Dexter
Original:Dexter
Ano:2013•País:EUA Direção:Michael Cuesta, Keith Gordon, John Dahl, Steve Shill, Marcos Siega, Ernest R. Dickerson, Romeo Tirone, Stefan Schwartz, Holly Dale, Alik Sakharov, Michael C. Hall Roteiro:Jeff Lindsay, James Manos Jr., Lauren Gussis, Scott Buck, Scott Reynolds, Tim Schlattmann, Karen Campbell, Jennifer Yale, Wendy West, Manny Coto, Jace Richdale, Arika Lisanne Mittman Produção:Showtime Elenco:Michael C. Hall, Jennifer Carpenter, David Zayas, James Remar, C.S. Lee, Geoff Pierson, Luna Lauren Velez, Desmond Harrington, Julie Benz, Christina Robinson, Preston Bailey |
Atenção: O texto abaixo contém spoilers da sétima e dos primeiros episódios da última temporada de Dexter.
Pai de família, irmão dedicado, empregado da polícia e assassino serial… No ar desde 2006 no canal Showtime, Dexter trouxe uma pequena janela de ar fresco em uma grade de televisão saturada de series procedurais e temporadas longas: com somente a metade dos episódios de um seriado típico americano (que normalmente tem entre 22 e 24 episódios) era possível gerar agilidade nas histórias, criar cliffhangers mais consistentes e chocar a cada nova temporada.
Apesar do suplício dos brasileiros nas exibições em canal aberto (Rede TV!) e fechado (primeiro FX, depois ID), e a demora dos lançamentos em DVD (Blu-ray então? Nem pensar), o caminho árduo do fã de horror acabou sendo novamente aberto pelas trilhas da internet. E nós, fãs ardorosos, ano após ano acompanhamos a trajetória do serial killer mais famoso da televisão e seus bastidores. Durante o período de exibição de Dexter, o ator Michael C. Hall lutou contra um câncer, casou e se separou da atriz Jennifer Carpenter (que interpreta sua irmã, Debra Morgan), grupos fundamentalistas tentaram barrar a exibição do seriado, entre outros.
Se as primeiras temporadas foram memoráveis e a season finale da quarta temporada sendo um dos marcos não só de Dexter, mas da história da TV americana, a partir da quinta temporada começamos a sofrer de inanição: repetições, histórias paralelas desinteressantes, culminando na pífia sétima temporada, que mostra um Dexter manipulável, vítima das circunstâncias ao se apaixonar perdida e inacreditavelmente por Hannah McKay (Yvonne Strahovski, linda, porém fraca toda a vida).
Eis que chega a derradeira temporada e a expectativa era de redenção (para o público e para o personagem título da série), porém ela não veio… Entre médios e baixos, os 12 episódios que selaram o destino da série foram de fato somente um resumo de tudo o que deu errado nas últimas temporadas, com pequenos lampejos dos tempos antigos que fizeram a série tão popular.
No roteiro, a temporada começa com as consequências do encerramento da temporada anterior, onde Debra mata a tenente LaGuerta em favor da integridade de Dexter. Ao contrário do meio-irmão, Debra não consegue lidar com o que fez e parte numa espiral auto-destrutiva. Larga a polícia, passa a trabalhar como caçadora de recompensas e a consumir drogas.
Neste interim, Batista (David Zayas) é promovido a tenente e a polícia de Miami precisa conter uma nova ameaça, um serial killer apelidado de Cirurgião, que remove partes dos cérebros de suas vítimas. Para ajudar nas investigações, a equipe recebe a especialista em psicopatas Evelyn Vogel (Charlotte Rampling), que se revelará mais tarde como um importante elo de ligação com a formação de Dexter e a criação do código de Harry.
Conforme a trama avança, Vogel passa a receber os pedaços removidos das vítimas o que faz reforçar a hipótese de que o Cirurgião seja um antigo paciente. Sem o envolvimento da polícia, a doutora pede ajuda diretamente a Dexter para investigar e eliminar por sua conta o psicopata, o que acaba revelando outros serial killers em atividade que também merecem estar em sua mesa.
No caso principal, as suspeitas recaem sobre Zach Hamilton (Sam Underwood), um playboy entediado de uma família disfuncional, que calha de não ser o Cirurgião, mas não menos assassino. Vogel o diagnostica como um psicopata como Dexter e sugere que o próprio Dexter o ensine seu código como Harry anteriormente o fez.
Nosso anti-herói apesar de tudo tenta continuar sua vida de pai e alguns episódios depois temos a volta de uma fugitiva Hannah McKay a Miami, desta vez usando um novo nome, casada com um poderoso e possessivo magnata interpretado por Julian Sands (Warlock). Uma ameaça? Nem de longe… Logo os sentimentos de Hannah e Dexter voltam a aflorar e o casal retoma o relacionamento de onde parou e aqueles planos de fuga para a Argentina serão retomados, isto se a polícia ou o Cirurgião não os encontrarem primeiro.
Não sei nem onde posso começar a dizer aonde a última temporada do seriado errou. De cara já jogando todo o clima da temporada anterior no lixo: Debra (após uma tentativa de suicídio) não só se esquece de LaGuerta com um punhado de palavras soltas de Dexter como também larga as drogas e AJUDA a fugitiva Hannah McKay… Sim, a mulher que tentou matá-la! Acham improvável? Improbabilidades e situações fáceis estão repletas na temporada.
As histórias paralelas sem nenhuma relevância também tomam tempo do que realmente importa aqui: o relacionamento amoroso entre Quinn e Jamie, Vince Masuka (C. S. Lee), que ganha uma filha que não sabia que tinha, vira estagiária na divisão forense e não tem a menor relevância qualquer… Pelo menos o estagiário anterior, Louis Greene (Josh Cooke, sexta temporada), criou alguns problemas quando passou pela série.
O desenvolvimento dos personagens também gira em círculos, os roteiristas tiveram mais pressa em trazer as coisas no eixo da segurança para descarrilhar nos dois últimos episódios do que efetivamente criar um clima permanente de desfecho e muitas histórias ficam abertas, porém nem tudo é ruim. A temporada teve seus bons momentos, alguns melhores desde a quinta temporada, principalmente no seu apressado ato final. Os olhos de Michael C. Hall confrontando seu último nêmeses representa tudo o de melhor que a série poderia apresentar e as soluções dramáticas do series finale, se não são as mais adequadas ou mesmo logicamente corretas, pelo menos funcionam no contexto poético da trajetória do serial killer.
Assim, encerrando, o que mais me incomodou é que em nenhum momento da temporada final Dexter teve uma ameaça efetiva a sua integridade, aos seus segredos ou a vida de seus colegas de longa data. Agiu como um psicopata de precisão cirúrgica, mas altamente previsível e todos seus movimentos aconteceram como deveriam sem surpresa alguma quando chegamos ao apagar das luzes. É aí onde eu não posso deixar de traçar uma comparação com Breaking Bad.
Breaking Bad e Dexter terminam este ano e tem histórias e motivações completamente diferentes, porém com um fator de narrativa extremamente importante em comum: seus protagonistas são sociopatas detestáveis, cheio de defeitos, enrolados em suas próprias mentiras, conflitos internos e o público ainda assim deveria criar empatia com eles. A forma como Breaking Bad em sua reta final sacrifica personagens principais em favor da história como um todo é uma lição que Dexter não aprendeu, de que não basta fazer uma series finale triste, é preciso gerar emoção, é preciso criar a sensação de que a série terminou entregando tudo o que podia. Dexter por sua vez era um assassino perfeito, contudo partiu acovardado e preguiçoso, deixando restos de corpos pelo caminho e jogando a coerência em alto mar.
Que decepção! Como conseguiram estragar aquela que chegou a ser a melhor série da atualidade? Como? É muita incompetência! Depois da 4ª temporada a coisa foi ficando cada vez pior até chegar a este final patético, vergonhoso e desrespeitoso com os fãs da série. Semprei achei que teríamos uma temporada inteira em que ele fosse desmascarado e obrigado a lidar com as consequências dos seus crimes, mas tava apostando demais nos roteiristas da série…Sorte que temos o final de Breaking Bad para mostrar que nem tudo está perdido.
Não acho justo comparar Breaking Bad com Dexter, apesar que o final de Breaking Bad foi o que eu esperava para Dexter.
COMENTÁRIO CHEIO DE SPOILER!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Poxa nessa ultima temporada quase não teve, não sei como chamar, “momentos Dexter” (???). Eu quase ri quando percebi que estavam curando o Dexter da psicopatia dele, mas isso não tinha graça. Como que ele sobreviveu indo direto para um furacão?
Como ninguém viu ele tirando a Debra do hospital, levando para o barco? Por que Harrison nem ao menos demonstra sentir falta do pai? Só de pensar em como Harrison crescido da um nó na cabeça… Lembrando que Elway sabe que hannah está com Harrison, e do jeito que ele foi tapeado… e tem a quantia que ia ganhar com a cabeça de Hannah… E naõ é com se ele não conseguisse encontrar ela, a não ser que ela mude o nome do Harrison, e ninguém tá tentando achar o garoto…
Pelo menos o final no barco é visualmente bonito… eu achei.
tinha que ter sido finalizado entre a 5 e a 6 depois disso perde grande parte do contexto
QUE FINAL MERDA ,PQP foi o que eu disse depois que terminei de assistir,porque estragaram uma das minhas séries preferidas ? mataram a coitada da Debra e humanizaram demais o Dexter.e o que me incomodou mais ainda foi mesmo o fato de não descobrirem a verdade sobre ele. se alguém me perguntar se vale a pena ver as temporadas de Dexter eu direi: veja,a série é foda,mas prepare -se pra se decepcionar com o desfecho.
Odiei! chei um final moralista, ridiculo! Jamais Dexter deixaria um “monstro” nas maos da policia (para que o mesmo contasse tudo…), jamais ficaria agindo como um tonto por uma criatura sem sal como a Hanna… Linda, porem, uma songamonga (a Lumen era muito mais interessante)…
não li o final pois não vi breaking bad e NÃO quero ver nenhum SPOILER sobre isso.
Mas a nota do dexter foi perfeita, precisa…. uma ótima série estraga pelo final mais podre do século. Uma temporada detestável com um capítulo final tosco.
Arruinaram a série que, até o momento, ia muito bem.
Haja preguiça e descaso com os fãs…