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Opus
Original:Opus
Ano:2025•País:EUA
Direção:Mark Anthony Green
Roteiro:Mark Anthony Green
Produção:Brad Weston, Jelani Johnson, Poppy Hanks, Mark Anthony Green, Collin Creighton, Joshua Bachove
Elenco:Ayo Edebiri, John Malkovich, Juliette Lewis, Murray Bartlett, Melissa Chambers, Tony Hale, Stephanie Suganami, Mark Sivertsen, Amber Midthunder, Tatanka Means, Aspen Martinez

Ariel Ecton (Ayo Edebiri) é uma repórter novata de uma revista que recebe o inusitado convite do recluso e extravagante cantor Alfred Moretti (John Malkovich) para um evento de final de semana em sua propriedade, onde ele irá mostrar suas novas composições. O convite foi restrito a poucas pessoas, todas elas há muito tempo no showbiz (exceto Ariel), como seu próprio editor Stan Sullivan (Murray Bartlett), que vive se aproveitando do trabalho alheio e Clara Armstrong (Juliette Lewis), que tem um programa de entrevistas.

Quando a trupe chega ao local, um rancho totalmente isolado onde o popstar vive numa estranha comunidade, coisas inusitadas começam a acontecer e somente Ariel desconfia que o convite tem ocultas intenções por parte de Moretti.

Produção da A24 que segue a linha de horror com crítica social (que sempre existiu, vide os filmes com mortos vivos do mestre George Romero) mas que voltou a moda nas mãos de Jordan Peele no excelente Corra (2017) e mantido em destaque com os ótimos Pisque Duas Vezes (2024) e O Menu (2022). A história revive o frisson dos ícones pop da década de 80 em uma divertida crítica social ao culto a celebridade. O drama da protagonista que desconfia que há algo errado acontecendo é envolvente o suficiente, culminando com um ápice de violência e um plot twist bem sacado, amarrando todos os pontos.

Tenho algumas ressalvas com relação ao roteiro, que poderia aprofundar mais na bizarra comunidade que cerca Moretti ou dar alguma voz ou humanidade aos restantes dos excêntricos convidados. Contudo, todos os atores estão ótimos, principalmente John Malkovich, que nos maravilha e repulsa ao mesmo tempo (depois de vê-lo, difícil pensar em outro ator no papel) e Ayo Edebiri, de cujos olhos acompanhamos com espanto as ações sinistras perpetradas.

O diretor Mark Anthony Green, ele mesmo ex-editor de uma revista de estilo e estreando de forma bastante positiva na direção e roteiro, começa apresentado uma percepção bastante particular e crítica das celebridades para ao final colocar na mesa uma proposta muito maior para o espectador pensar. A reflexão sugerida vem bem a calhar na atual conjuntura social e, embora discorde total e veemente dos seus meios, talvez a visão de mundo de Moretti, quem sabe, tornasse a sociedade melhor e mais justa.

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