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Sugar
Original:Sugar
Ano:2024•País:EUA
Direção:Adam Arkin, Fernando Meirelles
Roteiro:Mark Protosevich, Donald Joh, Sam Catlin, David Rosen
Produção:Matt Woodall
Elenco:Colin Farrell, Kirby, Amy Ryan, Dennis Boutsikaris, Nate Corddry, Alex Hernandez, James Cromwell, Anna Gunn, Eric Lange, Sydney Chandler, Bernardo Badillo, Massi Furlan, Miguel Sandoval, Jason Butler Harner, Elizabeth Anweis

O investigador particular John Sugar (Colin Farell) é expert em encontrar pessoas desaparecidas. Após um trabalho em Tóquio onde conhecemos um pouco de suas habilidades, ele retorna a Los Angeles para investigar o desaparecimento da neta do lendário produtor de cinema Jonathan Siegel (James Cromwell), mas terá alguns obstáculos em seu caminho, como o próprio pai da garota, Bernie Siegel (Dennis Boutsikaris), que acredita que a filha voltará, já que tal fato ocorreu outras vezes devido ao vício dela em drogas, ou o irmão David Siegel (Nate Corddry), que certamente está escondendo algo bem tenebroso… bem, praticamente todos os personagens que orbitam a família Siegel tem algum esqueleto guardado no armário.

Essa série da Apple TV é um policial neo noir ensolarado que, apesar de se passar nos dias atuais, tem um pezinho no passado, com a trama que nos remete aos clássicos noir da década de 40/50, personagens dúbios e uma visão pessimista de mundo. Há ainda uma reverente homenagem ao gênero, pois o personagem de Colin Farrell é fã dos filmes noir desse período e algumas cenas de filmes clássicos são projetadas em meio a ação atual, o que torna a edição dos episódios bastante interessante.

E esse personagem do investigador John Sugar também tem um segredo, um plot twist guardado até o antepenúltimo episódio, que diferencia essa série de outras do gênero. Não leia sobre o assunto e nem deixe ninguém comentar com vocês sobre ele. Há uma série de situações estranhas que serão devidamente explicadas. Por exemplo, o personagem interpretado por Kirby Howell-Baptiste (que nos créditos iniciais se faz apresentar apenas pelo seu primeiro nome) e as estranhas aptidões de Sugar.

Contudo, por mais que esse segredo seja interessante e inventivo, a trama não segura o interesse do espectador, parecendo um pastiche de filmes desse gênero. Além disso, o desaparecimento de Olívia, que se torna uma obsessão para o investigador, tem uma resolução ineficiente. Há uma derradeira surpresa final que não convence, parecendo mero pretexto para uma eventual segunda temporada. Parece que os criadores inventaram o plot twist (o primeiro, mais legal) e fizeram o roteiro em torno dele, mas sem a mesma competência e esmero.

No final, o interesse em se acompanhar essa série se justifica, para além da já citada surpresa concebida, por conta da direção segura do brasileiro Fernando Meirelles, que dirige cinco dos oito episódios, e pela competência de seu astro Colin Farrell, que embarca com alma no jogo e novamente atua com uma desenvoltura ímpar.

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