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The Electric State
Original:The Electric State
Ano:2025•País:EUA
Direção:Anthony Russo, Joe Russo
Roteiro:Simon Stålenhag, Stephen McFeely, Christopher Markus
Produção:Chris Castaldi, Thiago Da Costa, Mike Larocca, Patrick Newall, Georgina Pope, Anthony Russo, Joe Russo, Angela Russo-Otstot
Elenco:Chris Pratt, Millie Bobby Brown, Woody Harrelson, Ke Huy Quan, Woody Norman, Ann Russo, Greg Cromer, Vince Pisani, Camrus Johnson, Juan Uribe Brandi, Kurt Loder, Alan Tudyk, Roshni Edwards, Holly Hunter, Stanley Tucci, Will Lyman

Comecei a assistir The Electric State com muita, mas muita boa vontade!  A temática me pareceu interessante, o trailer é bacana, os diretores Joe e Anthony Russo usualmente realizam um bom trabalho, Millie Bobby Brown tem no seu currículo um mega ícone pop (falamos da saudosa Eleven de Stranger Things), Chris Pratt é um ator simpático e o elenco coadjuvante, incluindo os dubladores dos robôs, muito eficientes. Me sentei confortavelmente no sofá da sala para curtir um par de horas de diversão, no mínimo, descompromissada e passageira.

Ledo engano! Desconstruindo todas as minhas pretensões iniciais, o roteiro derivativo apela ao dramalhão raso em detrimento da ação, Millie Bobby Brown faz somente caras e bocas, Chris Pratt repete pela enésima vez o sujeito boa praça (mas sem o mesmo efeito de Peter Quill dos Guardiões das Galáxias) e os demais atores entram e saem sem deixar saudade. O filme, forçosamente feito para toda a família, não agrada quem busca uma discussão mais profunda, decepciona quem esperava um mínimo de ação ou suspense eficientes e não é atrativo nem para as crianças, pois simplesmente é muito chato.

A trama começa com um prólogo artificial mostrando a relação afetuosa de Michelle (Millie Bobby Brown) com seu irmão mais novo que é uma espécie de gênio. Eles vivem numa realidade onde os robôs (inventados na década de 30 por ninguém menos que Walt Disney) fazem os trabalhos braçais e são programados para servir a humanidade. Uma revolução dos robôs é mostrada em segundos, Michelle fica órfã e os robôs que restaram foram banidos para o meio do deserto. Os robôs foram derrotados por um capacete de realidade virtual que permite que os humanos controlem, à distância, uma espécie de armadura soldado e que, depois de finalizada a guerra, são usados para as pessoas viverem num mundo virtual, situação que já foi utilizada com mais eficiência em Substitutos (2009) com Bruce Willis.

Um gasto de mais de 300 milhões de dólares da Netflix que não se vê na tela (nem os robôs são tão legais assim…). Na década de 80, os robozinhos alienígenas de O Milagre Veio do Espaço (1987) tinham muito mais personalidade que estes. O roteiro é uma junção de peças bastante conhecidas mas que não se encaixam perfeitamente, Stanley Tucci e Giancarlo Esposito estão totalmente desconfortáveis e a realização dos irmãos Russo não se nota nem nas cenas de ação, que são burocráticas, sem emoção.

Querem assistir um drama com robôs, tentem O Homem Bicentenário (1999) ou Gigantes de Aço (2011). Querem ver ação com robôs, vejam Robocop (1987) o Eu, Robô (2004). Querem uma pegada mais séria e reflexiva, experimentem Ex-Machina (2015). Querem agradar a criançada, opção certeira é Operação Big Hero (2014) e Wall-E (2008). Certamente o leitor lembrará de outros tantos filmes com robôs e a maioria deles será melhor que The Electric State.

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1 comentário

  1. Taquepariu…

    A presença dessa Millie Bobby Brown já tá virando indício de filme ruim. Vai emplacando uma porcaria atrás da outra na Netflix.

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