![]() Screamboat: Terror a Bordo
Original:Screamboat
Ano:2025•País:EUA Direção:Steven LaMorte Roteiro:Matthew Garcia-Dunn, Steven LaMorte Produção:Steven LaMorte, Amy Schumacher, Martine Melloul, Steven Della Salla, Michael Leavy Elenco:David Howard Thornton, Jesse Kove, Jesse Posey, Charles Edwin Powell, Amy Schumacher, Jarlath Conroy, Allison Pittel, Jarod Lindsey, Rumi C. Jean-Louis, Anthony E. Williams, Tyler Posey |
Nada como o domínio público e a união com o terror para ativar um novo tipo de pesadelo nas crianças. Ou um grande desconforto ou boas risadas nos adultos, dependendo do seu gosto. Mas Screamboat definitivamente não veio para fazer você gastar seus neurônios.
Selena (Allison Pittel) está fugindo de um grupo de garotas ao mesmo tempo que precisa pegar a balsa de Nova York em seu último horário. Junto com os funcionários e outros passageiros, todos estão presos com uma ameaça visceral: o Steamboat Willie (David Howard Thornton) em sua versão sedenta por sangue.
Este é um daqueles filmes que não se levam a sério até demais. Começamos com o visual de Willie, que, durante o longa, ficamos em dúvida sobre seu verdadeiro tamanho, já que em diversas cenas, as proporções de sua altura podem variar. Com pezinhos balançando e sem proferir uma palavra sequer, o ratinho assassino tem um plano que não mede esforços.
E sem palavras, temos mais uma atuação corporal cativante de David Howard Thornton (Art da franquia Terrifier). O ator, em mais um papel monstruoso, consegue colocar carisma em cada frame. Seu timing para a comédia, até em seus assovios, tira um grande peso da vergonha da premissa desse filme. Sua atuação é como um verdadeiro convite para se dar uma chance de, pelo menos, se divertir um pouco.
Por falar em diversão, o filme não mede esforços para fazer várias piadas e referências a outras obras da Disney sem precisar dizer seus nomes registrados. São citados trechos de músicas, falas de filmes e até o próprio criador do parque e rato mais famoso do mundo. Um dos pontos fortes é a brincadeira que faz com as princesas, que no longa, são representadas como jovens festeiras irritantes de uma geração Z, que faz os mais velhos reviraram os olhos.
Quando falamos do trash como um subgênero do horror, sabemos que não se pode esperar uma qualidade digna de indicação ao Oscar. Mas é gratificante, aos fãs e entusiasta, ver um filme trash chegar ao mainstream e estrear diretamente nos cinemas. O cinema independente e de gênero vêm de uma longa caminhada e isso definitivamente é um marco. Mas reforçando, se não for a sua praia, passe longe!
Como um trash que segue fórmulas, Screamboat possui o pacote completo: cenas de mortes exagerada, humor escrachado, nudez, com muito efeito prático valioso, e alguns poucos efeitos digitais toscos. Algumas escolhas duvidosas e sequências sem muito sentido, ainda criam um anseio pelo próximo patamar. Até onde esse rato mal diagramado pode ir? Com frases de efeito ridículas a cada cinco minutos… não muito longe. Mas longe o suficiente. Inclusive o suficiente para, até antes do seu lançamento, já ter uma sequência confirmada.
Não se levar a sério é a chave para fazer um filme bem mais proveitoso que seus colegas de domínio público, como por exemplo Pooh: Blood and Honey e Alice no País das Trevas. E por isso podemos dizer que o filme cumpre o que promete. Não é muito, mas, para os fãs do gênero, é o bastante!
Screamboat: Terror a Bordo estreia hoje nos cinemas em todo o Brasil. Será que essa é a oportunidade que você precisava para dar uma chance ao terrir e a trasheira? Uma nova forma de se divertir nos cinemas para além das comédias tradicionais, o filme vale o seu riso.