na trama, a jovem Charlotte (Alyla Browne) é uma garota que se sente esquecida pela mãe e pelo padrasto após o nascimento do seu irmãozinho. Passeando pela casa de sua avó, a garota acaba encontrando uma pequena aranha, que apelida carinhosamente de Sting (assim como a espada retratada em O Senhor dos Anéis). Charlotte passa a cuidar da aranha como se fosse um animal de estimação, ao passo em que o bicho vai mostrando possuir habilidades incomuns. No entanto, quando seus vizinhos começam a morrer misteriosamente, ela começa a suspeitar que sua nova amiga talvez não seja tão inofensiva assim.
Confesso que não esperava muito de Sting. Parecia ser um filme meio bobo, lançado na sequência de outro mais bem sucedido e com a mesma temática. Realmente, o filme dirigido por Kiah Roche-Turner é tudo isso. E é divertidíssimo. Logo na cena de abertura, quando vemos o diminuto artrópode entrando por uma janela dentro de um meteorito, ficou claro que se tratava de uma produção que não se leva a sério. Não existem maiores explicações sobre a origem de Sting, e nem são necessárias. O que temos aqui é um filme de aranha gigante que assobia quando está com fome e come tudo que vê pela frente. Simples e honesto.
O filme vem sendo muito elogiado por apostar nos efeitos práticos, que realmente são muito bem feitos, principalmente no embate final contra o monstro no terceiro ato. As atuações são um ponto forte aqui, principalmente a personagem da jovem Alyla Browne, que entrega uma atuação carismática e expressiva. O dedetizador Frank, interpretado por Jermaine Fowler, também funciona muito bem como alívio cômico, sem nunca ficar muito escrachado. Mas a melhor personagem do longa, sem dúvidas, é a avó de Charlotte, Helga (Noni Hazlehurst), que confunde o espectador com sua falta de memória, gerando ótimas cenas (como a excelente cena de abertura).
Claro que não é um filme perfeito, e a suspensão de descrença tem que estar devidamente sintonizada para ignorar uma aranha alienígena que assobia e cresce exponencialmente. Mas, uma vez que o espectador compra a premissa do projeto, ele certamente dará boas risadas aqui. Se você procura um filme despretensioso para uma sexta à noite, Sting é a pedida ideal.