4.4
(5)

Sexta-Feira 13: Parte 4 – O Capítulo Final
Original:Friday the 13th: The Final Chapter
Ano:1984•País:EUA
Direção:Joseph Zito
Roteiro:Barney Cohen
Produção:Frank Mancuso Jr.
Elenco:Kimberly Beck, Corey Feldman, Erich Anderson, Crispin Glover, Judie Aronson, Peter Barton, Tom Everett, Joan Freeman, Lisa Freeman, Wayne Grace, Clyde Hayes, Bonnie Hellman, Frankie Hill, Ted White, Tom Savini

Jason morreu mesmo no terceiro filme. Seu corpo é encontrado pela polícia caído no celeiro, com o machado cravado em seu crânio, e é levado a um necrotério da região. Na cena que antecede os créditos iniciais, foi feita uma bela montagem resumindo as mortes mais violentas dos três primeiros filmes, narradas pelos jovens que conversavam sobre a lenda de Jason, próximos a uma fogueira em Sexta-Feira 13 – Parte 1. Na abertura, já temos a máscara de hóquei explodindo quando surge o título do filme, deixando evidente que a ideia dos produtores de homenagear o Canadá foi aceita, e ela passaria a ser uma referência à franquia.

Se Michael Myers pode simplesmente se levantar e continuar matando mesmo tendo levado tiros e ter seus corpo queimado, por que não o amaldiçoado Jason Voorhees? Sem apelar para alguma maldição voodoo, possessão, derramamento de produto tóxico ou experiência de um cientista maluco, Jason simplesmente sai da gaveta dos corpos e já acaba com a farra de um casal de médicos. Como ele passou pelos corredores e saiu do hospital, ninguém sabe. Ora, se o Michael pode…

A matança de Sexta-Feira 13 – O Capítulo Final acontece apenas um dia depois dos eventos ocorridos no terceiro filme e dois em relação ao segundo. Mesmo tendo sido matéria em todos os telejornais, além da constante presença de carros de polícia e helicópteros, Crystal Lake continua sendo uma opção para os jovens que querem farrear. A desculpa do roteirista: não deu tempo para todos se conscientizarem dos perigos do local.

A próxima vítima é a famosa gordinha muda, que pede carona, enquanto come uma banana na estrada. Cruzou o caminho do assassino? Pode esperar pela faca…

Conhecemos então as vítimas da vez. Entre elas, a ilustre presença de Crispin Glover em início de carreira. Como sempre, ele faz o papel de uma pessoa estranha, deslocada, mas que, ainda assim, consegue uma boa transa antes de levar uma facada na fuça. Neste, há também a presença de outro ator conhecido: o cultuadíssimo Corey Felman (ator de sucesso dos anos 80, estrelando inclusive o ótimo Os Garotos Perdidos).

Já que estamos falando em nomes conhecidos, Sexta-Feira 13 – O Capítulo Final também traz mais uma vez o brilhante trabalho de Tom Savini aos efeitos especiais. Pouco tempo depois, ele trabalharia em Dia dos Mortos (1985) e O Massacre da Serra Elétrica 2 (1986). Seu nome nos créditos é a garantia de mortes violentas e realistas. O destaque fica por conta da facada em Crispin Glover, mas também uma apunhalada por trás que atravessa o peito, uma cabeça que gira 360 graus e outra que é esmagada num box de banheiro. A arte de Tom Savini é mostrada no quarto do garoto Tommy Jarvis (Corey Feldman), com máscaras bem curiosas e alguns efeitos interessantes de maquiagem. O menino tem bom gosto…

Jason não apanha tanto quanto no terceiro, porém, ainda assim, leva uma televisionada na cabeça, uma facada na testa sem máscara (ele inclusive cai sobre o facão) e tem os dedos da mão separados com um corte, antes de ficar aos pedaços na cena final. Seu visual está um pouco mais grotesco aqui. Não tem mais corcunda; está mais lento (um pouco mais apenas), com a pele amarelada (para indicar sua condição de zumbi) e bem mais forte (quebra uma porta com o corpo e atira uma garota sobre o teto de um carro, explodindo todos os vidros. Detalhe: ninguém na casa escuta, mesmo estando assistindo a um filme erótico mudo)

Curiosamente, entre os personagens que atuam e morrem no filme, temos um chamado Rob Dier, que é irmão de uma jovem que foi assassinada em Sexta-Feira 13 – Parte 2: Sandra Dier. Ele aparece no filme com a intenção de vingar a morte da irmã, que aconteceu há apenas dois dias, e também para apresentar a Tommy Jarvis a história de Jason Voorhees. Na cena da sua morte, ele solta a pérola para sua companheira: – Socorro, ele está me matando….

Há uma sequência neste filme que já aconteceu duas vezes antes (no primeiro e no segundo filme): a jovem tenta se proteger em casa, quando o corpo de uma das vítimas é atirado pela janela. Basta a pessoa se trancar em casa e o plano de imagem mostrar a janela e, pronto, vai voar um corpo!!

Apesar das críticas negativas recebidas pelo filme, Sexta-Feira 13 – O Capítulo Final é bem divertido. Na época, eu era mais novo que Corey Feldman no filme, mas me via como o garoto fã de terror que salva a irmã, dando um fim (até o momento) em Jason Voorhees. E sabe aquele clichê da pessoa que nocauteia o vilão e foge sem se certificar se ele está morto? Jarvis mostra que, na melhor oportunidade, você deve picotar o assassino, como garantia de que esteja realmente morto. Exceto, claro, se ele for o imortal Jason Voorhees!

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2 Comentários

  1. Olha a direção me parece segura nesse episódio, mas o roteiro um pouco perdido. Tem algumas coisas que gosto muito, como a perseguição final da qual irmã e irmão tentam fugir de Jason, ou mesmo quando o assassino leva os golpes e ainda assim fica firme e ataca. Agora, o finalzinho estraga um pouco, tanto marmanjo para acabar com Jason e um garoto, consegue. Em outros momentos acredito que o argumento de deixar a policia na busca é bem legal e etc. Agora, o ambiente de filmagem é bacana mas sai muito do equilíbrio e distância demais da localidade do primeiro filme. Gosto da violência aqui, Jason mais forte e ainda se parece com do filme antecessor e tem aquela coisa de ser impiedoso. As atuações são quase nulas, tirando Crispin Glover e o tal do irmão de Sandra não faz efeito. Fato de continuar duas noites e indo em frente matança é legal, mas faltou algo mais elaborado para encerrar a saga.
    Gosto muito mesmo assim, sufoco final é ótimo.

  2. Outro bom filme da franquia, graças à direção do Joseph Zito, com destaque para a cena mais divertida, embora não intencional – eu acho… – da série: a morte do Rob Dier.
    Pô, o cara passa o filme procurando pelo Jason e na hora que fica cara a cara com ele, faz aquilo? Ri muito nessa cena!

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