Infectado
Original:Afflicted
Ano:2013•País:Canadá, EUA Direção:Derek Lee, Clif Prowse Roteiro:Derek Lee, Clif Prowse Produção:Chris Ferguson, Zach Lipovsky Elenco:Derek Lee, Clif Prowse, Michael Gill, Baya Rehaz, Benjamin Zeitoun, Zach Gray, Jason Lee, Edo Van Breemen, Gary Redekop, Lily Py Lee, Ellen Ferguson, Chiara Caggiati |
Olhando em retrospecto, quando Atividade Paranormal (2007) estourou nas bilheterias, mais do que o subgênero found footage foi recolocado em foco e esticado a exaustão por grandes produtoras, mas também ofereceu uma oportunidade para que jovens cineastas da geração Youtube criassem obras viavelmente comerciais usando pouco orçamento, equipamento digital de baixo custo e elencos limitados. Não é necessário dizer que diversos filmes apenas orbitaram o convencional, demonstrando na prática as limitações do formato, contudo vez ou outra aparece um deles que tem uma execução bem vinda. Este é o caso de Infectado (Afflicted), produção de estreia em longas dos diretores e roteiristas canadenses Clif Prowse e Derek Lee.
Os protagonistas são os próprios realizadores usando seus nomes verdadeiros; Derek e Clif decidem fazer uma viagem de um ano em volta do mundo. Evidentemente o “found footage” está na intenção de documentar todas as experiências na forma de vídeos postados em um blog. O grande fator motivador da viagem é que Derek foi diagnosticado com uma condição perigosa de saúde que pode causar um aneurisma cerebral a qualquer momento e ele não pretende sofrer em comiseração no lugar onde mora.
Tudo começa bem quando os amigos partem para a primeira etapa da viagem na Europa, com visitas a monumentos e atividades emocionantes como um salto de paraquedas em Barcelona, contudo na passagem dos dois para Paris, Derek conhece uma bela garota chamada Audrey (Baya Rehaz) em uma casa noturna. A noite segue tranquila para Clif, só que voltando ao hotel durante a madrugada ele descobre o amigo sangrando na cama com um ferimento no pescoço, sem qualquer sinal de Audrey.
Sem se lembrar de nada e ignorando qualquer ida ao hospital para que não seja internado e tenha a viagem interrompida, os dois partem para a Itália onde as coisas se complicam. Primeiro ele adquire uma sonolência durante o dia, passa muito mal em um restaurante da região e cria aversão a luz solar.
Preocupado com sua condição, Clif tenta convencer o amigo que a melhor opção é procurar um hospital. No desentendimento Derek destrói parte da parede de pedra sólida do quarto onde estão hospedados com um único soco e, como em Poder Sem Limites (2012), descobre que aparentemente desenvolveu poderes sobre-humanos, passando por diversos testes por pura diversão, fazendo o blog ficar mais movimentado.
A brincadeira termina rapidamente quando uma aflição por sangue indica que ao invés de estar virando um super-herói, Derek está de fato se transformando num vampiro. A violência aumenta em escala e os dois precisam se manter a margem das autoridades estrangeiras e procurar uma solução antes que a fúria de Derek se torne uma trilha de sangue incontrolável.
Infectado brinca com conceitos inseridos no seminal Um Lobisomem Americano em Londres (1981) para colocar os protagonistas em situação de risco em uma terra distante, inserindo assim uma diferença crucial dos found footages convencionais, que reside no trabalho que o roteiro tem de inserir um aprimorado desenvolvimento emocional no relacionamento entre os amigos.
Não existe nenhuma ambição nos dois a não ser se divertir, e nenhuma falha de caráter que possa justificar a situação pelo qual Derek está passando e por isto a empatia se estabelece com o público, valorizando o resultado final. O problema está nas saídas típicas que o roteiro tem para justificar a necessidade de filmar tudo o que está acontecendo, ocasionando lapsos de lógica que parecem inevitáveis nos found footages, especialmente na segunda metade do filme, que termina convencional e sem reviravoltas surpreendentes.
Sendo uma produção que custou pouco, com recursos arrecadados diretamente pelos diretores, não dá para exigir tanta qualidade técnica, mas certamente ela exacerba os limites do orçamento, com diversas tomadas bem realizadas e um trabalho de efeitos especiais bem impressionantes, sem poupar sangue quando necessário.
Com curta duração, o filme é movimentado e as tomadas rápidas garantem vários momentos de ação frenética. A ressalva fica para alguns eventos que, talvez motivados pelas limitações orçamentárias, acabam acontecendo fora do alcance das câmeras, tirando um pouco do impacto que trariam se fossem mostradas.
Lançado no Festival Internacional de Toronto em 09 de setembro de 2013 e vencedor do prêmio de Melhor Filme de Terror da Austin Fantastic Fest no mesmo mês, foi adquirido pela CBS Films, que o lançou em circuito limitado nos cinemas e em serviço de VOD em abril de 2014. No Brasil, a Sony Pictures promete lançamento direto em DVD em agosto contendo como extras cenas excluídas e de bastidores.
O cara e imortal highlander da vida.
Muito ruim. Sem mais!
Assisti ontem o filme e achei muito bom. Por não ter um orçamento grande, os efeitos impressionam. E curti mais ainda agora que vi que os diretores são os próprios atores. Merece uma conferida, o filme traz um sangue novo ao gênero já desgastado.
Acabei de assistir, pra mim é uma inovação tanto para os filmes de vampiros quanto os falsos documentários
Gostei e recomendo!!!!!!!!
Não esperava muita coisa, mas gostei bastante, já que o filme retrata a doença de forma real.
Também gostei porque retrara uma coisa diferente das mesmisse de que todo filme found footage fazem, de retratar fantasmas, e et.
Mesmo com elementos diferentes do convencional , ainda assim não me desperta curiosidade de ver mais found footage .
Para mim, essa moda do found footage já encheu o saco. Entendo que seja mais barato para filmar, e somente por isso, esse filme vale a conferida, pois eles filmam de maneira competente o bom roteiro.