Intrusos
Original:Intruders
Ano:2011•País:EUA, UK, Espanha Direção:Juan Carlos Fresnadillo Roteiro:Nicolás Casariego, Jaime Marques Produção:Belén Atienza, Mercedes Gamero, Enrique López Lavigne Elenco:Clive Owen, Carice van Houten, Ella Purnell, Daniel Brühl, Pilar López de Ayala, Izán Corchero, Kerry Fox, Adrian Rawlins, Michael Nardone, Mark Wingett, Lolita Chakrabarti, Ralph Ineson |
Crianças têm uma imaginação muito fértil, amedrontam-se facilmente com o que sua mente pode criar. Monstros em armários, fantasmas embaixo da cama, qualquer sombra, qualquer sussurro…pode transtornar uma criança em uma noite escura e chuvosa. Quem aqui nunca passou por isso? O diretor Juan Carlos Fresnadillo sabe disso e já havia surpreendido o público com o interessante Intacto e o frenético Extermínio 2.
O longa começa contando a história do garotinho Juan (Izán Corchero), que mora sozinho com sua mãe (Pilar Lopéz), e tem uma imaginação fértil. Em uma noite chuvosa, é surpreendido quando a mãe é atacada por um homem encapuzado e essa figura passa a atormentá-lo desde então. A mãe tenta em vão buscar ajuda com um padre, já que ela também vê a presença desse homem. Em paralelo, vemos a adolescente Mia (Ella Purnell), que tem uma forte ligação com seu pai (Clive Owen), após encontrar uma sinistra história em um papel velho dentro do buraco de uma árvore na casa de seus avós, passando a ser assombrada também por um estranho homem encapuzado. A premissa do filme cria a situação de não sabermos se o que acontece é real ou está na mente das crianças – mas como os pais também veem o que está acontecendo? Existe algo de sobrenatural naquele homem encapuzado?
É lógico que existe uma ligação entre as duas histórias narradas em paralelo – mesmo em espaços de tempo diferentes -, pois o homem que assombra as crianças parece ser o mesmo. O roteiro opta por dar pistas, tática que o Shyamalan usou muito bem em O Sexto Sentido, mas aqui Fresnadillo acaba deixando tudo muito óbvio, de modo que o expectador descubra com facilidade a ligação entre as duas histórias. A ideia do roteiro de Nicolás Casariego é boa, porém mal desenvolvida – efeitos em CGI tiram toda o clima em algumas aparições do homem encapuzado; as cenas de suspense não funcionam, a revelação final é mal contada, e por aí vai… . No elenco Clive Owen tenta, mas o roteiro não lhe oferece nada para que possa desenvolver uma boa atuação, sendo que as melhores interpretações ficam por conta do garotinho Izán Chorchero e de Pilar Lopéz.
Lançado direto nas locadoras, Intrusos será um daqueles filmes que só será visto pela presença de Clive Owen, mas com o tempo será facilmente esquecido e condenado ao limbo das prateleiras. Uma decepção, já que o filme contava com um bom diretor e elenco. Fica pra próxima, Fresnadillo!
Não parece muito bom mesmo
péssimo.