O terror tem vários gêneros e subgêneros, mas o mais polêmico tem sido o pós-horror. Cunhado pelo crítico de cinema Steve Rose, o pós-horror é um termo que anda em alta nos últimos tempos, com representantes como A Bruxa e Hereditário. Mas o que significa “pós-horror”? Além dos filmes citados, quais são os outros principais representantes do gênero? O que o termo “pós-horror” tem a ver com preconceito? No episódio de hoje trouxemos a pesquisadora Laura Cánepa para conversar sobre o assunto.
Equipe de gravação:
Silvana Perez
Ivo Costa
Filipe Falcão
Samuel Bryan
Convidada:
Laura Cánepa
Links:
InsolitoCom 2019
Edição:
Maurício Murphy
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O temo pode ser novo, mas a discussão é velha: cinema pipoca x cinema autoral. O pós-horror nada mais é do que um filme de horror com mais pretensões do que apenas assustar. E, como foi dito no podcast, isso não é novo pq desde sempre houveram filmes assim: O bebê de Rosemary, Possessão (de Zulawski), A espinha do diabo, Os olhos da cidade são meus, etc.
O que mudou é que esse tipo de filme está chegando para o grande público: A bruxa, Hereditário e Midsommar, por exemplo, estrearam no Cinemark lado a lado com o enésimo spin-off de Invocação do mal. Por isso talvez se tenha iniciado esse debate.
Se por um lado não há como se comparar Jogos Mortais 20 com Hereditário, uma vez que são duas experiências completamente distintas, dá para se dizer que um é inferior ao outro? Nesse caso até dá. Mas e quando comparamos O Iluminado com Evil Dead? Ou o Bebê de Rosemary com o Massacre da Serra Elétrica? Ainda que Evil Dead e O Massacre da Serra Elétrica não tenham tido o mesmo reconhecimento que os outros dois por parte dos teóricos de cinema, são filmes inesquecíveis que criaram personagens e cenas icônicas que entraram para o imaginário coletivo de toda uma geração.
Então, nesse caso, fica difícil dizer que são filmes inferiores. Ou o que dizer dos filmes de Argento? São filmes sem maiores pretensões do que assustar, mas que vc percebe a marca visual de um grande autor.
A discussão sobre o que é cinema superior e inferior sempre vai existir. Afinal, Fernando Pessoa já dizia:”O fim da arte inferior é agradar, o fim da arte média é elevar, o fim da arte superior é libertar”. A questão é que definir o que é superior ou inferior nem sempre é tão simples assim.
Detesto esse termo , não o menciono e muito menos o considero um novo subgênero , pra mim é delírio coletivo .
esse é o primeiro podcast que eu ouço e adorei voces são demais, parabéns pelo site estou adorando, vou acompanhar mais vezes o programa, desejo tudo de melhor pra voces e que o site possa crescer ainda mais pois voces merecem.