O Massacre da Serra Elétrica - Arquivos Sangrentos
Original:The Texas Chainsaw Massacre Companion Ano:2003•País:EUA Páginas:320• Autor:Stefan Jaworzyn•Editora: Darkside |
O ano era 2003 quando o escritor e pesquisador Stefan Jaworzyn presenteou os fãs do clássico O Massacre da Serra Elétrica com o livro The Texas Chainsaw Massacre Companion. A publicação traziam entrevistas com nomes envolvidos não apenas no filme de 1974, mas nas demais produções que levavam a marca da Serra Elétrica como sequências e remakes. Infelizmente este livro ficou limitado apenas para quem dominasse o idioma inglês e pudesse importar via sites internacionais.
Uma década depois e a boa notícia é que a editora Darkside adquiriu os direitos da obra de Jaworzyn para lançar uma versão nacional e, agora sim, fazer a alegria dos fãs brasileiros. Com o título Arquivos Sangrentos: O Massacre da Serra Elétrica, o livro é um item obrigatório não apenas para os admiradores do clássico de Tobe Hopper, mas de toda a franquia.
O livro é dividido por ordem cronológica e traz as informações através dos entrevistados, além de algumas resenhas próprias e críticas publicadas nas épocas dos lançamentos. No capítulo dedicado ao primeiro filme, por exemplo, temos o próprio Tobe, além de Gunnar Hansen, Lou Perryman, Marylin Burns, Kim Henkel, Paul Kartman, Jim Siedow, entre tantos outros relembrando fatos curiosos. Aqui o formato se assemelhar muito ao do livro Crystal Lake Memories, sobre todos os filmes da franquia Sexta-feira 13. Este infelizmente ainda inédito por aqui.
Ainda sobre o primeiro filme, teremos subcapítulos sobre a etapa de pré-produção, as filmagens, lançamento, além da reação dos críticos e algumas ideias sobre o motivo do filme ter se tornado uma lenda além do seu tempo. Apesar da riqueza de detalhes desta primeira parte, muitas das informações já são conhecidas pelos fãs de carteirinha da obra. É a partir do capítulo sobre o famigerado O Massacre da Serra Elétrica 2, de 1984, que o leitor vai encontrar muitas informações curiosas.
Vamos entender, em primeiro lugar, o motivo da parte 2 existir, como Gunnar e Marylin se sentiram ao não retornarem na sequência, o motivo do roteiro seguir uma pegada digamos tão diferente do original, as comparações de Jim Siedow com as filmagens do primeiro filme, as lembranças de Caroline Williams e Bill Moseley e, claro, como foi para a equipe trabalhar com Dennis Hopper. Vale lembrar que Hopper uma vez declarou que O Massacre da Serra Elétrica 2 foi o pior filme no qual ele já havia atuado e olha que o currículo dele possui 200 títulos.
O capítulo referente ao terceiro filme, Leatherface – O Massacre da Serra Elétrica 3,de 1990, aponta as mudanças que a New Line, produtora responsável pela franquia A Hora do Pesadelo, tinha em mente para um novo filme da Serra Elétrica. Infelizmente, como já é um fato conhecido pelos fãs, a própria New Line massacrou o filme para que a censura fosse mais branda, o que resultou em um filme muito sugestivo, porém fraco em sua montagem final. De todos os depoimentos, o do diretor Jeff Burr acaba sendo um dos mais curiosos por tentar defender seu produto e reconhecer que a versão lançada no cinema não era a correta. Outro importante momento do capítulo é uma entrevista direta com o próprio roteirista David J Schow.
Indiscutivelmente um dos piores filmes da história responde pelo acidente cinematográfico chamado O Massacre da Serra Elétrica 4 – O Retorno ou A Nova Geração (dependendo do lançamento). O filme foi dirigido pelo Kim Henkel, roteirista do original, e trouxe no elenco Matthew McConaughey e Renee Zellweger e ambos estão PÈSSIMOS. Aliás, nada neste filme se salva. A história, a produção, os vilões, o final, o elenco. Claro que por todos estes motivos, o capítulo sobre esta bomba da sétima arte é no mínimo um dos mais curiosos.
Como atrações menores no livro estão o remake, a prequel do remake e O Massacre 3D. Aqui talvez as declarações mais curiosas sejam do elenco e equipe de produção do original defendendo e elogiando O Massacre 3D. Algo que após o lançamento mostrou-se uma grande forma de bajular o então novo filme que buscava ter as benções dos realizadores originais. Aqui temos algumas entrevistas e curiosidades, mas tudo em menor escala.
Outro aspecto positivo é o rico trabalho gráfico de Arquivos Sangrentos: O Massacre da Serra Elétrica. Com muitas fotos oficiais e de bastidores, estas imagens também completarão a experiência do leitor estar diante de um verdadeiro álbum de memórias do filme. Ou seja, mais um ponto que torna este livro um item obrigatório para fãs de Leatherface e família. The Saw is Family!!!!