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Sapatos Vermelhos (2005)

Sapatos Vermelhos
Original:Bunhongsin
Ano:2005•País:Coréia do Sul
Direção:Yong-gyun Kim
Roteiro:Yong-gyun Kim, Hans Christian Andersen
Produção:Kwang-su Kim, Chang-gil Shin
Elenco:Hye-su Kim, Seong-su Kim, Yeon-ah Park, Su-hee Go, Dae-hyeon Lee, Eol Lee, Hyeon-jin Sa

A primeira coisa que você deve saber sobre Sapatos Vermelhos é que, sim, os sapatos são rosa, mas o vermelho faz referência ao sangue das mortes que o envolvem. A partir desta informação, fica mais fácil acompanhar a trama em seus mínimos detalhes, por que acredite você vai precisar!
A trama é simples de início: um par de sapatos de salto aparece misteriosamente na plataforma de metrô. E toda a vez que uma mulher os encontra se sente automaticamente atraída por eles, o que gera a inveja e cobiça da peça por outra que seja muito próxima desta. E isso vira um ciclo eterno, de encontros fatais com os sapatos.

O recorte temporal do filme acompanha Seon-jae (Kim Hye-su) e sua filha Tae-su (Park Yeon-ah), que acabaram de se mudar para um pequeno apartamento, depois que Seon-jae descobre traições de seu marido. Um dia, andando de metrô, Tae-su encontra os sapatos. E aí, acabou! A relação mãe e filha, que já não andava muito boa devido a um mistério envolvendo o pai, acaba por se tornar uma verdadeira guerra pela posse dos calçados, algo completamente irracional e passional.

Sapatos Vermelhos (2005) (1)

Todo mundo que acompanha um pouco das produções coreanas, sejam em filmes ou doramas (novelas coreanas) do gênero, sabem que eles têm predileção por abordar/desenvolver suas narrativas a partir de dois tópicos: a vingança (exemplo clássico com a Trilogia da Vingança, de Chan-wook Park) e o terror psicológico e subjetivizado. Isso porque eles adoram gritar e fazer caras de suspense. Os coreanos apostam no famigerado “climão”. Por isso as falas são escassas e a atenção para acompanhar o desenvolvimento da trama deve ser redobrada, pois, ao deixar escapar algum detalhe, você se perde e o filme não tem mais graça (um bom exemplo para exemplificar as produções coreanas, de forma geral já que não é do gênero horror, é A Casa Vazia (2004, Kim Ki-duk), pois o filme quase não tem falas, sendo todo baseado em expressões corporais, alguns ruídos que as personagens fazem e uma música tema, vale a pena!).

É exatamente neste ponto que o filme perde em qualidade, pois, mesmo sendo algo característico das produções coreanas, Sapatos Vermelhos não consegue trabalhar essas questões com naturalidade, ficando um pouco forçado e enjoativo mesmo. Isso porque a trama não é tão complexa assim, parece que se procura deixar a narrativa mais profunda, forçando a barra nas atuações e alongamento de cenas de terror psicológico. O filme acaba parecendo ser bem mais longo do que realmente é.

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Outros pontos a se destacar, ou melhor, a não se destacar, são as atuações e os efeitos. Tudo muito meso. Nada demais. Claro que alguns sustos são garantidos e as cenas de mutilação são de um gore convincentes, mas não são aspectos que ganham o longa como um todo. Entretanto, a grande amarra da trama, as cenas de flashback valem bastante a pena – ali é possível entender o porquê dos sapatos vingativos e, sinceramente, motivos claríssimos. Tudo bem em ritmo de novelão, também característico nos doramas, claro (inclusive, o diretor Kim Young-gun já encabeçou diversos projetos do estilo na TV coreana).

As mulheres aqui tem papel de destaque, conduzindo a trama por completo; os homens aparecem como acessórios para suas ações doentias. Elas não fazem as coisas por paixão a eles, mas por inveja e cobiça pelas coisas que uma ou outra podem possuir.

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Podemos dizer que Sapatos Vermelhos não é um filme incrível, mas também não é um filme péssimo, ele é mediano. Mas justamente por ser médio, ele deveria exigir menos atenção, já que há pouca profundidade. Assim, podemos justificar seus erros com uma explicação simples: é uma narrativa mal desenvolvida.

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1 comentário

  1. Eu realmente gosto deste filme. Pra mim, é um dos melhores que tenho em minha coleção de filmes Coreanos. Realmente, quem perder um pedacinho do filme, perde ele por completo. Mas, não acho ele tão ruim assim. Muito melhor do que produções americanas, que não tem dedos nem cabelo…

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