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O Começo do Fim
Original:Beginning of the End
Ano:1957•País:EUA
Direção:Bert I. Gordon
Roteiro:Lester Gorn, Fred Freiberger
Produção:Bert I. Gordon
Elenco:Peter Graves, Peggie Castle, Morris Ankrum, Than Wyenn, Thomas Browne Henry, Richard Benedict, James Seay, John Close, Don C. Harvey, Larry J. Blake, Eilene Janssen

“Podemos testemunhar o início de uma era que significará a aniquilação completa do Homem. O Começo do Fim.” – Dr. Ed Wainwright

Inegavelmente o cinema fantástico bagaceiro dos anos 50 do século passado é extremamente divertido, com seus monstros, paranoias e histórias exageradas no escapismo. O Começo do Fim (Beginning of the End, EUA, 1957) é um filme do subgênero “Big Bugs” (“Insetos Gigantes”) com gafanhotos imensos resultantes dos efeitos da radiação atômica, naquele período de tensão mundial com a Guerra Fria entre EUA e a antiga União Soviética.

É uma produção de baixo orçamento com fotografia em preto e branco, curto com apenas 76 minutos, que foi exibido na televisão brasileira e está disponível no “Youtube” em versão original em inglês, com a opção de tradução simultânea e legendas em português.

Com direção e produção de Bert I. Gordon (1922 / 2023), especialista em filmes com insetos e outras criaturas gigantes, responsável por filmes preciosos como A Maldição do Monstro Sinistro (1957), O Monstro Atômico (1957), A Maldição da Aranha (1958), A Cidade dos Gigantes (1965), A Fúria das Feras Atômicas (1976) e O Império das Formigas (1977), entre outros.

A jornalista Audrey Aimes (Peggie Castle) está viajando para fazer uma matéria sobre o projeto de um avião a jato quando é interrompida na estrada por um bloqueio do exército. Curiosa, ela descobre que ocorreu a destruição de uma pequena cidade chamada Ludlow com o desaparecimento misterioso de seus habitantes. Em contato com os militares Capitão James Barton (James Seay) e Coronel Tom Sturgeon (Thomas B. Henry), ela é informada que o caso está sob investigação do exército e que não deve ser divulgado.

A jornalista então informa a situação para seu editor, Norman Taggart (Douglas Evans), e decide fazer uma investigação própria descobrindo atividades na região com experiências do Departamento de Agricultura envolvendo materiais radioativos e cultivo de alimentos com o objetivo de aumentar os seus tamanhos. O diretor do projeto é o cientista entomologista Dr. Ed Wainwright (Peter Graves), auxiliado pelo ajudante surdo mudo Frank Johnson (Than Wyenn). Eles especulam que os gafanhotos poderiam estar se alimentando de trigo contaminado e com isso aumentando seus tamanhos para tornarem-se monstros imensos e ameaçadores, destruindo cidades e emitindo gritos estridentes antes de matar as pessoas.

O cientista e a jornalista informam o alto escalão do exército, representado pelo General John Hanson (Morris Ankrum), da ameaça mortal dos insetos gigantes, que estão rumando agora para Chicago, uma cidade maior e mais importante. Para tentar impedir o avanço destrutivo eles utilizam inseticidas e bombas incendiárias, sem sucesso, com os insetos atacando as pessoas e subindo em prédios. Restando ao Dr. Wainwright a tentativa desesperada de encontrar uma forma de detê-los antes que uma bomba atômica seja lançada na cidade já evacuada.

O filme é mais uma tranqueira divertida dos anos 1950 com seus insetos gigantes e monstros mutantes criados pelo efeito desconhecido da radiação, no conturbado período após a Segunda Guerra Mundial com os constantes testes envolvendo energia atômica.

E o grande destaque que garante o entretenimento são os efeitos práticos toscos dos gafanhotos colossais, onde o cineasta Bert I. Gordon utilizou insetos reais filmados numa perspectiva que simulasse tamanhos descomunais. Totalmente hilário e bizarro, principalmente quando eles sobem em prédios enormes, ou melhor, andam sobre fotografias de prédios. Numa época sem as facilidades da computação gráfica, a solução estava na criatividade dos técnicos em efeitos especiais que conseguiam com poucos recursos criar situações que impressionaram as plateias daquele período precioso do cinema fantástico bagaceiro.

Curiosamente, o ator Peter Graves (1926 / 2010) teve muitas participações na televisão, sendo principalmente reconhecido pela série “Missão Impossível” (1966 / 1973).  Outra curiosidade interessante é que o filme foi homenageado como referência e inspiração para o episódio “Mant!” da divertida paródia Matinee – Uma Sessão Muita Louca (1993), de Joe Dante.

“Chegará o tempo em que as feras herdarão a Terra.” – Dr. Ed Wainwright

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