Rovdyr (2008)

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Rovdyr (2008) (3)

Rovdyr
Original:Rovdyr
Ano:2008•País:Noruega
Direção:Patrik Syversen
Roteiro:Nini Bull Robsahm, Patrik Syversen
Produção:Knud Bjørne-Larsen, Torleif Hauge, Aamund Johannesen, Kjetil Omberg, Gisle Tveito
Elenco:Henriette Bruusgaard, Jørn Bjørn Fuller Gee, Lasse Valdal, Nini Bull Robsahm, Janne Beate Bønes, Trym Hagen, Kristina Leganger Aaserud

Estamos em 1974, e a situação de praxe: quatro jovens em uma kombi resolvem aproveitar o fim de semana viajando pelo interior num passeio idílico que se transformará num pesadelo.

Os viajantes são: o agressivo e antipático, além de dono da kombi, Roger (Lasse Valdal, que também trabalhou no Sueco Dead Snow), sua namorada vegetariana Camilla (Henriette Bruusgaard), a amiga desta, Mia (a também roteirista Nini Bull Robsahm) e o irmão desta última, o nerd Jørgen (Jørn Bjørn Fuller Gee), vítima constante de insultos e brincadeiras de Roger (lembrando que o termo bulliyng não era usado em 1974).

Os quatro viajantes parem em restaurante de beira de estrada caindo aos pedaços. Camille é arranhada por um homem estranho no banheiro feminino, e o antipático e explosivo Roger quer criar um tumulto na espelunca. Em meio a esse impasse aparece Renate (Janne Beate Bønes), uma jovem misteriosa e visivelmente nervosa, que pede por uma carona, pois quer sair dali o mais rápido possível, e por mais incrível que pareça, é Roger, o mais azedo do grupo, que inexplicavelmente resolve dar carona pra moça, apesar dos protestos do resto da turma. E assim é feito, já que Roger é o dono da bola, ou seja, da Kombi em que viajam.

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Não muito distante do restaurante, o veículo faz uma parada, e ocorre mais um bate-boca entre os viajantes, quando são brutalmente atacados por homens armados, na verdade caçadores que passam o tempo caçando pessoas no mato. Logo alguns serão abatidos, outros serão capturados como presas. E Camille terá que sobreviver ao cerco desses psicopatas.

Ao contrário dos vizinhos suecos, que já nos deram pelo menos uma obra-prima do horror, Deixa Ela Entrar (2008), sem falar nos filmes de viés fantástico, com elementos de horror de Ingmar Bergman (O Sétimo Selo, A Hora do Lobo, A Fonte da Donzela). Os noruegueses, por sua vez, apesar de ter feito filmes do gênero, que se não são grandes obras, pelo menos se mostram eficazes, como a trilogia slasher Presos no Gelo (Fritt Vilt) e este Rovdyr (“Predadores” em norueguês), que na Espanha se chamou “El placer de la Caza” (O Prazer da Caça) e ganhou o título inglês de “Manhunt” (algo como “Caça ao Homem“), aliás está produção está mais para filmes com a fórmula de caçadas humanas tipo Zaroff, O Caçador de Vidas (1932), do que para o slasher puro e simplesmente.

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O filme referencia os exploitations dos anos 70 logo de início, com a canção “Wait For The Rain” de The Last House on the Left (1972), cantada pelo ator do filme David Hess. A história, como já citado, se passa em 1974, ano cabalístico em que foi realizado o clássico The Texas Chainsaw Massacre. O filme também traz ecos de Amargo Pesadelo (1972).

O diretor Patrik Syversen, em seu filme de estreia, depois ele realizaria A Armadilha (2010), se esforça, e se não chega à genialidade, pelo menos nos apresenta um produto decente. A fotografia com cores ‘desmaiadas‘ dando aquele toque antiquado, pena que não combina com os efeitos em CGI. E por mais violento, sujo e cruel, o filme não atinge os tons dos exploitations setentistas – falta-lhe a crueza e a cafajestagem daqueles filmes.

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O ponto a favor de Rovdyr é sua curta duração, menos de uma e vinte minutos, ou seja, não dá tempo de cansar.

Tem momentos violentos e tensos. Um passatempo decente que não faz feio aos exploitations a qual rende tributo.

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Paulo Blob

Nascido em Cachoeirinha, editou o zine punk: Foco de Revolta e criou o Blog do Blob. É colunista do site O Café e do portal Gore Boulevard!

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