A Mortalha da Múmia
Original:The Mummy's Shroud
Ano:1967•País:UK Direção:John Gilling Roteiro:John Gilling, Anthony Hinds Produção:Anthony Nelson Keys Elenco:André Morell, John Phillips, David Buck, Elizabeth Sellars, Maggie Kimberly, Michael Ripper, Tim Barrett, Richard Warner, Roger Delgado Catherine Lacey, Dickie Owen, Bruno Barnabe |
Um pesadelo de terror vindo da tumba. Uma antiga maldição ganha vida, para matar os vivos e levantar os mortos. O horror de uma história que começa no antigo Egito. Quando Kah-to-Bey, o filho de um faraó, morre no deserto e é coberto por uma mortalha que possui um poder secreto de vida e morte. – reprodução de narração do trailer original
Além de Drácula (com oito filmes) e a Criatura de Frankenstein (sete), outros monstros famosos do cinema foram igualmente abordados pela produtora inglesa Hammer em seus nostálgicos filmes dos anos 50, 60 e 70 do século passado, como a Múmia, o Fantasma da Ópera, o Dr. Jekyll e Mr. Hyde, o Lobisomem, e outros. O estúdio explorou com uma série de quatro filmes o tema das múmias do antigo Egito e as terríveis maldições que envolviam suas lendas e afetavam os profanadores de suas tumbas. São eles: A Múmia (The Mummy, 59), de Terence Fisher e com Christopher Lee e Peter Cushing, A Maldição da Múmia (The Curse of the Mummy’s Tomb, 64), de Michael Carreras, A Mortalha da Múmia (The Mummy’s Shroud, 67), de John Gilling e com Andre Morell, e Sangue no Sarcófago da Múmia (Blood From the Mummy’s Tomb, 71), de Seth Holt e Michael Carreras, e com Andrew Keir e Valerie Leon.
Aproximadamente no ano 2.000 A.C., um importante faraó egípcio (Bruno Barnabe) lamentava a grave doença de sua esposa (Toni Gilpin) no leito de morte, ao lado do filho pequeno Kah-to-Bey (Toolsie Persaud). Porém, eles não imaginavam que paralelamente havia uma conspiração para a tomada do poder que culminou com sua morte. Antes de morrer pela espada do inimigo traidor, o faraó ordenou para que seu servo Prem (Dickie Owen) protegesse seu filho numa fuga pelo deserto. As condições climáticas desfavoráveis com o forte calor levou Kah-to-Bey à morte, sendo enterrado num túmulo construído especialmente para ele, e com uma misteriosa mortalha repleta de inscrições cobrindo-lhe o corpo.
Cerca de 4.000 anos depois, em 1920, uma expedição inglesa financiada por um rico empresário, o egocêntrico e arrogante Stanley Preston (John Phillips, de Aldeia dos Amaldiçoados), parte pelo deserto em busca do túmulo de Kah-to-Bey. O grupo é formado pelo arqueólogo e líder Sir Basil Walden (Andre Morell, de Epidemia de Zumbis), além de Paul Preston (David Buck), filho do empresário, o fotógrafo Harry Newton (Tim Barrett), e Claire de Sangre (Maggie Kimberly), a única moça do grupo, especialista em idiomas antigos e com poderes de vidência.
Eles encontram a tumba do príncipe e transportam o corpo para a cidade do Cairo, porém a partir daí começa a ocorrer uma série de assassinatos misteriosos envolvendo os membros da expedição e outras pessoas que invadiram a tumba, como o assessor de imprensa do empresário, Sr. Longbarrow (Michael Ripper, de A Serpente e O Conde Drácula), através das mãos de uma terrível Múmia (Eddie Powell) que saiu de seu sarcófago maldito para cumprir uma maldição contra os invasores da sepultura proibida de Kah-to-Bey. Os assassinatos brutais despertaram a atenção da polícia, com o Inspetor Barrani (Richard Warner) assumindo o comando das investigações. Uma das poucas pessoas que parece livre da ira vingativa da Múmia é Barbara Preston (Elizabeth Sellars), esposa do empresário e que não entrou na cripta do filho do faraó.
A Mortalha da Múmia segue a mesma linha dos filmes que abordam essas criaturas sobrenaturais cobertas de trapos e bandagens, e que voltam à vida com força descomunal para se vingar violentamente de todos que ousaram invadir seus domínios, roubar seus tesouros ou perturbar seu sono profundo. Ou seja, não falta a tradicional maldição e seus efeitos mortais contra os intrusos e saqueadores de túmulos. Nesse caso, é através da citação de textos proibidos inscritos numa mortalha que tem poderes especiais, e que estava cobrindo o cadáver de Kah-to-Bey, o filho adolescente de um poderoso faraó que foi assassinado num golpe de traição de seu irmão, que queria tomar o poder.
O filme apresenta algumas cenas razoáveis de mortes, nos ataques da Múmia de Prem, o fiel servo do faraó assassinado e que tinha como objetivo proteger eternamente o filho de seu mestre, durante a fuga pelo deserto, onde o garoto fatalmente sucumbiu ao calor, mesmo após sua morte. Mas como pontos negativos temos a presença inoportuna de uma velha e irritante cartomante chamada Haiti (Catherine Lacey), que com sua bola de cristal conseguia ver o futuro sombrio de todos aqueles que invadiram o túmulo do filho do faraó. Ela é a mãe de Hasmid (Roger Delgado), o guardião da tumba e o responsável pelo despertar da Múmia através da recitação da maldição inscrita na mortalha de Kah-to-Bey.
O terceiro filme sobre Múmias da Hammer, A Mortalha da Múmia, foi lançado em DVD no Brasil pelo selo Dark Side, da Works Editora, trazendo entre os materiais extras as biografias do cineasta inglês John Gilling (1912 / 1982), que dirigiu outros filmes para o mesmo estúdio como A Serpente e Epidemia de Zumbis (ambos em 1966), e do ator também inglês Andre Morell (1909 / 1978), que esteve em O Cão dos Baskervilles (59), ao lado de Christopher Lee e Peter Cushing. Temos também uma sinopse, um trailer de cinema legendado em português e com três minutos de duração, um trailer combo promocional também com legendas apresentando A Mortalha da Múmia e Frankenstein Criou a Mulher, e dois spots de TV legendados e em preto e branco dos mesmos filmes, num pacote promocional da Hammer anunciando suas produções sobre a Múmia e o Monstro de Frankenstein lançados em 67.
Como curiosidades, podemos destacar que o filme já havia recebido o nome nacional de O Sarcófago Maldito quando exibido na televisão e agora recebeu o título A Mortalha da Múmia (uma tradução literal do original) no lançamento em DVD. E a longa narração de abertura, explicando detalhadamente as bases de origem da história, é de autoria de Peter Cushing, um dos atores mais presentes nos filmes da Hammer, só que sua narração não está creditada.
Eis o meu ranking dos 4 filmes: 1243
Dos 4, embora curta, esse é o que menos gosto!
Quanto aos filmes de (com) Drácula, foram 7!
ahuhuahuua você merece um oscar, só você lembrou, kkk eu tb lembro quando vejo esse filme e boquinha de cemiterio kkkkkkkkkkk
Uma obra do barulho