![]() O Assassino do Alfabeto
Original:The Alphabet Killer
Ano:2008•País:EUA Direção:Rob Schmidt Roteiro:Tom Malloy Produção:Tom Malloy, Isen Robbins, Aimee Schoof, Russell Terlecki Elenco:Eliza Dushku, Cary Elwes, Timothy Hutton, Tom Malloy, Michael Ironside, Bill Moseley, Carl Lumbly, Brian Scannell, Larry Hankin, Jack McGee, Melissa Leo |
A capacidade interpretativa de Eliza Dushku faz realmente a diferença para o bom rendimento de O Assassino do Alfabeto (The Alphabet Killer, 2008). Para os apreciadores de um true crime, o filme é levemente inspirado no serial killer conhecido com a alcunha do título, que, entre 1970 e 1973, sequestrou, estuprou e estrangulou três garotinhas em Rochester, Nova York, que possuíam nome e sobrenome iniciados com a mesma letra. O enredo de Tom Malloy propõe que os corpos também tenham sido desovados em cidades iniciadas com a mesma letra de suas vítimas, algo que somente seria notado pela investigadora do Departamento de Polícia, Megan Paige (Dushku).
O corpo encontrado de Carla Castillo em Churchville, além de vestígios de pelos de gato branco, já a faz acreditar que a letra C em comum não foi mera coincidência, incomodando seu namorado, Kenneth Shine (Cary Elwes, de Jogos Mortais, 2004), além de colegas de trabalho, no início de colapso psicológico que a conduzirá a uma tentativa de suicídio. Já é um subtema bastante comum em produções de assassinos em série esse diálogo entre a realidade e a obsessão em capturar um assassino e que leva os investigadores a uma degradação mental ao ponto de destruir famílias, como é conhecido nos bastidores do confronto ao Zodíaco.
Megan perde o namorado e é obrigada a fazer terapia em grupo comandada por Richard Ledge (Timothy Hutton), além de passar a ser apenas uma arquivista. Dois anos após a morte da garota, o corpo de Wendy Walsh é encontrado em Webster sob as mesmas circunstâncias, justificando sua teoria de que um serial killer possa estar em ação em Nova York. Ela consegue novamente o direito de investigar, ao lado do agente Steven Harper (Tom Malloy) e é mais uma vez afetada por ilusões e tiques nervosos, insistindo mesmo quando passa a ver os fantasmas das meninas mortas, em uma ótima concepção visual, cada vez mostrando-as mais em decomposição enquanto pedem a Megan que as ajudem.
Com a boa direção de Rob Schmidt, que já havia dirigido Dushku em Pânico na Floresta (Wrong Turn, 2003), O Assassino do Alfabeto ainda reserva algumas participações especiais como a de Michael Ironside como o Capitão Nathan Norcross, forjando pistas para que o insano Ray Gullikson (Tom Noonan), que mantém a jovem Elizabeth Eckers, de 19 anos como refém, seja considerado culpado, além de Bill Moseley, como alguém conectado aos dois crimes. Uma outra jovem, Melissa Maestro, também terá um destino parecido, levando Megan a uma proximidade absoluta com o verdadeiro assassino das moças.
Trata-se de uma produção modesta, vindo no fluxo de Zodíaco, lançado um ano antes, e que vale o interesse pela boa interpretação da protagonista e a curiosidade de um caso de baixa repercussão e que até hoje faz parte dos mistérios da investigação criminal.