3.3
(4)
V/H/S/2
Original:V/H/S/2
Ano:2013•País:EUA, Canadá, Indonésia
Direção:Simon Barrett, Jason Eisener, Gareth Evans, GreggHale, Eduardo Sánchez, Timo Tjahjanto, Adam Wingard
Roteiro:Simon Barrett, John Davies, Jason Eisener, Gareth Evans, Jamie Nash, Eduardo Sánchez, Timo Tjahjanto, Brad Miska
Produção:Rangga Maya Barack-Evans, Simon Barrett, Robin Cowie, Adam Jenkins, Tom Owen, George Rausch, Adam Wingard, ZakZeman
Elenco:Adam Wingard, Kelsy Abbott, Lawrence Michael, Levine Hannah Hughes, L.C. Holt

A união entre histórias curtas de horror, no formato antologia, que mantém o fôlego e a tensão em 15 ou 20 minutos de projeção e o estilo “found footage”, que coloca o telespectador como parte importante de toda a ação, rendeu um dos melhores filmes de horror do ano passado, V/H/S. O filme foi realizado de forma independente e lançado nos cinemas através do sistema “on demand” e o boca-a-boca fez o resto.

Com o sucesso, uma sequência era mais do que esperada.

Seguindo exatamente o mesmo formato da primeira parte, várias curtas histórias amarradas por uma história paralela, V/H/S/2 (originalmente chamado de S/V/H/S) traz de volta Adam Wingard (ABC’s of Death) e Simon Barrett (Frankenfish), que dirigiram e produziram o filme anterior, além de um time de novos diretores:Jason Eisener (de Hobo With a Shotgun), Gareth Evans (Operação Invasão), Timo Tjahjanto (ABC’s of Death), Gregg Hale e Eduardo Sánchez (A Bruxa de Blair).

Tape 49

Começando de onde V/H/S termina, o filme mostra um casal de detetives tentando desvendar o desaparecimento de um estudante. Ao invadir uma casa na trilha de uma pista, acabam por encontrar uma misteriosa coleção de fitas VHS. Ao examinar o conteúdo destas fitas, os dois perceberão que talvez existam motivos obscuros para o desaparecimento do estudante. A partir daí, somos apresentados a quatro novos contos de horror em primeira pessoa:

Phase I Clinical Trials

Após um acidente de carro, um homem recebe uma câmera no lugar do seu olho e seus movimentos serão gravados por questões médicas. O único efeito colateral é que a partir de agora o homem é capaz de ver coisas que outras pessoas não podem e começará a ser perturbado pela visão de espíritos em sua casa.

O pior seguimento de todo o filme. A história absurda força a barra para justificar as filmagens em primeira pessoa. Apesar da cena de sexo gratuito, a atuação do diretor Adam Wingard não colabora para melhorar a situação.

A Ride In The Park

Um jovem sai para um passeio de bicicleta no parque com suas câmeras acopladas ao seu capacete e sua bike (!!!) e acaba se vendo em meio a uma epidemia zumbi.

Apesar do senso de humor negro e algumas ideias interessantes como a história ser mostrada a partir do ponto de vista do morto-vivo ao invés de suas vítimas e até um zumbi com crise de consciência, A Ride In The Park é mais fraca do que parece e se você tiver paciência de esperar até aqui, poderá aproveitar o que V/H/S/2 tem de melhor:

Safe Haven

Uma equipe de TV está produzindo um documentário sobre um culto da Indonésia e seu fundador, conhecido apenas como “pai”. Porém, por trás do aspecto sereno desta nova religião, esconde-se um terrível segredo.

O ponto alto do filme. Quando minha paciência já estava se esgotando com as histórias anteriores o desfile de violência e bizarrices de Safe Haven fez valer todos os noventa e seis minutos de projeção e me deixou com aquela cara de “WTF?!?!” no final.

Slumber Party Alien Abduction

Enquanto seus pais viajam no fim-de-semana, um casal de irmãos ficam em casa com amigos (e namorado, no caso da irmã). Enquanto o irmão mais novo e seus amigos produzem filmes amadores o grupo de jovens se vê em meio a uma invasão alienígena.

A última história é bem divertida, misturando um pouco de Jackass com Contatos Imediatos e Sexta-feira 13. A fantasia dos alienígenas pode gerar comentários negativos mas para quem morre de pavor dos “cinzentos” como eu, pode funcionar.

Tape 49, a história que conecta todas as outras é a pior desta sequência: o casal de atores é ruim demais e, ao contrário do filme original, não há realmente uma ligação, um motivo para se assistir as fitas. O final da história é bastante clichê e não entrega nenhuma novidade ou surpresa.

Com um time de diretores menos conhecidos (mais baratos?) a qualidade das histórias não é nada homogênea, gerando um filme mediano que poderia ser bem melhor. Talvez o pior defeito neste novo filme seja justamente a sua maior ousadia. Na tentativa de extrapolar e explorar de novas maneiras o conceito estabelecido no seu predecessor, algumas histórias soam forçadas demais ao tentar sem justificar a filmagem em primeira pessoa.

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Média da classificação 3.3 / 5. Número de votos: 4

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16 Comentários

  1. O considero muito melhor do que o primeiro. Safe Haven é disparado o melhor segmento já exibido nessa franquia. Entretanto, eu gostei dos outros segmentos também, o mais fraco, é realmente o Clinical Trials.

  2. Eu achei o filme bem fraco. Temas repetitivos, atuações ruins, diálogos forçados e efeitos fracos (como o bode do conto que você elogiou e que me fez ter um ataque de riso quando disse “pai”). Nem se compara com o primeiro.

  3. Pra mim, filmes como V/H/S e ABC´s of Death tem objetivos similares ao da série “contos da cripta”.

    Apresentar uma nova safra de diretores criativos.
    Adoro de paixão!

  4. É um filme bom, o melhor conto é o terceiro,sem dúvidas.A pior coisa do filme são alguns atores.

  5. achei esse melhor que o 1,apesar de concordar com a sua crítica.e na minha opinião as melhores histórias foram a dos japas e principalmente a dos ets,muito legal 🙂

  6. As falhas apresentadas são comuns a todos os filmes tipo compilação que existem. Há estórias boas e outras ruins. Ainda assim, é bem melhor que todas as tralhas found footage que estão sendo lançadas aos montes atualmente. E o segmento Safe Haven já é uma pequena obra-prima.

  7. O melhor filme do ano

    esqueça Evil Dead,esqueça Invocação do Mal

    1. Meu filho,melhoreeeeeeeeeee!!!! Não compare esta merda com invocação do mal,por favor. Correção pior filme do ano.

      1. Ainda bem que os gostos variam de pessoa pra pessoa… Assim podemos ver muito mais filmes diferentes e interessantes… Não é?

  8. Eu achei bem superior ao original também. Safe Heaven, é definitivamente o melhor de todos, mas não achei as outras historias ruins não.
    No primeiro tinha sim, várias histórias fracas, ( a do casal em lua de mel, é horrivel)

  9. Gostei muito de V/H/S/2, e achei tão bom ou mesmo superior ao primeiro longa. Ao contrário do filme anterior, nesta sequência todos os curtas mantém o mesmo padrão de qualidade, fazendo com que o filme seja mais equilibrado em sua concepção, pois não há muita disparidade entre os curtas apresentados. Gostei bastante e me diverti muito com o seguimento dos zumbis, a cargo de Eduardo Sánchez. Achei bem interessante a diversidade de temas explorados, especialmente a temática alienígena, que aqui foi mostrado de modo mais explícito, coisa que não acontece no primeiro filme. Safe Heaven de certo é o ponto alto do filme, com muito terror, insanidade e bizarrice. E gostei da estória principal, do casal de detetives,que embora não traga surpresas, tem um bom visual e agrada ao espectador,especialmente em seu desfecho.

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