The Speak (2011)

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The Speak (2011)

The Speak
Original:The Speak
Ano:2011•País:EUA
Direção:Anthony Pierce
Roteiro:Brett Donowho, Lamont Magee, Anthony Pierce, Martin Wiley
Produção:Brett Donowho, Anthony Pierce, Martin Wiley
Elenco:Kristina Anapau, Tina Casciani, Tom Sizemore, Brett Donowho, Michael Klinger, Steven Nelson, Una Jo Blade

Se o found footage já não surpreende mais ninguém – vide a pesquisa que o Boca do Inferno realizou e mostrou o descontentamento dos infernautas -, embora seja um ótimo custo-benefício, talvez uma forma de inovar possa ser o uso de atores conhecidos no elenco. O filme pode até ser ruim, mas o nome da celebridade na capa do produto já é um possível chamariz. E que tal Tom Sizemore, um ator carismático de longas cult como Assassinos por Natureza (1994) e O Resgate do Soldado Ryan (1998), entre mais de 140 trabalhos?

Talvez tenha sido essa a aposta de Anthony Pierce quando concebeu o péssimo The Speak. A partir de um roteiro escrito a oito mãos (!!!), o filme justifica o resultado da enquete Boca do Inferno ao apresentar todos os elementos ruins do estilo found footage, num enredo bobo e sem atrativos. Basicamente traz uma equipe de produção de uma série sobre fenômenos não explicados – em sua maioria, criados pelos próprios envolvidos – em seu último trabalho: passar uma noite num hotel considerado o local mais aterrorizante dos Estados Unidos. Parece que todos os elementos que induzem à aparição de assombrações do cinema aconteceram ali: suícidios, experimentos médicos, assassinatos, incêndio…entre as lendas, existe até a possibilidade dos membros do culto de Charles Manson terem passado uma noite ali (!!!)

A equipe tem em sua composição o apresentador Shelly (Steven Nelson), com o apoio de sua namorada Paige (Kristina Anapau) e do irmão câmera Luis (Michael Klinger), do técnico de som Jackson (Brett Donowho) e de sua namorada Elsa (Una Jo Blade), além da bela vidente Malia (Tina Casciani). Eles pedem autorização para o dono do hotel, Doyle (Tom Sizemore, numa participação de menos de três minutos), e iniciam as filmagens com um ritual de invocação (Speak), sem imaginar o que poderiam despertar. Bom, no espectador, desperta sono e vontade de fazer algo mais produtivo como assistir clipes no youtube ou dormir.

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Como o co-irmão mais bem realizado Fenômenos Paranormais, eles ficam presos no local, testemunham sons estranhos, a morte misteriosa de Elsa (morreu de quê?), vultos que cruzam o vídeo a todo momento, uma mancha negra se locomovendo, suicídio e possessão dos desaparecidos em atuações extremamente ruins, como a do fraquíssimo Brett. Tudo realizado de modo amador, sem envolvimento com o público, causando mais bocejos do que qualquer arrepio. Em certo momento, eles conseguem sair do hotel e vão ao telhado do edifício. Aos invés de ficarem ali esperando o amanhecer ou buscar formas de descer dali, resolvem voltar para o ambiente hostil para tentar enfrentar o mal numa atitude completamente inverossímil.

Enfim, The Speak está longe de ser ruim. Precisaria melhorar muito para chegar a esse conceito. Nem a curta duração é suficiente para evitar a sensação infernal de uma história sem fim!

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Marcelo Milici

Professor e crítico de cinema há vinte anos, fundou o site Boca do Inferno, uma das principais referências do gênero fantástico no Brasil. Foi colunista do site Omelete, articulista da revista Amazing e jurado dos festivais Cinefantasy, Espantomania, SP Terror e do sarau da Casa das Rosas. Possui publicações em diversas antologias como “Terra Morta”, Arquivos do Mal”, “Galáxias Ocultas”, “A Hora Morta” e “Insanidade”, além de composições poéticas no livro “A Sociedade dos Poetas Vivos”. É um dos autores da enciclopédia “Medo de Palhaço”, lançado pela editora Évora.

3 thoughts on “The Speak (2011)

  • 15/03/2015 em 00:23
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    Acabei de ver e até que não achei dos piores. Só de não ter alguma moça histérica gritando o tempo todo, pra mim, ja valeu mais que Fenômenos Paranormais.

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  • 30/06/2014 em 19:00
    Permalink

    Hahahahaha… Eu vi esse filme! Que me lembre, confundi ele com algum outro filme quando o vi no Netflix, e aí “sifudi” =P
    Bom, pelo menos o cenário [e a vidente] me agradou. Mas nada salva essa bomba.

    Resposta

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