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População 436 (2006)

População 436
Original:Population 436
Ano:2006•País:EUA, Canadá
Direção:Michelle Maxwell Mclaren
Roteiro:Michael Kingston
Produção:Gavin Polone
Elenco:David Ames, Leigh Enns, Susan Kelso, Rick Skene, Fred Durst, David Fox, Peter Jordan, Charlotte Sullivan, R.H. Thomson, Frank Adamson, Reva Timbers, Monica Parker, Jeremy Sisto

Pequenas e bucólicas cidades do interior sempre foram o cenário perfeito para grandes segredos. Em Rockwell Falls não é diferente. Lá as pessoas são felizes, não há violência ou crimes. Entretanto, toda esta aparente tranquilidade é posto à prova quando o agente do censo, Steve Kady (Jeremy Sisto, de Pânico na Floresta, 2003), chega até o local. A principio todos são amigáveis e hospitaleiros, inclusive o policial Bobby Caine (Fred Durst, o vocalista da banda Limp Bizkit). Entretanto, ao entrevistar a população, Kady começa a desconfiar que algo esteja fora do lugar. Seu temor toma forma ao examinar os documentos da cidade e descobrir que há 100 anos a população se mantém em 436 habitantes. Esta estranha anormalidade, aliada a superstição local de que todos os que deixam a cidade morrem vão transformar a sua vida em um verdadeiro pesadelo.

Apesar de deixar transparecer as limitações do orçamento, População 436 se revela uma boa opção. Não há exageros ou violência, mas o roteiro bem amarrado compensa todas as deficiências, inclusive as do elenco.

A atuação do protagonista, interpretado por Jeremy Sisto, é quase amadora em determinadas sequências. Mas para surpresa de todos, a atuação de Fred Durst não compromete e em alguns momentos até mesmo impressiona.

O roteiro, que incorpora ideias de clássicos como O Homem de Palha (refilmado como O Sacrifício) e do mais recente A Vila, de Shyamalan, é assinado pelo estreante Michael Kingston. Aliás, a direção é de outro estreante nos cinemas, Michelle Maxwell (seus trabalhos anteriores se resumiam a episódios de séries de TV, como Arquivo X e Without a Trace).

A versão em DVD lançada no Brasil traz, além de trailers de outros filmes de terror a serem lançados pela distribuidora, um final alternativo, onde o destino do protagonista é o oposto do escolhido oficialmente.

Na soma final dos pontos e contrapontos, População 436 acaba se tornando uma boa opção. Principalmente nestes tempos sombrios, em que o mercado cinematográfico é bombardeado por refilmagens e continuações desnecessárias.

Rock and Roll e cinema, de horror, é claro.

A parceria entre os astros do rock and roll e cinema renderam alguns grandes filmes, como o gótico Fome de Viver, onde o camaleão David Bowie vive um vampiro que tem que encarar seu trágico destino, quando deixa de ser imortal. Entretanto, o resultado nem sempre é tão empolgante. O vovô Alice Cooper já protagonizou seu verdadeiro trash em Monster Dog, do diretor italiano Cláudio Fragasso (parceiro de Lucio Fulci na empreitada Zombi 3). Já Dee Snider, vocalista do Twisted Sisters, contracenou com Robert Englund (o imortal Freddy Krueger) no fraco Mórbido Silêncio em 1998. Joey Ramone compareceu na comédia de humor negro Final Rinse, onde um serial killer escalpelava cabeludos (principalmente rockeiros). A vocalista do Blondie, Deborah Harry participa do escatológico Videodrome, de David Cronemberg. E não podemos esquecer do rock star (?) John Bon Jovi, de Vampiros: os Mortos, sequência do filme de Carpenter.

 

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5 Comentários

  1. Minha reaçao ao ver o Fred Durst no filme foi das piores eu logo pensei “Se como vocalista o cara ja e uma droga ( banda idem) o filme entao puts! Assisti ate o final so pela curiosidade da profecia da cidade se iria se realizar mesmo fora isso nem prestei muita atençao no filme muito morninho e pessimas atuaçoes. Nivel “Supercine”da rede Gl(b)obo

  2. Logo nos primeiros minutos, fiquei intrigado: como eu, um fã de Stephen King, ainda não tinha lido esse conto do mestre do horror/suspense? Retornei aos créditos e nada vi de King, só o nome do roteirista Michael Kingston. Caramba! Tudo a ver com King. Faltou um pouco mais de suspense e, concordo, um ator mais expressivo (como John Cusack) para o papel de Kady. Mas, no frigir dos ovos, um bom filme. Só espero que o final (bem feito) não signifique continuação; não há necessidade.

  3. Achei o filme bem ruinzinho. Não tem suspense, não tem emoção. A premissa é boa, mas a história foi mal contada. Pouco destaque para o mistério do 436. A falta de sangue e violência só serviu pra deixar o filme mais chato.

  4. não sabia que o Fred Durst era ator tbm, curioso…..

  5. Assim como muitos, também assisti esse filme no Crackle. Como já assisti com inteligência e discernimento suficiente para saber que tratava-se de uma produção trash de baixo orçamento, me diverti muito com esse longa. Achei um bom filme, com ótimo suspense e cenas tensas. Um roteiro bem interessante. Destaque para a atuação da lindíssima Charlotte Sullivan, da série canadense Rookie Blue. Um bom filminho trash recomendado para uma noite em que não se tem muita coisa para fazer.

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