The Love Witch
Original:The Love Witch
Ano:2016•País:EUA Direção:Anna Biller Roteiro:Anna Biller Produção:Anna Biller, Mike Crawford, Jared sanford Elenco:Samantha Robinson, Gian Keys, Laura Waddell, Jeffrey Vincent Parise, Jared Sanford |
Comédia com elementos de horror que homenageia o cinema exploitation das décadas de 60 e 70 com irresistível visual retro, esse o maior trunfo de The Love Witch.
Aqui temos a bela Elaine (Samantha Robinson), uma bruxa que saiu de San Francisco, após a morte de seu marido. Ela para em uma cidade do interior, onde se acomoda numa casa de arquitetura gótica. O objetivo da moça é usar seus feitiços para que os homens caiam aos seus pés. Sua primeira vítima na cidade é um professor de literatura chamado Wayne (Jeffrey Vincent Parise), que acaba literalmente morrendo de amor pela moça. O narcisismo e a ‘fome’ da garota não poupam nem o marido de uma amiga, que acaba por ela se suicidando.
Neste meio tempo Elaine fabrica suas poções, em seu laboratório de alquimia que tem em casa, e participa de rituais pagãos, com sua turma de bruxaria local, quando estes não estão em cultos e se reúnem em um clube com apresentações de dançarinas burlescas
Os anseios de Elaine parece se resolverem quando ela enfeitiça Griff (Gian Keys), o detetive que está investigando a morte de Wayne. O policial fica enfeitiçado pela encantadora bruxa. Porém as coisas se complicam para a moça quando seu nome é inequivocamente relacionada com as mortes recentes da localidade.
The Love Witch é um delírio visual, com um visual retrô que nos remete aos anos 60 e 70. A utilização de carros modernos, celulares e a menção ao DNA dão o toque de atemporalidade, de resto parece que estamos situados em algum ponto de cinquenta anos atrás. Com cores vibrantes, o visual vintage é uma homenagem aos exploitations clássicos do período emulado. Até mesmo as interpretações e os movimentos de câmera nos remetem ao período. Logo nos lembramos de nomes como Jesús Franco, Mario Bava, Roger Corman (principalmente em seu ciclo de adaptações de Poe), Dario Argento e o Sergio Martino em Todas as Cores do Medo, e por aí vai.
Segundo longa da diretora Anne Biller, e, assim como no primeiro e em seus curtas, a moça é uma faz-tudo: aqui ela escreveu, produziu, dirigiu, editou, além de assinar os cenários e vestuários, ou seja um trabalho autoral. No seu filme anterior, Viva (2007), além de tudo isso, Anne ainda protagonizou a obra. A moça mostra que tem personalidade o suficiente para não ser tachada como apenas um Tarantino de saias.
O mais interessante é que essa comédia não se apóia apenas em seu visual ou em piadas bobas, a obra se utiliza do tema da bruxaria para falar sobre desejos femininos, feminismo e o empoderamento da mulher, tudo de uma forma bem particular, ou seja, não é só embalagem, mas aqui há estofo também.
A bruxa interpretada por Samantha Robinson é encantadora; sua figura nos remete, em alguns momentos, a ícones como Morticia Addams e Elvira (mesmo a atriz não sendo tão voluptuosa quanto a Cassandra Petersen).
The Love Witch não é um filme de gargalhadas, mas uma obra que se acompanha com prazer. O grande porém é a sua duração excessiva – tem duas horas – o que cansa um pouco. Se tivesse uns 70 ou 80 minutos, como a maioria das produções que homenageia, seria mais saudável para a obra.
Eis um filme agradável, e Anne Biller é um nome a ser acompanhado com interesse.
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