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Hemlock Grove (2014)

Hemlock Grove
Original:Hemlock Grove
Ano:2014•País:EUA
Direção:Peter Cornwell, Vincenzo Natali, Sanaa Hamri, David Petrarca, Floria Sigismondi, Spencer Susser
Roteiro:Brian McGreevy, Lee Shipman
Produção:Lynn Raynor, Eli Roth
Elenco:Famke Janssen, Landon Liboiron, Dougray Scott, Bill Skarsgård, Joel de la Fuente, Kaniehtiio Horn, Michael Andreae, Penelope Mitchell, Freya Tingley

Tendo ganhado destaque na mídia por ser a primeira série criada direto para o sistema de streaming, Netflix, Hemlock Grove dividiu opiniões com uma primeira temporada bastante irregular graças a seus momentos bastante originais e ousados e suas cenas banais e apelativas. A série criada pelo diretor Eli Roth (O Albergue) baseada no livro homônimo de Brian McGreevy, conseguiu escrever seu nome na história da “televisão” por seu pioneirismo, mas com ressalvas.

A nova temporada começa alguns meses depois do final da primeira, com Roman (Bill Skarsgård) e Peter (Landon Liboiron) separados devido à morte de Letha. Roman agora mora em uma mansão com dois sinistros empregados que o ajudam a criar sua filha secretamente. Após escapar de um acidente, a jovem Miranda Cates (Madeline Brewer) chega à casa de Roman em busca de ajuda e acaba ficando por lá enquanto seu carro é consertado por Peter, que agora trabalha em um ferro-velho depois de sua mãe ser presa durante um velório por diversos delitos do passado. Miranda se interessa por Peter e novamente o triângulo amoroso entre os dois amigos está formado.

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Olivia (Famke Janssen) se recupera em uma casa de repouso sob os cuidados do arrogante Dr. Jonatham Pryce (Joel de la Fuente) enquanto recebe visitas de seu amante, e pai de Roman, Norman (Dougray Scott), que ainda procura sua querida sobrinha, Shelley (Madeleine Martin), que permanece escondida na mata após ser acusada de assassinato ao final da temporada anterior.

Além dos arcos principais envolvendo o desenvolvimento dos personagens, este segundo ano ainda conta com duas histórias paralelas principais. Os misteriosos assassinatos de famílias inteiras, perpetrados por homens mascarados. Tais assassinatos são vistos em sonhos por Peter, Roman e posteriormente por Miranda e a busca do xerife Michael Chasseur pelo assassino de sua irmã e seu envolvimento com a Ordem dos Dragões. Ambos os arcos são desenvolvidos ao longo da temporada, mas deixam em aberto alguns pontos que podem vir a ser mais bem explorados no próximo ano da série.

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A série continua cheia de momentos gore bem produzidos, com uma excelente maquiagem e muito sangue apesar de alguns efeitos digitais bastante fracos, principalmente nas transformações de Peter, mas o melhor de Hemlock Grove continua sendo seu elenco que se esforça e soa convincente mesmo nas cenas mais fracas. Culpa de um roteiro que desta vez deixa de ser oscilante para apenas ter bons momentos ao longo de uma temporada bastante ruim.

Além de diversas situações que acontecem sem a menor relevância para o desenrolar dos fatos (a não ser que suas consequências se revelem nas próximas temporadas), os personagens que já passaram por bastante coisa e deviam ter aprendido algo sobre o mundo em que vivem chegam a cometer erros surpreendentemente estúpidos! Para não arriscar a estragar as surpresas, vou citar um dos principais: em dado momento, Peter precisa de dinheiro para a advogada de sua mãe e resolve enganar dois traficantes ao oferecer uma droga cigana secreta. Peter leva os dois traficantes para a casa de sua prima, onde está morando agora, e os engana com uma droga falsa se transformando diante deles para parecer que estão tendo alucinações! Em sua própria casa?! Quais as chances dos dois voltarem depois ao descobrirem que foram enganados!

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De volta para um segundo ano, a série amarra algumas pontas soltas da temporada anterior e tenta corrigir alguns erros, o que mostra que os realizadores estão atentos ao seu público. Porém, por mais positivo que isso possa parecer, esta mudança de direção buscando se ajustar à demanda da audiência acaba deixando de lado uma das melhores características da série.

Sai de cena a mitologia e as referências ao folclore europeu com seus wargulfs e upirs, dando lugar à uma baboseira científica que evidencia de maneira gritante esta intenção de mudança de rumo para a série. Até que ponto isso se deve a um estudo demográfico de marketing ou à entrada de Charles Eglee (Dexter, The Walking Dead) como novo showrunner, dividindo a produção-executiva da série com Eli Roth, nunca vamos saber.

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