Um dos maiores clássicos de Alfred Hitchcock, Os Pássaros chegou aos cinemas em 1963 como uma produção vagamente baseada no conto homônimo de Daphne du Maurier, publicado em 1952. Esta não seria a primeira vez que o diretor adaptou a escritora para os cinemas: antes, A Estalagem Maldita (1939) e Rebecca, a Mulher Inesquecível (1940) também usaram os trabalhos de du Maurier como base. O problema é que, ao que tudo indica, o conto é um plágio de Os Pássaros, de Frank Baker, romance que a DarkSide Books traz para as livrarias brasileiras já nesta semana.
Baker publicou seu livro em 1936 e vendeu apenas 300 cópias. O autor ameaçou processar Hitchcock e du Maurier na época do lançamento do filme, mas, em 1964, Os Pássaros foi republicado pela Panther, recebendo mais atenção.
Pássaros. Milhares, talvez milhões, sobrevoam Londres, de forma aparentemente inexplicável e sem sentido, onde parecem observar os habitantes da capital, que os consideram divertidos, se tanto um pouco estranhos. Enquanto as pessoas ainda tentavam entender o que faziam ali, eles começam a atacar, ferindo e até mesmo matando com tremenda brutalidade e violência. Seriam eles uma força da natureza ou uma manifestação sobrenatural? Ninguém sabe. A única certeza é que o objetivo dos pássaros é a destruição da humanidade e ninguém tem ideia de como impedi-los…
Os Pássaros é um retrato sombrio e acurado de uma Londres pré-Guerra, como se Baker conseguisse vislumbrar o futuro próximo de terror e feitos inomináveis apresentado pela Segunda Guerra Mundial. Narrado em primeira pessoa por um dos sobreviventes do ataque mortal, o romance traça um panorama ao mesmo tempo irônico e crítico ao capitalismo e às sociedades ocidentais, que ainda se recuperavam da Primeira Guerra e da crise econômica iniciada com o Crash da Bolsa de Nova York, em 1929, mas seguiam cometendo barbaridades, em nome da civilização, em lugares como a África.
Os Pássaros chega às livrarias na Limited Edition em capa dura da DarkSide, como de costume, no ano em que se comemoram 80 anos de sua primeira edição. Com introdução de Ken Mogg, respeitado estudioso da obra de Hitchcock, o livro será lançado no dia primeiro de outubro.
Daphne tbm plagiou a brasileira Carolina Nabuco; o seu suspense “a sucessora” acabou “inspirando” o livro “Rebecca”; A Carolina traduziu o livro dela pro inglês e mandou pro exterior, só sei que acabou caindo nas mãos da Daphne, pense numa malandra