Horsehead
Original:Horsehead
Ano:2014•País:França Direção:Romain Basset Roteiro:Romain Basset, Karim Chériguène Produção:Arnaud Grunberg, Jean-Michel Montanary Elenco:Lilly-Fleur Pointeaux, Catriona MacColl, Murray Head, Gala Besson, Fu'ad Aït Aattou, Vernon Dobtcheff, Philippe Nahon, Joe Sheridan |
“Cavalo Branco: relacionado ao instinto, pureza, além de ser o condutor do corpo físico à liberação de forças poderosas e emocionais, como raiva que conduz ao caos e a destruição” (Trecho do livro The Subconscious Psychosis of Dreams)
O que poderia ser uma base para a definição dos pesadelos da protagonista de Horsehead na verdade foi tirado dos ensinamentos de Rob Zombie e seu terrível H2: Halloween. Ela mesma, em seus estudos para compreender seu sofrimento, está se apoiando na leitura de Lucid Dreaming, de Sean L. Ruthledge, que, apresenta o cavalo em sonhos a partir do conceito de Carl Jung (um arquétipo da mãe) e de outros teóricos que enxergam no animal como um símbolo do barqueiro, o mensageiro da morte e guia do desconhecido. Com esse estudo inicial, o espectador tem uma pequena amostra da dor recorrente de Jéssica (Lilly-Fleur Pointeaux): um metrônomo marcando o ritmo da aparição de uma cabeça de cavalo, entre cortinas vermelhas, sua garra afiada e o assassinato de um clérigo.
A jovem se muda para a residência da mãe, e seu padrastro, assim que fica sabendo do falecimento da avó. No ambiente novo, com a dificuldade de convivência evidenciando um tumulto familiar, ela continua sua busca por respostas, algumas que possam realmente ajudá-la ao conforto de uma boa noite de sono. Contudo, no local, os pesadelos adquirem força, acrescentando elementos novos como o lobo, funcionando como um contra-apoio, e algumas pistas envolvendo a solução por trás de uma chave escondida. É claro que tudo se resume a um episódio durante o seu nascimento, e alguns segredos que não ficarão muito tempo enterrados. Ao público, cabe apenas o objetivo de relacionar os elementos simbólicos às descobertas, enquanto se vê envolto em momentos oníricos, sem meios de distinguir as duas realidades apresentadas.
E é aí que está o principal problema de Horsehead: querer ser mais inteligente do que é. Não é necessário muito esforço ou reflexão para conectar os fatos, apenas paciência, já que as pistas são apresentadas a conta-gotas, na expectativa de conduzir o espectador nesse passeio de emoções e símbolos. Alguns são até bem feitos, mas com a continuidade em demasia, com a garota ficando mais tempo na posição horizontal, a tendência é a condução ao sono do público. Com exceção do egocentrismo de Lars Von Trier, há outras boas opções sobre temáticas parecidas, mas que alternam entre pesadelos e momentos importantes, como se um parte servisse de equilíbrio para outra. Como exemplo positivo, há Donnie Darko, uma experiência simbólica, reflexiva e, o que faltou em Horsehead, divertida.
Assisti esse dias, a fotografia é muito bonita, mas não passa de um vídeo clip muito longo, dispensável.
” Infelizmente ” o Horror Francês está em decadência !