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Last Straw
Original:Last Straw
Ano:2023•País:EUA
Direção:Alan Scott Neal
Roteiro:Taylor Sardoni
Produção:Daniel Brandt, Cole Eckerle, Dane Eckerle, Michael Giannone, Phil Keefe, Levon Panek, Taylor Sardoni, Sam Slater
Elenco:Jessica Belkin, Brian Wolfe, Glen Gould, Iryna Scarola, Jack DiFalco, Jeremy Sisto, Michael Giannone, Taylor Kowalski.

Entre as vertentes menos queridas do horror (para mim), está a claustrofóbica “invasão domiciliar”, categoria que sempre me remete aos perigos nada fantásticos da vida real, sendo este um subgênero, se assim considerado, que mais me causa apreensão. Quando eu compreendi que o novíssimo Last Straw seguiria por este caminho, já era tarde demais pra mim pois já estava completamente “preso” à história, igualzinho sua protagonista Nancy (Jessica Belkin).

O filme já inicia com Nancy em apuros. Dividindo com sua melhor amiga um farto baseado, ela contempla de forma melancólica seu estado atual: grávida, não se sabe de quem; trabalhando para o pai numa lanchonete insalubre no meio do nada, precisando demonstrar uma maturidade que não tem; e em luto pelo falecimento recente da mãe. Como tudo sempre pode piorar, seu solitário plantão noturno na lanchonete é completamente “atrapalhado” por quatro invasores que, não se sabe porque, querem aterrorizar Nancy, ou até algo pior….

Last Straw tem uma atmosfera “indie” muito charmosa. Estreia de Alan Scott Neal em direção de longas-metragens, narra a história de uma jovem desamparada de muitas formas, em busca de uma oportunidade de mudança que ela acredita que nunca virá. Uma produção “limpinha”, sem muitas complexidades ou ousadias técnicas, o filme cativa na simplicidade de sua protagonista, numa atuação sincera e natural de Jessica Belkin, que ganha o espectador ainda nos primeiros minutos de filme.

O longa se sobressai ao apostar numa narrativa linear e objetiva, ao passo que a trama se desenvolve a partir de uma sucessão de erros de seus personagens. É algo que lembra Fargo, mas mais carregado no suspense e na perseguição – momentos em que a obra também se eleva como um thriller pra lá de envolvente. A partir do momento em que o “plot” é revelado, então, tudo se torna inesperado, imprevisível, algo que torna a obra ainda mais curiosa.

Enquanto “home invasion”, Last Straw pode até estar aquém de outros semelhantes, mas agrada em sua objetividade. Há um discurso antidrogas que subjaz todo o percurso de Nancy, que talvez produza uma atmosfera conservadora demais para meu gosto, inclusive em sua conclusão, mas ainda vale a hora e meia de diversão para quem curte um suspense eficiente com uma pitada de caos temperando tudo. O filme estreou este mês nos streamings dos Estados Unidos, e por aqui está disponível no canal Acervo Scary no Telegram. Fica a dica! 😉

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