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Pânico no Lago: Projeto Anaconda
Original:ake Placid vs. Anaconda
Ano:País:EUA, Bulgária
Direção:A.B. Stone
Roteiro:Berkeley Anderson
Produção:Jeffery Beach, Phillip J. Roth
Elenco:Corin Nemec, Yancy Butler, Skye Lourie, Robert Englund, Annabel Wright, Oliver Walker, Ali Eagle, Heather Gilbert

A franquia Pânico no Lago começou a decair já em sua segunda parte, e o que começou com pouca originalidade, ao longo do tempo foi se perdendo em produtos cada vez mais genéricos, nada específicos, deixando a franquia sempre em um lugar em que não sabemos se ela parou ou se continua.

Curiosamente ou não, talvez a atividade com o Boca do Inferno esteja “refinando” meu paladar, mas o fato é que as coisas deram uma melhorada nesta quinta parte da série, momento em que os produtores tiveram a ideia de realizar um dos crossovers dos mais absurdos. Além dos crocodilos, o Black Lake agora conta com a presença de uma ninhada de cobras saídas direto da franquia Anaconda.

Se formos pensar bem, o crossover até faz sentido. São duas franquias de animais assassinos, exageradamente grandes, iniciadas na mesma época,  com bons filmes de estreia, boa direção e bom elenco, orientada para públicos parecidos, etc, etc, etc. Projeto Anaconda também é a quinta parte da franquia Anaconda, então, para além da sensação de absurdo que a ideia provoque num primeiro olhar, talvez não seja tanto assim, e tudo pareceu correr em favor.

Bem, a história segue mais ou menos o mesmo itinerário de todos os outros filmes Pânico do Lago. O Black Lake agora é selado com com portões protetores que impedem a chegada de visitantes e a saída dos crocodilos moradores do pedaço. Infelizmente pra alguns, uma equipe de cientistas interessada justamente nesse crossover entre cobra e crocodilo resolve agir na surdina e acaba provocando um acidente e, adivinhem, os animais escapam de seus territórios.

Agora com trânsito livre, não só crocodilos, mas cobras gigantes passam a apavorar os arredores de Aroostook County, especialmente às margens do dos lagos Black e Clear, que, como não poderia deixar de ser, está abarrotada de visitantes colegiais prontas para serem estraçalhadas pelos animais.

Se formos comparar com as três sequências anteriores, que basicamente repetem os plots do primeiro filme de forma grosseira, Projeto Anaconda se sai muito bem. Dando continuidade à “reposição de marca” que a série passou com a entrada da personagem Reba na terceira parte, também temos, mais uma vez, grupos diferentes caçando os animais, e fugindo deles, mas tudo é “melhor”, de alguma forma.

Os personagens da franquia geralmente são bem escritos, especialmente os protagonistas, mas mal executados na maioria das vezes. Aqui a história se repete, e apesar de ainda conter muita canastrice, Reba é o grande destaque do filme, sendo a coluna em que a trama se apoia.

Ainda com um leve pé na comédia, algo que me rendeu algumas gargalhadas sinceras ao longo do filme, a atriz Yance Butler, após dois filmes, conseguiu achar o “tom” correto de sua personagem, algo que facilitou a vida do espectador. É um amadurecimento percebido especialmente no roteiro, mas de forma mais vaga e localizada. Os personagens-alimento dos crocs continuam péssimos e você torce pela morte deles em cena.

Robert Englund também retorna na pele do caçador Jim, sobrevivente do filme anterior. Infelizmente, seu personagem não faz muito em cena. Tirando sua função no plano absurdo dos cientistas, executada ainda nos primeiros minutos, sua presença em tela não faz a menor diferença, ainda que tenha muitas cenas e diálogos até os minutos finais do filme.

O CGI que dá vida aos bichões, uma das marcas mais reconhecíveis da franquia, também foi bastante utilizado e, obviamente, destoa de tudo. As cenas de morte, apesar de sangrentas, são extremamente mal feitas, sendo as interações entre os dois animais os momentos menos vergonhosos. Mas como já vamos sabendo que é assim, não se destaca como problema grave.

Ao fim, os crocodilos do Black Lake continuam vivos, e a franquia Pânico no Lago também. A ganância dos cientistas (produtores) criaram um novo tipo de monstro, e confesso que estou curioso pra saber no que isso vai dar.

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