O Alerta do Espaço
Original:Uchûjin Tôkyô ni arawaru
Ano:1956•País:Japão Direção:Koji Shima Roteiro:Jay Cipes, Gentaro Nakajima Produção:Masaichi Nagata Elenco:Keizô Kawasaki, Toyomi Karita, Bin Yagisawa, Shôzô Nanbu, Bontarô Miake, Mieko Nagai, Kiyoko Hirai, Isao Yamagata |
Direção de Koji Shima. Misteriosos corpos luminosos surgem nos céus da capital do Japão, Tóquio, sendo avistados e estudados por cientistas. São alienígenas do planeta Pairan com uma tecnologia superior que querem alertar a humanidade sobre os perigos fatais de um planeta desgovernado de outra galáxia que está em rota de colisão com a Terra. Com dificuldade de comunicação, eles decidem assumir a forma humana, através de uma sósia de uma cantora e dançarina famosa, Hikari Aozora (Toyomi Karita), entrando em contato com um grupo de cientistas formado pelo Dr. Kamura (Bontaro Miake), o físico Dr. Matsuda (Isao Yamagata) e o Dr. Toto Isobe (Shozo Nanbu). A intenção dos extraterrestres é ajudar sugerindo um ataque com armas nucleares no planeta para tentar destruí-lo ou desviar sua rota, mas o plano falha restando uma última tentativa através de um potente explosivo cuja fórmula foi criada pelo Dr. Matsuda e produzida com o auxílio dos seres do espaço.
Primeiro filme japonês de Ficção Científica com fotografia em cores, O Alerta do Espaço tem como maior destaque a presença dos alienígenas, mesmo que poucas vezes, num exercício de bizarrice impagável, com atores fantasiados num traje amarelo em forma de estrela e com um único olho imenso no centro, na altura da barriga. Provavelmente, as criaturas do planeta Pairan estão entre as mais ridículas em aparência da história do cinema bagaceiro de Horror e FC, e por isso mesmo garantem uma diversão memorável. De resto, o roteiro esbarra em clichês o tempo todo, com cientistas tentando encontrar um meio de salvar o mundo do choque com outro planeta, além da presença de elementos de conspiração através de uma organização secreta querendo se apossar da descoberta do explosivo. O desfecho óbvio e previsível se resume com a interferência dos alienígenas na solução do problema, cujas consequências também os afetariam, pois seu planeta possui órbita similar ao da Terra, porém no outro lado do Sol.
Vale destacar também que esse é um dos poucos filmes que procuraram retratar alienígenas com intenções pacíficas ao invés de propósitos tiranos de invasão e conquista, como a maioria esmagadora dos filmes do gênero. A cena de transformação de um alienígena para a forma humana, através de uma máquina, é uma referência direta ao filme alemão Metrópolis (1927), numa sequência similar entre um robô mecânico e a personagem Maria. Foi lançado em DVD no Brasil junto com Gammera – O Monstro Invencível (1965), numa versão dublada em inglês e legendas em português.