Damien (2016) – 1×03: The Deliverer
Damien - 1ª Temporada
Original:Damien - First Season
Ano:2016•País:EUA Direção:Guillermo Navarro Roteiro:Ryan C. Coleman Produção:Glen Mazzara; Mark Kruger; John Ryan Elenco:Bradley James; Tiffany Hines; Barbara Hershey; Megalyn Echikunwoke, Omid Abtahi, David Meunier, Robin Weigert, Sandrine Holt |
Três episódios se passaram e o Anticristo já respira por aparelhos. Fiquem calmos, isso não é nenhum spoiler! O personagem Damien Thorn continua muito bem das pernas, mas não podemos dizer o mesmo de sua audiência. Após uma recepção bem morna, considerando apenas o público televisivo norte-americano – ou aquele que realmente importa -, os números de audiência da série tiveram uma queda drástica. O piloto alcançou um total de pouco mais de 700 mil espectadores, caindo drasticamente para a casa dos 500 mil, onde permaneceu neste terceiro episódio.
Considerando que a queda de audiência foi notavelmente menor, já é possível dizer que Damien já está formando seu público mais fiel, mas será que tal público será suficiente para levar a série à segunda temporada?
A título de comparação, Hannibal estreou com um público superior aos 4 milhões, enquanto Bates Motel, série do mesmo canal que Damien, passou a primeira temporada beirando os três milhões de espectadores. É necessário levar em consideração que a série está indo ao ar nas segundas-feiras, o que não é um dia tão notório por audiências altíssimas. Mas o X da questão é, será que Damien tem algo de novo para oferecer, que o faça sobreviver?
No episódio desta semana, a relação entre Damien e Ann Rutledge (Barbara Hershey) continuou a se desenvolver, ao passo que Ann declara sua fidelidade absoluta ao anticristo e Damien se mostra ainda em grande conflito. Simone Baptiste, irmã da falecida Kelly, lá do primeiro episódio, intrigada pelas investigações da irmã sobre conteúdo religioso, decide se aprofundar ainda mais naquela história e acaba se deparando com cenas inexplicáveis. O culto diabólico que busca facilitar a ascensão do Anticristo tem novas faces reveladas, inclusive a do superior de Ann Rutledge, que é interpretado por Scott Wilson, o Hershel de The Walking Dead. Mais uma vez, a morte parece circundar Damien, quando uma tragédia se forma em um metrô, ante sua presença.
O segundo episódio deu um passo adiante em termos de enredo, mas ainda deixou algumas pontas soltas que não fizeram lá muito sentido, vide a cena de exorcismo e um fantasma de uma garotinha que rondava os personagens. É muito provável que tais elementos retornem em algum ponto, mas a ausência destes no terceiro episódio foi definitivamente um alento. A televisão em geral e a própria série já apresentam clichês em demasia para ficar perdendo tempo com essas imagens já tão banais.
Apesar da série estar tomando uma forma mais coesa, a simplicidade visual ainda causa incômodo. Há uma falta de personalidade gritante na série, ao passo que o filme original era cerceado de um estilo próprio e facilmente reconhecido. Talvez o único elemento marcante seja a trilha sonora orquestrada que tanto remete ao filme original quanto acrescenta uma vibe satânica aos episódios.
Como mencionado na análise do episódio 2, a relação de Ann Rutledge com Damien continua sendo sem dúvidas o melhor que a série tem a oferecer, tanto pelas performances interessantes quanto pelo conteúdo mais interessante dos diálogos, que fogem do estilo pesquisa-revelação dos outros núcleos, como por exemplo de Simone Baptiste ou do policial responsável pela investigação dos misteriosos assassinatos ao redor de Damien.
A cena mais interessante do episódio e que também foi uma das melhores da série foi protagonizada por Ann Rutledge que usa de suas habilidades de manipulação para convencer um homem de sua própria organização que Damien é tão demoníaco quanto se imagina, fazendo-o se desesperar frente a aparição do mesmo. A temática do anticristo pede esse tipo de interação, medo, desespero e loucura devem vir no encalço do diabo, caso contrário não há muito o que temer. Considerando que Damien não está de forma alguma partindo para um lado fantasioso da temática, na linha de séries como Sobrenatural, o mais adequado seria a série trabalhar com sutilezas, com diálogos fortes e tramas bem elaboradas. Infelizmente o que estamos vendo na maior parte do tempo ainda é muita exposição barata e mastigada. Mais uma vez, só nos resta ficar na torcida.
Baixei os filmes recentemente (a quarentena tem disso) e recordei de um filme com uma criança demoníaca, mas que era uma menina. Lembro claramente de uma cena na qual mostrava que ela era filha de um padre e uma freira e de outra na qual ela praticamente comia a cabelos de uma boneca enquanto assistia o enterro da mãe adotiva. Com essas poucas informações, tentei buscar esse filme na Internet sem sucesso, pois estou escrevendo um livro sobre algo parecido e gostaria de mais material de pesquisa. Sabe me dizer o nome? Agradeço desde já.
Parece ser o The Godsend, Rodrigo.
https://bocadoinferno.com.br/criticas/2016/10/the-godsend-1980/
Tem o filme A Profecia 4 : O Despertar protagonizado por uma menina Delia a filha do Damien.
Particularmente não gosto do terceiro filme, embora a atuação do Sam Neil seja boa. Não gosto desse filme, porque o modus operandi para destruir Damien, bem claro no primeiro e no segundo filme se desfaz : Eram necessárias TODAS as adagas, cravadas no corpo em posições específicas e com finalidades distintas. No terceiro filme, cada padre fica com uma adaga para tentar matar individualmente o Damien. Não cola. Além do mais, o final do filme é apressado e mal amarrado. Quem espera um grande conflito, de proporções bíblicas (como seria de se esperar, já que o personagem e os fatos se baseiam no livro do Apocalipse) se decepciona muito…
Fiz esse comentário antes da série ser cancelada, mas já esperava que isso fosse acontecer, confesso que a série começou à me preocupar (e muito!) logo no episódio dois (tá bom, no 1 também), não encontrava carisma em nenhum dos personagens (o próprio Damien demorou um pouco mas depois ficou ok) no episódio 1.06 Temptress acho que deu medo em todos os fãs de tudo ir ladeira abaixo (eu!) para no final mostrar que foi um sonho (ufa!). É difícil analisar uma série com essa premissa sem comparar com o filme clássico ou até mesmo o livro, ainda mais com a série mostrando várias cenas e citações do filme, mas se ela passar à andar com as próprias pernas (e eu espero que comece) tem tudo para se tornar uma grande série, imaginem eles explorando a influência de Damien na Casa Branca, os contatos e o caminho ele já tem através da dupla Ann Rutledge e do John, creio que isso cedo ou tarde acabe acontecendo, vamos esperar e torcer para que agora que o Anticristo despertou a série e os personagens também despertem. O que não veremos isso acontecer.
Fico triste com o fim da serie, acho que sou um dos poucos que realmente gostou da serie e que era fã dos filmes.