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O Lobisomem de Washington
Original:The Werewolf of Washington
Ano:1973•País:EUA
Direção:Milton Moses Ginsberg
Roteiro:Milton Moses Ginsberg
Produção:Nina Schulman
Elenco:Dean Stockwell, Katalin Kallay, Henry Ferrentino, Despo Diamantidou, Thayer David, Nancy Andrews, Clifton James, Biff McGuire, Jack Waltzer, Ben Yaffee, Jane House

Este é um filme de lobisomem, digamos, diferente. Não quanto ao monstro em si, já que, mais uma vez, acompanhamos a história de um homem comum que é atacado por uma fera vinda de um acampamento cigano, e passa a se transformar durante a lua cheia. Nem exatamente na sua ambientação, apesar de que, convenhamos, não é qualquer filme de horror que tenha como pano de fundo a situação política nos EUA.

Na verdade, o que torna O Lobisomem de Washington um filme incomum é o foco, ou falta dele, dada pelo roteiro. A ideia de um um funcionário do alto escalão do governo americano se transformando em lobo é bastante criativa, e poderia render uma ótima sátira política, mas o filme acaba ficando em cima do muro, sem nunca partir para a paródia assumida, nem abraçando o horror sério e carniceiro.

Exemplo disso? Numa cena exageradamente longa e sem propósito, o nosso herói/vilão Jack Withier (Dean Stockwell) tem que lidar com sua terrível maldição, que faz com que ele… fique com os dedos presos em uma bola de boliche! Este, incrivelmente, acaba sendo um dos maiores momentos dramáticos do filme: conseguirá Jack tirar os dedos da bola, antes que o presidente (Biff McGuire) perca a paciência?

 

O clima é puro grindhouse, ajudado pela péssima imagem do DVD nacional. Até a maquiagem do lobisomem é bem feitinha, seguindo a linha dos clássicos da Universal, com o interessante detalhe de que o monstro aparece usando terno e gravata!

Mas a falta de objetividade acaba realmente tirando muitos pontos do filme. Felizmente, o cineasta americano Mike Davis (diretor de Pervert! e Sex Galaxy) está trabalhando em uma nova edição, juntando com pedaços de outras produções em domínio público para criar o seu declarado “filme verde” (um filme 100% reciclado), que apresentará ao mundo o Presidente Wolfman! Conhecendo a filmografia de Davis, dá para acreditar que algo de muito interessante sairá daí.

Mas ainda assim, o filme original merece uma visita, pois, se falha como cinema “sério“, vale muito como guilty pleasure. E não se esqueça de assistir até o último segundo dos créditos.

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