![]() A Maldição da Floresta
Original:The Hallow
Ano:2015•País:Irlanda, UK, EUA Direção:Corin Hardy Roteiro:Corin Hardy, Felipe Marino, Tom de Ville Produção:Felipe Marino, Joe Neurauter Elenco:Joseph Mawle, Bojana Novakovic, Michael McElhatton, Michael Smiley, Gary Lydon, Wren Hardy, Stuart Graham |
A Maldição da Floresta resgata um subgênero que já serviu de muita inspiração para o Cinema, principalmente na década de 70 e começo da 80: o eco-horror. Era a época em que a preocupação com o meio-ambiente projetava nas telonas produções que traziam invasões de insetos – alguns gigantes – e outras criaturas, justificando uma possível reação da Natureza aos maus tratos. Com o passar dos anos, elas ainda continuaram a existir, mas com uma regularidade menor, uma vez que o público parecia não mais se importar com seus próprios erros ou estaria cansado da repetição de ideias e conceitos. Mesmo com esse desgaste criativo, o filme, que traz a estreia do diretor Corin Hardy, não chega a incomodar ao tocar no velho tema e ainda permite alguns arrepios claustrofóbicos na construção de um clima apavorante, sem surpreender o espectador.

É claro que Adam ignorará qualquer aviso, imaginando que se trata de um interesse na casa, e até mesmo após uma rápida invasão no quarto do bebê. Quando a polícia relatar algumas das lendas da região sobre sequestro de bebês e criaturas da floresta, e eles ainda receberem um livro negro que descreve a ameaça, Adam e Clare ainda permanecerão no ambiente perigoso para mais uma noite de agonia na luta pela sobrevivência. A mata próxima é habitada por pessoas deformadas, afetadas pela substância misteriosa que causa mutação, sensibilidade à luz e ao ferro; e elas costumam roubar crianças para ampliar a família, substituindo-as por clones malignos. Não faz o menor sentido, claro, mas o que importa é ver os poucos personagens do filme tendo que enfrentar esses monstrinhos ameaçadores que circundam a casa.

Em um dado momento, Adam vai à cidade comprar a base da janela que foi destruída por um invasor. Alertado também pelo vendedor, no retorno em companhia do bebê (!!!) ele perde o controle do carro e quase causa uma tragédia. O motor está coberto pelas substância que ele viu ser destruidora de células, e ele ainda consegue ficar preso no porta-malas, deixando o bebê exposto em sua cadeirinha. Mesmo assim ele consegue furar o assento, resgatar o bebê e chegar em casa. O contato com a “coisa” começa a transformá-lo em algo diferente e tanto a esposa quanto o público passa a questionar suas ações como a de trancar o bebê no armário (!!) ou tentar enfiar um prego no que ele considera ser uma versão maligna de seu filho.
Por outro lado, o filme reserva bons momentos de tensão como a que acontece quando Adam vai ligar o gerador e deixa a esposa no sótão com o bebê. E a concepção das criaturas, embora não seja tão inovador, é eficiente em atormentar o espectador e desperta uma certa curiosidade sobre como tudo aquilo irá terminar. Se faltou explorar um pouco mais as lendas, A Maldição da Floresta, pelo menos, passou seu recado discretamente sobre a importância da preservação ambiental e os riscos do desmatamento em uma história simbólica. O longa teve uma passagem rápida pelos cinemas brasileiros; e já está disponível no Netflix com o título original, The Hallow, e vale como uma diversão rasteira.

























Filme bem cansativo. A premissa é boa, mas a execução é furada. Repetições intermináveis de correria pela floresta, suspense bem raso, nada de terror… A falta de diálogos mina as expectativas de se envolver com o folclore e as lendas do local, e presença de apenas 2 personagens na maior parte do filme o deixa chatíssimo.
Bom filme.
O filme é uma droga e das pesadas!!!
Só um adendo sobre a seguinte parte “e elas costumam roubar crianças para ampliar a família, substituindo-as por clones malignos. Não faz o menor sentido, claro”.
Na verdade faz bastante sentido se formos ver os mitos e lendas das regiões da Irlanda e Escócia que são referentes a cultura Druida e Celta.
Existiu e ainda deve existe a crença de que crianças são trocadas por cópias malignas e levadas por fadas ou elfos para reinos na floresta nessas regiões rurais, antigamente as famílias acreditavam que deixar uma criança maligna (normalmente era uma criança com alguma doença) na floresta traria o bebê verdadeiro de volta.
Se a criança voltasse (leia aqui “sobrevivesse”) ela teria se recuperado, se morresse era porque alguma interferência havia ocorrido durante a troca e aquele bebê estaria vivendo feliz e saudável no reino das fadas.