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Locusts (2005)

Locusts - O Dia da Destruição
Original:Locusts
Ano:2005•País:EUA
Direção:David Jackson
Roteiro:Doug Prochilo
Produção:Chris Morgan, Randy Sutter
Elenco:Lucy Lawless, John Heard, Dylan Neal, Gregory Alan Williams, Mike Farrell, Natalija Nogulich, Mike Gomez, Esperanza Catubig, Mark Costello

Um dos vários subgêneros do cinema de horror e ficção científica que sempre é explorado de uma forma muito intensa é aquele que aborda a temática das catástrofes causadas por invasões de insetos. É muito fácil lembrarmos de vários filmes com a humanidade sendo ameaçada por ataques de abelhas, aranhas, lesmas, formigas, baratas, gafanhotos, sem contar a revolta de outros animais como ratos, sapos e pássaros, apenas para citar alguns exemplos. A FlashStar lançou no mercado brasileiro de vídeo VHS e DVD em agosto de 2005 mais um filme situado dentro desse contexto, Locusts – O Dia da Destruição (Locusts – Day of Destruction), produção americana de 2005, especialmente para a televisão, dirigida por David Jackson e estrelada por Lucy Lawless (de O Pesadelo). E nesse caso, o roteirista Doug Prochilo optou por escolher gafanhotos modificados geneticamente como os insetos protagonistas da destruição (como sugere o subtítulo).

A cientista chefe da divisão de insetos do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, Maddy Rierdon (Lucy Lawless), que também é uma agente federal, descobre que o entomologista Dr. Peter Axelrod (John Heard) está trabalhando sem autorização numa experiência genética com cruzamento de gafanhotos de espécies diferentes, e que havia criado um inseto híbrido resistente a todos os pesticidas conhecidos, além de ser mais forte, rápido, muito melhor reprodutor e viver bem mais que os gafanhotos normais. Rierdon desconfia que a experiência é um tipo de arma biológica financiada pelo Departamento de Defesa e ordena a incineração imediata dos insetos e a demissão do cientista responsável.

Locusts (2005) (2)

Porém, alguns gafanhotos conseguem escapar do laboratório para o meio ambiente e se espalham rapidamente por vários Estados, reproduzindo-se numa escala descomunal formando imensos enxames que passam a destruir as plantações e até a usar a carne como fonte de alimento, ameaçando animais e seres humanos nos campos e cidades.

Para tentar combatê-los, Rierdon se une ao seu marido Dan Dryer (Dylan Neal), que trabalha no Departamento de Agricultura das Nações Unidas, e com quem estava tendo uma crise conjugal por causa do excesso de trabalho prejudicando a vida familiar. Além também de utilizar os conhecimentos do Dr. Axelrod, agora arrependido por criar o gafanhoto híbrido que pode causar uma tragédia de grandes proporções. Juntos, eles procuram desesperadamente uma solução para exterminar os insetos destruidores e evitar que o exército, sob o comando do General Miller (Greg Allan Williams) e autorizado pelo Diretor de Defesa Nacional William Rusk (Mark Costello), possa intervir no caso utilizando um gás secreto altamente venenoso, desenvolvido como arma química e que poderia matar também muitas pessoas inocentes.

Primeiramente, vale registrar o equívoco da distribuidora FlashStar ao optar por um título nacional misto, utilizando o original Locusts e traduzindo o subtítulo para nosso idioma. O melhor e mais coerente seria trocar o Locusts por Gafanhotos. Mas, independente disso, e falando especificamente do filme, podemos dizer que é apenas mais um exemplar do gênero, sem grandes atrações ou diferenciais, insistindo nos mesmos clichês e ideias repetitivas de sempre, com todos os eventos acontecendo com muita previsibilidade, justificando em parte ser uma produção para a televisão, pois a história é óbvia demais e sem ousadia. Não tem cenas de violência e mortes, os ataques dos gafanhotos são simples e inexpressivos, e as soluções para exterminar sua ameaça são artificiais e inverossímeis, além de completamente apropriadas para facilitar o trabalho do roteirista.

Locusts (2005) (3)

É um filme americano ao extremo, daqueles que eles adoram fazer para eles mesmos, deixando claro que o mundo termina em suas fronteiras. A salvadora da pátria, aquela que colocou em prática a solução para o problema da invasão dos gafanhotos famintos, ficou a cargo de uma mulher que só aparece próximo do final (antes teve apenas uma breve cena onde o diretor fez questão de mostrar o quanto ela é atrapalhada e nerd ao deixar cair um objeto durante uma importante reunião). Ela é a cientista Lorelei Wentworth (Natalia Nogulich), do Departamento de Energia. E também não faltou aquela frase já irritante de tão explorada, diga para minha esposa e filha que eu as amo, quando alguém está à beira da morte.

O roteiro é forçado para que todos os eventos do filme possam interagir de forma a obter aquele tradicional desfecho feliz de sempre. Da minha parte, ainda continuo torcendo para que algum dia os insetos possam triunfar sobre a raça humana (que nesse caso manipulou a natureza na criação de um gafanhoto híbrido), e aguardo um diretor e roteirista que sejam ousados o suficiente para contar uma história mais próxima de algo real, fugindo pelo menos um pouco desse convencional mundo de fantasia do cinema.

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6 Comentários

  1. Assisti em DVD e também na Rede Bandeirantes (TV Aberta), à alguns anos. Achei bacana até, um pouco fraco, mas bacana!

  2. Assisti à este Locust no SyFy, há muito tempo atrás. Muito tosco mesmo.

  3. Em 2005, o canal SY FY, produziu um filme chamado Locusts – The 8th plague (infelizmente não sei o título brasileiro), que é, geralmente, confundido com o filme acima, tem efeitos sofríveis, mas uma premissa um pouco mais assustadora, já que os gafanhotos mutantes, desenvolvidos para combater pragas, são animais carnívoros.

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