4.6
(8)

Hidden (2015) (2)

Escondidos
Original:Hidden
Ano:2015•País:EUA
Direção:Matt Duffer, Ross Duffer
Roteiro:Matt Duffer, Ross Duffer
Produção:Lawrence Grey, Roy Lee, Mason Novick, Richard D. Zanuck
Elenco:Alexander Skarsgård, Andrea Riseborough, Emily Alyn Lind, David Lewis, Heather Doerksen, William Ainscough, Steven Elliot

O Apocalipse é realmente inspirador. A destruição da raça humana pelas guerras ou proliferação de algum vírus mortal é sempre vista pelo gênero fantástico como uma ótima fonte de entretenimento, proporcionando enredos claustrofóbicos com alta dose de isolamento e pessimismo. E o mais interessante oriunda daquelas ideias simples e ousadas, com elenco reduzido e ambiente único, resultando em tramas sufocantes, depressivas. No caso de Escondidos, dos The Duffer Brothers (Matt Duffer e Ross Duffer), o contexto torna-se essencial para a construção do medo, partindo do sutil para uma inversão de valores que contribuem para a avaliação positiva.

O argumento principal traz uma família de apenas três membros isolada num bunker, nas proximidades de uma escola. Passados 301 dias desde o surgimento de um vírus mortal, Ray (Alexander Skarsgård), sua esposa Claire (Andrea Riseborough) e a pequena Zoe (Emily Alyn Lind) observam o mundo através de um periscópio, aproveitando os suprimentos encontrados no local. Sabem apenas que estão seguros ali, longe dos temíveis “Respiradores“, os transeuntes daquela nova realidade. Para passar o tempo, eles brincam com um jogo e tentam manter o bom humor, mesmo que saibam que logo será necessário visitar o mundo novo.

Hidden (2015) (1)

Ao perceber que a fonte de alimento está sendo roubada por um rato intrometido, na caça ao animal, acidentalmente eles colocam fogo no local, fazendo com que a fumaça seja uma porta de entrada para os inimigos. Resta a família aceitar a nova condição e enfrentar os perigos externos, com a esperança de manter o isolamento e segurança.

Com uma fotografia extremamente escura e sombria e uma trilha quase que imperceptível, Escondidos cativa o espectador a vivenciar a situação extrema, com uma narrativa dinâmica e diálogos fortes – principalmente aquele que envolve a educação da pequena, com sua bonequinha parceira, agindo como um quarto membro da família. Se o elenco prestigia o trabalho com atuações convincentes, o ponto forte do longa é o terceiro ato, com uma curiosa reviravolta capaz de deixar o público boquiaberto. É de se lamentar apenas que a sequência final tenha se estendido em demasia, pois o resultado teria sido melhor se o filme tivesse se encerrado cinco minutos antes.

Ignore os clichês aparentes e se divirta com um thriller pós-apocalíptico capaz de deixá-lo sem ar.

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Média da classificação 4.6 / 5. Número de votos: 8

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7 Comentários

  1. gente me explica o final do filme, a parte em que eles falam que ficaram no abrigo ( não dias ) nao entendi essa mensagem no final o que significou eles dizerem NAO DIAS.

    1. Corrigindo, pesquisei em sites dos eua, e ela quis dizer que eram “milagres”, não dias.
      Antes o pai dela falou a mesma coisa.

  2. Pelo o que eu entendi não existia vírus nenhum, e eles ja eram aquilo que apareceu no final. O vírus foi só uma desculpa pro extermínio da raça que foi descoberta em kingsville. Estou louco? Se sim, me explica o filme, por favor!!! kkkk

    1. Teve um vírus, que se espalhou na cidade e bombardearam, mas as pessoas se adaptaram, os sobreviventes.

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