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A Ordem
Original:The Order
Ano:2024•País:EUA, UK, Canadá
Direção:Justin Kurzel
Roteiro:Zach Baylin, Kevin Flynn, Gary Gerhardt
Produção:Stuart Ford, Bryan Haas, Justin Kurzel, Jude Law
Elenco:Jude Law, Nicholas Hoult, Tye Sheridan, Marc Maron, George Tchortov, Daniel Yip, Daniel Doheny, Sebastian Pigott, John Warkentin, Phillip Forest Lewitski, Vanessa Holmes, Bryan J. McHale

Este é um bom thriller policial com um importante e atual alerta que, apesar de alguns problemas narrativos, merece ser visto. Disponibilizado na Amazon Prime, narra a história de um policial do FBI (papel bem defendido por Jude Law) que é transferido para uma pequena cidade onde estão ocorrendo alguns assaltos a bancos e carros forte. Contudo, o que à primeira vista seriam crimes de patrimônio, se mostram muito mais tenebrosos, já que o dinheiro obtido é usado para financiar um grupo nacionalista branco que pretende partir para ação armada.

O roteiro é baseado em fatos ocorridos na década de 80, onde a organização terrorista chamada “A Ordem” tinha um plano de derrubar o governo dos EUA para fundar uma nação ariana independente. O líder dessa organização, Bob Mathews (interpretado por Nicholas Hoult, mais contido que de costume), utilizava manuais e estratégias militares para capacitar seus membros, comprava armamentos pesados e mantinha seus seguidores sob forte dependência emocional.

Esse retrato terrível da sociedade americana deveria ter um tratamento mais contundente, contudo, o diretor Justin Kurzel opta por mesclar a história que, por si, já é extremamente forte, com uma abordagem policial banal, utilizando vários clichês que se amontoam no meio do caminho (o policial abnegado com um trauma do passado, o ajudante local que terá um fim trágico, a incrédula ex-parceira que o ajuda na investigação, etc).

Existem outros filmes que fizeram um registro policial sobre a intolerância racial com mais densidade e verve, como o sempre atual Mississipi em Chamas (1988) e o irreverente Infiltrado na Klan (2018), sendo que este A Ordem fica atrás em comparação com esses dois. Por outro lado, o longa é inovador ao se debruçar sobre Bob Mathews e seus asseclas, perscrutando seus hábitos, suas relações familiares, seu dia a dia, mostrando que a maldade em sentido mais puro  não reside nos psicopatas e vilões de quadrinhos, mas nas mentes e nos corações de pessoas comuns que, neste caso, realmente acreditam serem melhores que outros serem humanos por conta de sua descendência, credo e cor de pele.

O enredo policial entretém em certa medida (à exceção dos clichês comentados), com momentos eficazes de suspense que sustentam a narrativa, sem esquecer da importante mensagem que o filme quer passar. Bem intencionado, vale a pena assistir e conhecer um pouco mais dessa pouco noticiada história, principalmente neste momento em que grupos com os mesmos objetivos e matizes vem ganhando relevância no cenário mundial.

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