Ouija - O Jogo dos Espíritos
Original:Ouija
Ano:2014•País:EUA Direção:Stiles White Roteiro:Stiles White, Juliet Snowden Produção:Michael Bay, Jason Blum, Andrew Form, Bradley Fuller, Brian Goldner, Bennett Schneir Elenco:Olivia Cooke, Ana Coto, Daren Kagasoff, Bianca A. Santos, Douglas Smith, Shelley Hennig, Sierra Heuermann, Sunny May Allison, Lin Shaye, Claudia Katz |
Eis que 2014 finalmente acabou e na retrospectiva já é possível dizer de forma prática e direta que Ouija foi o pior filme de terror do ano. Trata-se de um daqueles exemplos onde nada, absolutamente nada consegue ser aproveitado. Vamos colocar da seguinte forma, Ouija é tão ruim, mas tão ruim, que de forma comparativa Sexta-feira 13 – Parte 5 (isso mesmo, parte 5!!!!) deveria ter sido indicado ao Oscar de melhor filme em 1985.
E não é possível dizer que Ouija é um “filme ruim, mas que é bom” como é tão comum com algumas produções do gênero. Ouija é um “filme ruim que é muito ruim mesmo”. Sentiu o drama? Pois este vai ser o único sentimento que será possível ter ao assisti-lo além de tédio, muito tédio. Vamos para a tentativa frustrada de história.
Não precisa ser gênio para saber que a trama vai girar em torno do famoso tabuleiro Ouija, que acredita-se que se trata de uma ferramenta para se comunicar com espíritos. Uma primeira observação é que existem outros filmes que trabalham com a mesma temática, mas que conseguiram pelo menos resultarem em obras medianas.
Ouija acompanha um grupo de amigos que precisa utilizar a tábua para saber o motivo de uma amiga ter se matado. Claro que, ao utilizar o tabuleiro, os jovens vão invocar espíritos do mal que vão perseguir e matar cada um dos jovens. Já deu para perceber que o quesito originalidade do roteiro é zero. Mas este não é o principal problema.
Filmes de terror, assim como de outros gêneros, geralmente vão trabalhar com histórias que possuem elementos de familiaridade para funcionarem diante dos seus respectivos públicos. Quem é fã de uma película mais séria, como A Profecia, vai ter um tipo de leitura de obras de terror. Já aqueles que preferem histórias mais violentas e com uma pegada trash, como A Volta dos Mortos-Vivos, vão ter outra concepção do gênero. O que torna a história interessante para cada público acaba sendo a maneira como ela é contada e vai ser aqui que o roteiro deve ser bem desenvolvido para, ao lado de uma boa direção, conseguir gerar um resultado positivo.
São estes dois elementos que faltam em Ouija: roteiro e direção. O primeiro destes dois pontos não avança nenhum centímetro além dos tradicionais clichês do gênero. Pior, não existe construção de clima para as cenas que deveriam ser de suspense, e até as mortes são mal concebidas. E todos os clichês deste tipo de filme estão presentes como encontrar uma gravação da morta explicando como o problema começou, a empregada latina que sabe tudo sobre tabuas ouijas ou aquela idosa que vai desvendar o mistério mas na verdade a própria também é do mal.
E se o roteiro é sofrível, pior é a estreia na direção de Stiles White, que não consegue fazer nada de interessante com o roteiro. White tem até um currículo interessante como coordenador de produção de títulos como Entrevista com o Vampiro, Congo, Pânico no Lago, Sexto Sentido, Jurassic Park 3, entre outros. Uma pena ele não ter ousado em tentar fazer algo com Ouija já que a direção dele é de fazer qualquer pessoa dormir. O roteiro é fraco, é verdade, mas uma direção competente teria pelo menos feito com que Ouija resultasse em uma produção mediana, ou até fraca, mas não péssima como é.
Outro nome que no mínimo deve ter também sua parcela de culpa no resultado de Ouija é o do produtor Michael Bay. Diretor de filmes como Transformers e Armageddon, ele poderia ter dado algumas ideias para pelo menos tornar Ouija mais dinâmico com um ritmo mais rápido.
A vilã é uma mistura de fantasma japonês refilmado nos Estados Unidos com a fantasma de Mama. Ouija é tão fraco, que nem o som, que é quase um elemento certeiro no gênero, consegue salvar o filme. O elenco é um dos piores já vistos nos últimos anos e o troféu “não precisava ter feito isso” vai para Lin Shaye. Figura querida entre fãs do gênero, é inexplicável a participação dela em Ouija.
Aliás inexplicável é entender como este filme teve o aval da produtora para ser lançado. E pior, no cinema. Da forma como ficou, teria sido interessante para todos os envolvidos se Ouija tivesse sido simplesmente arquivado e nunca lançado. Os currículos de todos os envolvidos estariam melhores sem ele.
Esse filme é tão genérico e batido que até parece que o roteiro dele foi escrito por uma inteligência artificial. Espero que a sequência seja melhor como a maioria das pessoas fala.
Pior que tive que concordar.. foi a coisa mais sofrível que eu assisti no ano passado. Uma perda de tempo!
Criticaram tanto “Assim na terra como no inferno” que nem se deram conta de quão pior foi “Ouija”, saímos p* do cinema. Esse filme conseguiu um feito histórico: fazer com que tdos o odiassem a ponto de alguns saírem antes de acabar! Lixo total!!!!!
Concordo em partes. O filme é péssimo, mas a premissa é boa.
Sabe como transformar Ouija num ótimo filme?
Vamos lá: transformar a amiga que se mata, em uma mãe. O grupo de amigos adolescentes debeis mentais, em filhos da falecida (um pouco mais velhos e também os respectivos namorados(as)/maridos/ esposas ou um ou dois amigos ) . Tudo isso rolando nos anos 40. Com a atmosfera correta, direção, Fotografia e trilha boa, Ouija seria fácil um dos melhores e mais assustadores filmes do ano. mas não, quiseram fazer um filme “teen scream” pra adolescentes imbecis.
Eu não achei tão ruim assim.