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Identificando os sinais para saber se está deprimido ou se é estresse

As diferentes demandas e pressões do cotidiano e da vida moderna nos colocam cara a cara com os sintomas de estresse e também de depressão. Mas, como diferenciar se você está passando apenas por um momento mais difícil ou se é uma coisa mais séria que precisa de atenção? A resposta vai depender de acordo com os sintomas apresentados.

É comum que em casos de muitas demandas e desafios do dia a dia, o estresse apareça, pois é uma resposta natural do corpo a tal exposição. Como todo excesso faz mal, estar em um ambiente em que te causa estresse continuamente pode contribuir para o desenvolvimento da depressão. E, diferentemente do estresse, que acontece por determinado fator e por um curto período, a depressão é uma condição contínua que afeta o dia a dia, o físico, a mente e o sono da pessoa.

Também é importante entender a diferença entre estresse e burnout. O estresse está relacionado a situações específicas do dia a dia e não dura mais do que alguns dias, já o burnout é um estado de exaustão física e emocional causado por estresse contínuo e excessivo na área profissional, podendo ser confundido com depressão. Mas a grande diferença entre a síndrome de burnout e a depressão é que o primeiro está relacionado apenas ao ambiente de trabalho, e a depressão pode acontecer por inúmeros motivos e afetar todos os aspectos da vida.

Como a depressão, estresse e ansiedade estão interligados?

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É comum que condições como depressão, estresse e ansiedade estejam correlacionadas. Por exemplo, pessoas que sofrem de estresse e ansiedade intensos por longos períodos de tempo podem acabar desenvolvendo depressão. Como já citado acima, o estresse é uma resposta a uma ameaça imediata. Já a ansiedade, por sua vez, é uma resposta antecipada a uma preocupação sobre o futuro. Ela pode ser uma reação ao estresse e, se persistir por um longo período, pode se tornar um transtorno de ansiedade.

Confira abaixo a relação entre tais condições:

Relação entre o estresse e a ansiedade

Ser submetido a um estresse prolongado pode desencadear ansiedade. Por exemplo, passar por estresse constante no ambiente de trabalho pode fazer com que o indivíduo comece a se sentir inseguro em relação ao seu próprio desempenho profissional ou ao seu futuro.

Relação entre a ansiedade e a depressão

A ansiedade, quando em estado persistente, pode esgotar a energia emocional de uma pessoa, desencadeando sentimentos de desesperança, culpa, falta de interesse e, consequentemente, levando à depressão.

Relação entre o estresse e a depressão

A exposição prolongada ao estresse pode desencadear uma série de mudanças neurobioquímicas no cérebro, afetando sistemas neurais responsáveis pela regulação do humor. Além disso, essas alterações neurobioquímicas observadas na depressão em adultos, podem ter suas raízes nos eventos estressantes vivenciados durante a infância. Essa conexão mostra a importância de abordagens preventivas e de suporte emocional desde cedo.

Esses distúrbios emocionais costumam estar interligados e podem ocorrer simultaneamente. Lembre-se que os sintomas mais comuns entre ansiedade e depressão são: angústia, medos irracionais, irritabilidade, insegurança, pensamentos negativos e dificuldade de se concentrar. Portanto, se estiver se sentindo assim, procure um profissional.

Quais sintomas a depressão pode causar no corpo?

Muitas pessoas pensam que estar deprimido é estar triste, mas os sintomas da depressão vão além da tristeza. Uma das alterações mais comuns é em relação ao peso corporal. Da mesma forma que algumas pessoas podem perder o apetite completamente, outras podem comer excessivamente como uma maneira de lidar com seus problemas. Tais alterações podem desencadear complicações de saúde como desnutrição ou obesidade.

Além disso, o desequilíbrio de alguns neurotransmissores, como serotonina, endorfina, dopamina e ocitocina, pode levar ao desenvolvimento da depressão. Esses neurotransmissores desempenham papéis essenciais no bem-estar físico e emocional, afetando diretamente o ânimo, sensações de prazer, estresse e vínculos sociais, podendo causar alguns sintomas físicos como:

  • Dores abdominais;
  • Má digestão;
  • Azia;
  • Prisão de ventre;
  • Tensão na nuca e nos ombros;
  • Dores na cabeça e no corpo;
  • Pressão no peito;
  • Alteração da libido.

Além dos sintomas físicos citados acima, a depressão também pode afetar:

  • O humor: é possível sentir ansiedade, sentimentos de culpa, descontentamento com a vida, falta de esperança, mudanças de humor, falta de interesse ou prazer em realizar atividades, se sentir só, se sentir triste, ter muito tédio ou sofrimento emocional;
  • O comportamento: se sentir agitado, se automutilar, chorar excessivamente, se irritar com facilidade ou se isolar do mundo;
  • O sono: despertar precoce, excesso de sono, insônia ou sono agitado;
  • O corpo: cansaço físico, fome excessiva ou a perda dela, ou inquietação;
  • A cognição: falta de concentração, lentidão ou pensamentos suicidas.

Conclusão

Lidar com o estresse e a depressão pode ser um grande desafio para as pessoas, por isso é tão importante reconhecer os sinais para conseguir buscar ajuda profissional e tratar essas condições de maneira eficaz. Entender a distinção entre estresse e burnout, e perceber como a ansiedade pode agravar esses problemas de saúde, é crucial. Se você ou alguém próximo está demonstrando sinais de depressão, é fundamental buscar ajuda de profissionais qualificados. Lembre-se, a saúde mental é tão importante quanto a saúde física, e é necessário priorizá-la.

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