Filmes de terror são uma forma de entretenimento como qualquer outra, além de muitos possuírem conteúdo e refletirem o período em que fizeram (ou fazem) parte. No entanto, há os que consideram o gênero maligno, uma má influência, indo contra a religião, a paz e o amor. Quem trabalha com o terror, como nós do Boca do Inferno, é sempre visto como uma pessoa ruim, sem fé e causadora de destruição e violência. E esses se baseiam em casos isolados, como os que envolvem loucos que invadem cinemas armados ou cometem massacres em escola.
O que dizer, então, do caso de Luke William Woods, de Sidney, Austrália, que teria cometido um ato cruel contra um taxista no dia 30 de dezembro de 2013? Depois de passar um dia entre bebidas e filmes de terror – mais precisamente os slashers -, Woods decidiu fazer a sua própria produção! Com uma faca de 30 centímentro, que ele guardava embaixo do travesseiro e a chamava de “Stanley“, Woods apontou a arma para um motorista de táxi, Neal Kent, de 71 anos, e o mandou levá-lo a um lugar tranquilo, no parque Surry Hills.
Ao chegar ao local, perguntou quanto devia, e antes que o senhor respondesse, Woods começou a esfaqueá-lo no pescoço, ombro, cabeça e mãos, num total de 13 golpes. Kent foi levado ao hospital e ficou lá por 17 dias, com o médico afirmando que oito das treze investidas tinham grande chances de levá-lo ao óbito. Após o crime, Woods jogou a faca no lixo e foi a uma loja de conveniência comprar leite, antes de voltar para casa.
Quando questionaram ao criminoso o que o levou a tal ato, Woods justificou que na noite do crime havia bebido 12 cervejas e assistido a seis filmes de terror: O Massacre da Serra Elétrica, O Massacre da Serra Elétrica 2, Sexta-Feira 13 – Partes 1, 4 e 5, e Pânico na Floresta 4. E ainda afirmou que os filmes o fizeram sentir “como é matar alguém“.
Na verdade, Woods já estava sob a tutela da segurança pública pelo Supremo Tribunal da Austrália há um certe tempo. De acordo com um psiquiatra que cuidou de Woods, ele teria sido abusado quando criança, e cometeu o ato porque queria ser levado a uma instituição, onde poderia receber a ajuda que precisava.
Luke William Woods se declarou culpado pela tentativa de assassinato e está num manicômio, onde ficará lá até setembro, quando será julgado.
Será que a violência cometida por Woods teve influência dos filmes de terror ou é fruto de episódios traumáticos na infância?
Culpar os filmes é fácil , mais e as cervejas ninguém lembrou desse detalhe né , pois a bebida te encoraja a coisas que as vezes resultam em desgraças como esta ou piores .
Eu sou obcecado pelo Horror e nem por isso matei alguém ou irei matar por causa dos filmes , isso é uma desculpa e não o real motivo da tentativa de assassinato .
” Filmes de Horror não geram assassinos , cancelá-los sim ” !
Culpar os filmes, como o Mike, em Pânico 2. HAUHAUHAU
Os filmes podem sim exercer uma influência sobre as pessoas, mas cada um é responsável pelos seus atos. Fazemos o que queremos, e sabemos quais consequências vamos enfrentar. É uma questão de escolha.
E realmente.. muitos já cometeram atrocidades em nome da religião. Podemos ver pela situação do oriente médio. (Nem precisa ir tão longe).
Mas é tudo uma questão de perspectiva.
Mickey** errei o nome do menino, gnt
Vontade não me falta tbm! 😀
“indo contra a religião”… Interessante notar que muitos crimes já foram praticados por pessoas que diziam seguir a Bíblia, o Alcorão… Vai da índole e do histórico de vida da pessoa, mesmo. Já fiz maratona de filmes de terror e nem por isso saí por aí matando.
Se fosse assim eu que tenha 45 anos e assisto filmes de terror desde que me conheço por gente já teria matado a metade do Brasil por causa disso. Como o próprio texto explica esse cara já tinha problemas e usou o fato de assistir os filmes como desculpa para cometer esse ato horrendo.
Os filmes não são responsáveis pelas ações. são apenas uma representação superficial da realidade.
Na realidade, os monstros e a maldade humana é muito mais superior que ficção científica.
Mas ñ se pode ignorar que a mente do ser humano é muito complexa, muito desgastada e pouco explorada.
Fazer justiça seja de qual forma, se vingar de atos cometidos por alguem é simples mas não soluciona o problema.